SOJA: Em compasso de espera do USDA, Chicago mantém queda no meio-pregão

   Porto Alegre, 27 de março de 2024 – A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o complexo soja opera com preços mais baixos para o grão, e óleo e mais altos para o farelo no meio-pregão de hoje. O mercado se recuperou um pouco, mas segue influenciado negativamente pela expectativa de que possa haver um aumento na área a ser cultivada com soja nos Estados Unidos na temporada 2024 em comparação ao ano anteriror. Relatórios de intenção de plantio e de estoques trimestrais serão divulgados amanhã pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

   As cotações também são influenciadas pelo fraco desempenho do petróleo em Nova York e pela aceleração do dólar frente a outras moedas correntes.

   A previsão do USDA, contudo, deverá indicar área menor que a estimativa divulgada em fevereiro, durante o Fórum Anual do Departamento.

   Pesquisa realizada pela agência Dow Jones indica que o mercado está apostando em número de 86,3 milhões de acres. No ano passado, os americanos semearam 83,6 milhões de acres. A média das projeções oscila entre 84,3 milhões e 88 milhões de acres.

   Se a expectativa do mercado for confirmada, o USDA vai indicar um número inferior aos 87,5 milhões de acres indicados durante o Fórum. A área de soja deverá ficar abaixo da de milho, projetada em 92,03 milhões de acres, contra 94,64 milhões do ano anterior.

   Também na quinta será divulgado o relatório com a posição dos estoques americanos em 1º de março. O mercado espera estoques em 1,832 bilhão de bushels. Em igual período do ano passado, o número era de 1,687 bilhão. Em dezembro, os estoques estavam em 3 bilhões de bushels.

   Os contratos com vencimento em maio tinham preço de US$ 11,97 3/4 por bushel, baixa de 1,25 centavo de dólar ou 0,10%. A posição julho era cotada a US$ 12,11 1/4 por bushel, perda de 1,25 centavo de dólar por bushel ou 0,10%.

   No farelo, maio de 2024 tinha preço de US$ 341,4 por tonelada, alta de US$ 1,60 por tonelada ou 0,47%. Já a posição maio de 2024 do óleo era cotada a 47,72 centavos de dólar por libra-peso, decréscimo de 0,70 centavo de dólar por libra-peso ou 1,44%.