Semana: Lentidão em negócios mantém o mercado de trigo estável

SAFRAS (07) – O mercado brasileiro de trigo encerrou a primeira semana do mês de fevereiro com preços estáveis em relação ao fechamento da anterior.

A lentidão seguiu sendo a principal característica para os negócios no Brasil.

No Paraná, onde a oferta do cereal é escassa, verifica-se um mercado regionalizado. No norte, onde a safra quebrou devido a questões climáticas, a oferta é escassa e as pedidas oscilam entre R$ 800,00 e R$ 850,00 a tonelada.

Na Região de Ponta Grossa os últimos negócios reportados para trigo pão tipo 01 foram fechados a R$ 780,00 a tonelada.

Produto segregado, com a qualidade buscada pelos moinhos, foi negociado a R$ 800,00 a tonelada. No oeste do estado a oferta é escassa e em grande parte com problemas de qualidade. As indicações para os lotes remanescentes de boa qualidade oscilam entre R$ 750,00 e R$ 770,00 a tonelada.

De acordo com o analista de SAFRAS & Mercado Elcio Bento, nessa região, os moinhos de maior porte, antecipando as dificuldades que a colheita da soja deve gerar em relação ao frete, estão abastecidos. “Os demais, caso precisem de produto de qualidade para panificação, tem no cereal produzido no sudoeste do estado uma boa opção de abastecimento”, completa.

Já o trigo do Rio Grande do Sul segue sendo a alternativa barata para mesclar com o paranaense. Interesse de venda a R$ 770,00 a tonelada na região de Pato Branco.

No mercado do gaúcho, as indicações são entre R$ 560,00 e R$ 580,00 a tonelada no FOB. Ao contrário do que ocorre no Paraná, o Rio Grande do Sul conta com um grande excedente de grãos e a necessidade de escoar esse montante mantém os preços achatados. “Dessa forma, o spread entre os preços nos dois estados segue sendo o maior da história. Isso faz com que as indústrias paranaenses tenham no trigo gaúcho uma alternativa de abastecimento interessante”, diz o analista de SAFRAS. A qualidade do produto ainda é um entrave para uma maior demanda.