Porto Alegre, 31 de março de 2023 – O mercado brasileiro teve mais uma semana de negócios arrastados, mantendo o cenário predominante observado em março. O foco dos produtores segue voltado à colheita e à comercialização das safras de verão. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, o mercado está “bastante conversado, mas pouco negociado”. Com os fretes mais caros e poucos caminhões disponíveis, os compradores também têm se mostrado pouco ativos.

   Os agentes de ambas as pontas seguem na defensiva. “A tendência é que a partir da segunda quinzena de abril alguns moinhos voltem às compras. Nesse retorno, podem encontrar preços mais firmes”, disse Bento.

   O interesse de venda dos produtores ocorre apenas por parte daqueles que precisam liberar espaço nos armazéns. “A percepção do vendedor é de que o fundo do posso das cotações -resultado da pressão do ingresso da maior safra da história no país – já foi tocado. A partir de agora, com um período longo de entressafra, poderão surgir momentos mais atrativos para comercializar. Na outra ponta, os compradores adotaram uma postura retraída. Com os silos abastecidos, muitos até tinham interesse em aproveitar negócios de ocasião a preços atrativos, mas o espaço e a logística para retirada imediata obstavam esse movimento”, explicou.

Gabriel Nascimento (gabriel.antunes@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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