SEMANA SOJA: Conab e Safras reduzem estimativas para produção em 2023/24

Porto Alegre, 15 de março de 2024 – Com o avanço da colheita, consultorias e entidades vão refazendo os cálculos sobre o tamanho da safra brasileira de soja em 2023/24. Devido ao clima irregular, Safras e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) cortaram, nesta semana, as suas projeções.

   A safra brasileira deverá ficar longe das estimativas iniciais, que previam uma colheita acima de 160 milhões de toneladas.

   A produção brasileira de soja em 2023/24 deverá totalizar 148,601 milhões de toneladas, com retração de 5,8% sobre a safra da temporada anterior, que ficou em 157,83 milhões de toneladas. A estimativa foi divulgada por Safras & Mercado.

   Em 9 de fevereiro, data da estimativa anterior, a projeção era de 149,076 milhões de toneladas. A redução sobre a previsão anterior é de 0,32%.

   Safras indica aumento de 1,6% na área, estimada em 45,41 milhões de hectares. Em 2022/23, o plantio ocupou 44,68 milhões de hectares. O levantamento aponta que a produtividade média deverá passar de 3.550 quilos por hectare para 3.289 quilos.

   Foram feitos ajustes finos em produtividades médias esperadas para alguns estados, mas sem grandes alterações. “O avanço da colheita, que já supera metade da área, começa a revelar a realidade das lavouras nos principais estados do país. E, de uma forma geral, nota-se que as lavouras semeadas mais tardiamente foram beneficiadas por uma maior umidade que atingiu principalmente o Centro-Norte do país a partir de janeiro”, informa o analista de Safras, Luiz Fernando Gutierrez Roque. Segundo ele, esse comportamento levou a uma condição melhor para o desenvolvimento das plantas em Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e estados das regiões Norte e Nordeste.

   “Diante disso, o estado do Mato Grosso sofreu um ajuste positivo em sua produtividade média esperada, mesmo que de forma pontual. No lado negativo, destaca-se a redução do potencial produtivo no estado do Paraná devido ao clima irregular. Nos estados das regiões Norte e Nordeste, destaca-se a manutenção do potencial produtivo diante da melhora climática, e abre-se a possibilidade de surpresas positivas nas próximas atualizações”, conclui o analista.

   A produção brasileira de soja deverá totalizar 146,86 milhões de toneladas na temporada 2023/24, com recuo de 5% na comparação com a temporada anterior, quando foram colhidas 154,6 milhões de toneladas. A projeção faz parte do 6º levantamento de acompanhamento da safra brasileira de grãos, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). No relatório anterior, a previsão era de safra de 149,4 milhões de toneladas. Houve um corte de 1,7% entre um mês e outro.

Conab

   A Conab trabalha com uma área de 45,177 milhões de hectares, com elevação de 2,5% sobre o ano anterior, quando foram cultivados 44,080 milhões de hectares. A produtividade está estimada em 3.325 quilos por hectare. Em 2022/23, o rendimento ficou em 3.507 quilos por hectare, o que representa uma retração de 7,3%.

   Desde o início da presente safra até meados de dezembro, as condições climáticas foram variáveis e desfavoráveis nas principais regiões produtoras. Essas instabilidades climáticas provocaram perdas significativas na produtividade das culturas, sobretudo na da soja, principal produto cultivado no período.

   De acordo com o documento, a queda verificada se deve às baixas precipitações e às temperaturas acima do normal nas principais regiões produtoras. No entanto, em locais em que o grão foi semeado mais tardiamente as precipitações têm favorecido o desenvolvimento das lavouras.

Argentina

  Na Argentina, a sinalização é oposta e as revisões estão sendo feitas para cima. As regiões Centro e Norte da Argentina receberam chuvas na última semana, melhorando os níveis de umidade da soja. Segundo a Bolsa de Buenos Aires, aproximadamente metade das lavouras estão em período crítico do desenvolvimento. A safra do país é projetada em 52,5 milhões de toneladas.

   As lavouras se dividem entre boas (30%), médias (54%) e ruins (16%). Na semana passada, eram 29%, 54% e 17%, respectivamente. Em igual período do ano passado, 2%, 23% e 75%. O déficit hídrico atinge 23% da área, contra 28% na semana passada e 70% um ano atrás. A Bolsa de Rosário ajustou ligeiramente sua estimativa de produção de soja para a safra 2023/24 da Argentina, passando de 49,5 milhões de toneladas, em fevereiro, para 50 milhões de toneladas, após as chuvas das últimas semanas.

   As chuvas iniciadas em fevereiro melhoraram as condições de enchimento da soja de primeira safra. Para a segunda safra, embora tenham tido um grande impacto, é uma recuperação que em os termos produtivos é limitada, pois as lavouras foram muito afetados.

Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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SEMANA SOJA: Preços melhoram no Brasil e negociações ganham ritmo

   Porto Alegre, 8 de março de 2024 – A semana foi marcada por melhora nos preços domésticos da soja, acompanhando as valorizações combinadas de prêmios, contratos futuros em Chicago e do dólar. Com o repique das cotações internas, os produtores voltaram ao mercado e encontraram um comprador disposto a gastar. Como consequência a movimentação melhorou.

   Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos subiu de R$ 114,00 para R$ 117,00 na semana. Em Cascavel (PR), o preço passou R$ 108,00 para R$ 113,50. Em Rondonópolis (MT), a cotação passoude R$ 108,00 para R$ 107,00.

   No Porto de Paranaguá, a cotação subiu de R$ 116,00 para R$ 121,50. Os prêmios também melhoraram nos principais portos do país, mesmo com a entrada da safra sul-americana.

   Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), os contratos com vencimento em maio, os mais negociados, tiveram valorização de 1,08%, cotados na manhã da sexta, 8, a US$ 11,63 75 por bushel. Apesar do cenário fundamental negativo, o mercado passou por um período de correção técnica, com fundos e especuladores cobrindo posições vendidas e tentando se posicionar frente ao relatório de março do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos.

   O câmbio também foi positivo aos preços domésticos, acumulando no período uma valorização de 0,5% no dólar comercial frente ao real. A moeda norte-americana era cotada a R$ 4,979 na manhã da sexta.

Argentina

   A produção de soja da Argentina deve duplicar na comparação com a safra passada. A estimativa é do analista de Safras & Mercado, Bruno Todone. Durante apresentação na Expoagro, ele projetou a colheita argentina da oleaginosa em 49,6 milhões de toneladas.

   “Os fundos especulativos estão muito vendidos e podem mudar a tendência. Além disso, a capacidade de pagamento melhorou”, disse. Por outro lado, as chuvas de fevereiro melhoraram a disponibilidade hídrica. No longo prazo, se acredita na possibilidade de La Niña para o terceiro trimestre a partir de anomalias que se observam na safra dos Estados Unidos.

   Por fim, conforme Todone, deve-se prestar atenção no aumento do processamento, que seria ruim para a Argentina, devido à maior oferta de farelo.

China

   As importações de soja em grão pela China nos meses de janeiro e fevereiro somaram 13,04 milhões de toneladas, um recuo de 8,8% frente ao mesmo período do ano passado. Este foi o menor patamar para o período em cinco anos, reflexo das fracas margens de esmagamento e menor chegada de navios em função do feriado de Ano Novo Lunar.

Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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SEMANA SOJA: Ampla oferta global pesa sobre Chicago, mas necessidade segura cotações domésticas

   Porto Alegre, 1 de março de 2024 – Apesar da pressão externa, os preços da soja no Brasil não caíram na mesma proporção que os contratos futuros em Chicago no mês de fevereiro. Diante da necessidade dos compradores, o produtor segurou a oferta e conseguiu negociar melhor nos períodos de pico. Aparentemente, o vendedor já se conformou com os preços praticados e a comercialização ganhou ritmo.

   A saca de 60 quilos abriu o mês a R$ 120,00 em Passo Fundo (RS) e fechou a R$ 114,00. Em Cascavel (PR), o preços subiu de R$ 107,00 para R$ 108,00. Em Rondonópolis (MT), a cotação teve elevação, passando de R$ 103,50 para R$ 105,00 no período.

   No Porto de Paranaguá, a saca caiu de R$ 117,00 para R$ 116,00. Os prêmios de exportação seguem negativos, mas melhoraram diante da presença, ainda que pontual, da China na ponta compradora. Houve uma melhora na atividade nos portos para embarques entre abril e junho.

   Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), os contratos com vencimento em maio tiveram desvalorização acumulada de 7,5%, fechando fevereiro a US$ 11,40 3/4 por bushel. Mesmo com alguns movimentos de correção técnica ao longo de fevereiro, o balanço foi extremamente negativo, com os preços sentindo a pressão exercida pelo cenário fundamental.

   Os problemas climáticos reduziram a safra brasileira, mas não o suficiente para resultar em recuperação externa. A safra brasileira está estimada em 149 milhões de toneladas por Safras & Mercado, contra indicações iniciais que batiam em mais de 160 milhões de toneladas.

   Em contrapartida, após ser fortemente atingida pelo clima no ano passado, a produção argentina se recuperou na atual temporada. Sem em 2023, foram colhidas cerca de 20 milhões de toneladas, neste ano a expectativa é de que entre no mercado mais de 50 milhões de toneladas.

   Completando o cenário fundamental negativo, a demanda está cada vez mais escassa nos Estados Unidos. E as sinalizações para a temporada 2024 são de aumento de área, produção e estoques, mantendo a oferta global bem elevada.

SEMANA SOJA: Perdas em Chicago pressionam preços domésticos e prejudicam comercialização

Porto Alegre, 23 de fevereiro de 2024 – O mercado brasileiro de soja teve uma semana de movimentação pontual e de preços sob pressão. A forte queda dos contratos futuros em Chicago e a estabilidade do dólar frente ao real pesaram sobre as cotações, mantendo compradores e vendedores afastados.

   A saca de 60 quilos recuou de R$ 116,00 para R$ 115,00 em Passo Fundo (RS) entre o dia 16 e a manhã da sexta, 23. No mesmo período, a cotação passou de R$ 109,00 para R$ 108,00 em Cascavel (PR). Em Rondonópolis (MT), o preço subiu de R$ 101,00 para R$ 104,00.

   No Porto de Paranaguá, a saca baixou de R$ 118,00 para R$ 116,00. Os prêmios de exportação são pressionados pelo avanço da colheita, aumentando a oferta. Mas há a expectativa de retorno dos compradores chineses, limitando a queda.

   Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), os contratos com vencimento me março, os mais negociados, atingiram os menores níveis em três anos. A posição acumulava desvalorização semanal de 2,26% até a manhã da sexta, cotada a US$ 11,45 3/4 por bushel.

   Os fundamentos seguem pressionando Chicago. A entrada da volumosa safra sul-americana e a melhora do clima nesta semana determinam as vendas por parte de fundos e especuladores. Completando o quadro, a demanda é fraca pela soja americana neste momento.

   Mesmo menor do que esperado inicialmente, a produção brasileira deverá ficar em torno de 150 milhões de toneladas. A Argentina, sem os problemas climáticos da temporada passada, deve colher ao menos 50 milhões de toneladas. Paraguai e Uruguai também apresentam boa oferta.

   Nos Estados Unidos, as sinalizações iniciais são de ampliação da área a ser plantada. Sem problemas meteorológicos, o viés é de aumento na produção e nos estoques americanos na temporada 2024/25.

Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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SEMANA SOJA: Com safra menor, Brasil deve exportar menos em 2024

   Porto Alegre, 16 de fevereiro de 2024 – Reflexo da queda na safra de soja, em decorrência do clima desfavorável, principalmente no Mato Grosso, o Brasil deverá embarcar menos em 2024. Ainda assim, os sinais são de ampla oferta global da oleaginosa, que, combinados com sinais de fraca demanda nos Estados Unidos, mantiveram os preços internacionais da soja sob pressão.

   As exportações de soja do Brasil deverão totalizar 94 milhões de toneladas em 2024, contra 101,86 milhões em 2023. A previsão faz parte do quadro de oferta e demanda brasileiro, divulgado por Safras & Mercado. No relatório anterior, divulgado em janeiro, as projeções eram de 95 milhões de toneladas para cada uma das temporadas.

   Safras indica esmagamento de 54,3 milhões de toneladas em 2024 e de 53,5 milhões de toneladas em 2023, com uma elevação de 1% entre uma temporada e outra. Não houve alteração na previsão na comparação com janeiro. Safras indica importação de 110 mil toneladas em 2024, contra 181 mil toneladas em 2023.

   Em relação à temporada 2024, a oferta total de soja deverá recuar 6%, passando para 154,492 milhões de toneladas. A demanda total está projetada por Safras em 151,3 milhões de toneladas, recuando 5% sobre o ano anterior. Desta forma, os estoques finais deverão cair 40%, passando de 5,306 milhões para 3,192 milhões de toneladas.

Mercado

   A ampla oferta mundial da oleaginosa e sinais de fraca demanda nos Estados determinaram a retração das cotações, que seguiram perto dos menores níveis desde dezembro de 2020 em Chicago.

   Do lado da oferta, as chuvas melhoraram as condições das lavouras no Brasil e na Argentina. Além disso, os primeiros números do USDA para a próxima temporada nos Estados Unidos ficaram acima do esperado. Já na demanda, exportações e esmagamento abaixo do esperado nos Estados Unidos adicionaram pressão sobre as cotações.

   As chuvas ocorridas sobre boa parte das lavouras de soja da Argentina na última semana melhoraram as condições hídricas e de cultivo. Segundo a Bolsa de Cereais de Buenos Aires, a cultura está em período de definição de rendimentos, com algumas já tendo sofrido perdas no estande de planta, enquanto outras demonstrando melhora no desenvolvimento.

   A área a ser plantada com soja nos Estados Unidos em 2024 deverá ocupar 87,5 milhões de acres. A previsão foi feita durante a abertura do Fórum Anual do Departamento Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que se estende até amanhã, quando os quadros completos de oferta e demanda serão divulgados. No ano passado, a área totalizou 83,6 milhões de acres. Para a produção, o mercado projeta safra passando de 4,165 bilhões de bushels para 4,505 bilhões. Os estoques de passagem deverão subir de 315 milhões para 435 milhões de bushels. Os números ficaram acima do esperado pelo mercado.

   A Associação Norte-Americana dos Processadores de Óleos Vegetais (NOPA) informou que o esmagamento de soja atingiu 185,780 milhões de bushels em janeiro, ante 195,328 milhões no mês anterior. A expectativa do mercado era de 189,928 milhões.Em janeiro de 2023, foram 179 milhões de bushels.

   As exportações líquidas norte-americanas de soja, referentes à temporada 2023/24, com início em 1º de setembro, ficaram em 353.800 toneladas na semana encerrada em 8 de fevereiro. Para a temporada 2024/25, foram mais 24 mil toneladas. Analistas esperavam exportações entre 250 mil e 825 mil toneladas, somando-se as duas temporadas.

Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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MERCADO SOJA: Em dia de muita volatilidade, Brasil tem poucos negócios e preços mistos

Porto Alegre, 8 de fevereiro de 2024 – O mercado brasileiro de soja teve uma quinta-feira de muita volatilidade. Em Chicago, houve momentos de alta e de baixa, enquanto o dólar trabalhou um pouco mais estável, próximo a R$ 5,00. Foram observados poucos negócios no dia e os preços fecharam mistos.

   Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos subiu de R$ 115,00 para R$ 119,00. Na região das Missões, a cotação cresceu de R$ 114,50 para R$ 118,00 a saca. No Porto de Rio Grande, o preço avançou de R$ 120,00 para R$ 122,00 a saca.

   Em Cascavel, no Paraná, o preço aumentou de R$ 108,00 para R$ 110,00 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca valorizou de R$ 117,00 para R$ 119,00.

   Em Rondonópolis (MT), o preço estabilizou em R$ 102,00. Em Dourados (MS), o preço passou de R$ 102,00 para R$ 101,00 a saca. Já em Rio Verde (GO), a saca se manteve em R$ 101,00.

Chicago

   Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira com preços mais altos. Em dia volátil, após subir em boa parte do dia, refletindo a redução na previsão de safra da Conab e respondendo a fatores técnicos, o mercado voltou a cair na parte da tarde, ainda que moderadamente, após o relatório de fevereiro do USDA. Ao final do dia, no entanto, os preços reagiram.

   O Departamento indicou estoques dos Estados Unidos e safra do Brasil acima da expectativa do mercado. As chuvas na América do Sul e os fracos números de demanda nos Estados Unidos completaram o cenário negativo.

   O relatório indicou que a safra norte americana de soja deverá ficar em 4,165 bilhões de bushels em 2023/24, o equivalente a 113,35 milhões de toneladas. A produtividade foi indicada em 50,6 bushels por acre. Os números foram mantidos na comparação com janeiro.

   Os estoques finais estão projetados em 315 milhões de bushels ou 8,57 milhões de toneladas. O mercado apostava em carryover de 282 milhões de bushels ou 7,67 milhões de toneladas. Em janeiro, a previsão era de 280 milhões ou 7,62 milhões de toneladas.

   O Departamento projetou safra mundial de soja em 2023/24 de 398,21 milhões de toneladas. Em janeiro, a previsão era de 398,98 milhões. Os estoques finais foram elevados de 114,6 milhões para 116 milhões de toneladas. O mercado esperava um número de 112,9 milhões de toneladas.

   A safra brasileira foi projetada em 156 milhões de toneladas, com corte de 1 milhão de toneladas sobre a estimativa anterior. Para a Argentina, a previsão é de produção de 50 milhões de toneladas, sem alteração. O mercado esperava número de 153 milhões para o Brasil e de 50,8 milhões para a Argentina.

   A produção brasileira de soja deverá totalizar 149,4 milhões de toneladas na temporada 2023/24, com recuo de 3,4% na comparação com a temporada anterior, quando foram colhidas 154,6 milhões de toneladas. A projeção faz parte do 5º levantamento de acompanhamento da safra brasileira de grãos, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). No relatório anterior, a previsão era de safra de 155,3 milhões de toneladas. Houve um corte de 3,8% entre um mês e outro.

   Os contratos da soja em grão com entrega em março fecharam com alta de 4,50 centavos de dólar, ou 0,37%, a US$ 11,93 1/2 por bushel. A posição maio teve cotação de US$ 11,99 3/4 por bushel, com ganho de 2,25 centavos ou 0,18%.

   Nos subprodutos, a posição março do farelo fechou com baixa de US$ 4,10 ou 1,16% a US$ 347,10 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em março fecharam a 47,94 centavos de dólar, com alta de 1,18 centavo ou 2,52%.

Câmbio

   O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 0,53%, sendo negociado a R$ 4,9946 para venda e a R$ 4,9926 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 4,9721 e a máxima de R$ 5,0009.

SOJA: USDA indica estoques dos EUA em 23/24 acima das expectativas

São Paulo, 8 de fevereiro de 2024 – O relatório de fevereiro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indicou que a safra norte americana de soja deverá ficar em 4,165 bilhões de bushels em 2023/24, o equivalente a 113,35 milhões de toneladas. A produtividade foi indicada em 50,6 bushels por acre. Os números foram mantidos na comparação com janeiro.

   Os estoques finais estão projetados em 315 milhões de bushels ou 8,57 milhões de toneladas. O mercado apostava em carryover de 282 milhões de bushels ou 7,67 milhões de toneladas. Em janeiro, a previsão era de 280 milhões ou 7,62 milhões de toneladas.

   O USDA repetiu a estimativa para o esmagamento em 2,3 bilhões de bushels. A exportação teve sua estimativa reduzida de 1,755 bilhão para 1,72 bilhão de bushels.

SEMANA SOJA: Preços melhoram, mas ainda assim são considerados baixos; comercialização tem ritmo moderado

   Porto Alegre, 26 de janeiro de 2024 – Com as atenções voltadas aos trabalhos iniciais de colheita, o mercado brasileiro de soja teve uma semana de comercialização em ritmo moderado e preços pouco alterados, predominando uma leve melhora. Os agentes negociam pontualmente, aproveitando os repiques eventuais do dólar ou de Chicago. Os prêmios perderam força, com a maior oferta.

   A saca de 60 quilos subiu de R$ 122,00 para R$ 124,00 na semana, na região de Passo Fundo (RS). Em Cascavel (PR), a cotação subiu de R$ 110,00 para R$ 111,00. Em Rondonópolis (MT), o preço recuou de R$ 109,00 para R$ 104,00.

   No Porto de Paranaguá, o preços passou de R$ 121,00 para R$ 122,00. A semana foi marcada por uma queda consistente nos prêmios de exportação, ainda no campo negativo, diante da entrada da safra brasileira e da demanda fraca por parte dos compradores chineses.

   Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), os contratos com vencimento de março, os mais negociados, subiam 0,72% no acumulado da semana até a manhã da sexta, atingindo a casa de US$ 12,22 por bushel. A valorização é consequência de um movimento de recuperação técnica, no início da semana.

   No mercado internacional, pesa o cenário fundamental. Ainda que a safra brasileira tenha tido revés por conta do clima, a perspectiva é de uma produção em torno de 150 milhões de toneladas. Na Argentina, a safra deverá superar 50 milhões de toneladas, acrescentando 30 milhões de toneladas à oferta da América do Sul, após a quebra no ano anterior. Paraguai e Uruguai também apresentam bom desenvolvimento.

   No câmbio, a moeda americana se manteve acima de R$ 4,90 e, em alguns momentos da semana, se aproximou dos R$ 5,00. Por ora, tem sido um fator de sustentação aos preços domésticos. O dólar recuou 0,1% na semana, atingindo R$ 4,9223. O início de ano tem sido marcado pela saída de dólares e pela incerteza sobre a política monetária americana. A maior aversão ao risco no mercado global favorece a moeda.

Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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SEMANA SOJA: Preços melhoram, mas ainda assim são considerados baixos; comercialização tem ritmo moderado

   Porto Alegre, 26 de janeiro de 2024 – Com as atenções voltadas aos trabalhos iniciais de colheita, o mercado brasileiro de soja teve uma semana de comercialização em ritmo moderado e preços pouco alterados, predominando uma leve melhora. Os agentes negociam pontualmente, aproveitando os repiques eventuais do dólar ou de Chicago. Os prêmios perderam força, com a maior oferta.

   A saca de 60 quilos subiu de R$ 122,00 para R$ 124,00 na semana, na região de Passo Fundo (RS). Em Cascavel (PR), a cotação subiu de R$ 110,00 para R$ 111,00. Em Rondonópolis (MT), o preço recuou de R$ 109,00 para R$ 104,00.

   No Porto de Paranaguá, o preços passou de R$ 121,00 para R$ 122,00. A semana foi marcada por uma queda consistente nos prêmios de exportação, ainda no campo negativo, diante da entrada da safra brasileira e da demanda fraca por parte dos compradores chineses.

   Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), os contratos com vencimento de março, os mais negociados, subiam 0,72% no acumulado da semana até a manhã da sexta, atingindo a casa de US$ 12,22 por bushel. A valorização é consequência de um movimento de recuperação técnica, no início da semana.

   No mercado internacional, pesa o cenário fundamental. Ainda que a safra brasileira tenha tido revés por conta do clima, a perspectiva é de uma produção em torno de 150 milhões de toneladas. Na Argentina, a safra deverá superar 50 milhões de toneladas, acrescentando 30 milhões de toneladas à oferta da América do Sul, após a quebra no ano anterior. Paraguai e Uruguai também apresentam bom desenvolvimento.

   No câmbio, a moeda americana se manteve acima de R$ 4,90 e, em alguns momentos da semana, se aproximou dos R$ 5,00. Por ora, tem sido um fator de sustentação aos preços domésticos. O dólar recuou 0,1% na semana, atingindo R$ 4,9223. O início de ano tem sido marcado pela saída de dólares e pela incerteza sobre a política monetária americana. A maior aversão ao risco no mercado global favorece a moeda.

Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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SEMANA SOJA: Início da colheita no Brasil, USDA e tamanho da oferta centralizam atenções

   Porto Alegre, 19 de janeiro de 2024 – O mercado internacional de soja absorveu ao longo da semana os surpreendentemente baixistas dados divulgados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) na tarde de sexta, 12. O relatório indicou safra e estoques acima do esperado nos Estados Unidos e um corte abaixo do esperado na produção brasileira.

   O tamanho da safra brasileira, após os efeitos climáticos, ainda domina as atenções do mercado. Os números do USDA e da Conab – 155 milhões de toneladas – parecem acima da média das consultoria privadas. SAFRAS indica produção de 151,3 milhões de toneladas.

   Nessa semana, a Aprosoja apontou um número em torno de 135 milhões de toneladas e uma consultoria ligada a associação apontou safra em torno de 140 milhões de toneladas. Estes números, no entanto, parecem exagerados.

   Mas o corte na produção, liderado pela queda na safra do maior estado produtor, o Mato Grosso, não chegou a impactar os contratos futuros em Chicago. O motivo é que a safra vinda da América do

Sul ainda é volumosa. Além das 150 milhões de toneladas do Brasil – abaixo do esperado (acima de 160 milhões), mas ainda uma safra cheia – , se espera maiores safras do Paraguai, Uruguai e, principalmente, da Argentina.

   O país vizinho e terceiro maior produtor mundial é um caso a parte. No ano passado, a produção foi dizimada pelo clima seco. Se colheu em torno de 20 milhões de toneladas. Com o bom desenvolvimento das lavouras, há previsões de que até 30 milhões de toneladas poderão ser acrescidas do país vizinho.

USDA

    O relatório de janeiro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indicou que a safra norte americana de soja deverá ficar em 4,165 bilhões de bushels em 2023/24, o equivalente a 113,35 milhões de toneladas. A produtividade foi indicada em 50,6 bushels por acre. No relatório anterior, a previsão era de 4,129 bilhões ou 112,37 milhões de toneladas. O mercado apostava em 4,123 bilhões de bushels ou 112,2 milhões de toneladas.

   Os estoques finais estão projetados em 280 milhões de bushels ou 7,62 milhões de toneladas. O mercado apostava em carryover de 239 milhões de bushels ou 6,5 milhões de toneladas. Em dezembro, a previsão era de 242 milhões ou 6,58 milhões de toneladas.

   O USDA repetiu a estimativa para o esmagamento em 2,3 bilhões de bushels. A exportação teve sua estimativa mantida em 1,755 bilhão de bushels.

   O USDA projetou safra mundial de soja em 2023/24 de 398,98 milhões de toneladas. Em dezembro, a previsão era de 398,88 milhões. Os estoques finais foram elevados de 114,2 milhões para 114,6 milhões de toneladas. O mercado esperava um número de 112,2 milhões de toneladas.

   A projeção do USDA aposta em safra americana ficou em 113,3 milhões de toneladas. O número de dezembro era de 112,4 milhões de toneladas.

    A safra brasileira foi projetada em 157 milhões de toneladas, com corte de 4 milhões de toneladas sobre a estimativa anterior. Para a Argentina, a previsão é de produção de 50 milhões de toneladas, com alta de 2 milhões de toneladas. O mercado esperava número de 156,3 milhões para o Brasil e de 48,9 milhões para a Argentina. A China deverá importar 102 milhões de toneladas, repetindo a previsão de dezembro.

   Os estoques trimestrais de soja em grão dos Estados Unidos, na posição 1o de dezembro, totalizaram 3 bilhões de bushels. O volume estocado recuou 1% na comparação com igual período de 2022.

   O número ficou acima da expectativa do mercado, de 2,982 bilhões de bushels. Do total, 1,45 bilhão de bushels estão armazenados com os produtores, com baixa de 2% sobre o ano anterior. Os estoques fora das fazendas somam 1,55 bilhão de bushels, com leve alta.

Mato Grosso

   Em Mato Grosso, segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) a falta de chuva foi pautada pelo intenso El Niño nesta temporada, que resultou em dias quentes e longos períodos sem chuvas no decorrer do desenvolvimento da soja em vários municípios de Mato Grosso. A produção da safra 2023/24 ficou projetada em 39,01 milhões de toneladas no Mato Grosso, queda de 13,93% ante a safra passada.

   Houve quebra expressiva na produtividade das áreas que foram semeadas até o final de outubro/23, onde o regime de precipitação foi menor que o necessário para o desenvolvimento das lavouras, o que resultou no encurtamento do ciclo da soja e prejudicou o potencial produtivo das plantas.

Colheita

A colheita da safra de soja 2023/24 do Brasil está em 2,1% da área total esperada, até o dia 12 de janeiro. A estimativa parte de levantamento de SAFRAS & Mercado. Os trabalhos iniciaram mais adiantados se comparados com o mesmo período do ano passado – 1% – e também superam a média dos últimos cinco anos, de 1,7%.

    Segundo SAFRAS, a colheita no Paraná é de 4%, comparada com a média de 4,2%. No Mato Grosso, os trabalhos chegaram a 6%, superando a média de 4% para o período.

Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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SEMANA SOJA: Com safra menor, Brasil deve exportar menos em 2024

   Porto Alegre, 12 de janeiro de 2024 – Com a queda na produção, em decorrência do clima desfavorável, principalmente no Mato Grosso, o Brasil deverá exportar menos soja em 2024.

   As exportações de soja do Brasil deverão totalizar 95 milhões de toneladas em 2024, contra 101,86 milhões em 2023. A previsão faz parte do quadro de oferta e demanda brasileiro, divulgado por SAFRAS & Mercado. No relatório anterior, divulgado em dezembro, as projeções eram de 100 milhões de toneladas para cada uma das temporadas.

   SAFRAS indica esmagamento de 54,3 milhões de toneladas em 2024 e de 53,5 milhões de toneladas em 2023, com uma elevação de 1% entre uma temporada e outra. Em dezembro, as projeções eram de 54 milhões e 53 milhões de toneladas, respectivamente.

SAFRAS indica importação de 110 mil toneladas em 2024, contra 181 mil toneladas em 2023.

   Em relação à temporada 2024, a oferta total de soja deverá recuar 4%, passando para 156,77 milhões de toneladas. A demanda total está projetada por SAFRAS em 152,3 milhões de toneladas, recuando 4% sobre o ano anterior. Desta forma, os estoques finais deverão cair 16%, passando de 5,306 milhões para 4,472 milhões de toneladas.

   SAFRAS trabalha com uma produção de farelo de soja de 41,68 milhões de toneladas em 2024, subindo 1%. As exportações deverão cair 7% para 21 milhões de toneladas, enquanto o consumo interno está projetado em 18,5 milhões, aumentando 3%. Os estoques deverão subir 87% para 4,67 milhões de toneladas.

   A produção de óleo de soja deverá aumentar 1% para 10,96 milhões de toneladas. O Brasil deverá exportar 1,5 milhão de toneladas, com queda de 36%. O consumo interno deve subir 10% para 9,5 milhões de toneladas. O uso para biodiesel deve aumentar 18% para 5,2 milhões de toneladas. A previsão é de estoques recuando 4% para 485 mil toneladas.

Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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SEMANA SOJA: Preços sobem no Brasil e em Chicago em novembro, reflexo da irregularidade climática

Porto Alegre, 1 de dezembro de 2023 – Os preços da soja subiram em novembro no mercado brasileiro, acompanhando os ganhos acumulados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT). Mesmo dividindo as atenções com o plantio, os produtores aproveitaram os melhores momentos para negociar, garantindo uma melhora no ritmo da comercialização. A queda do dólar limitou a elevação nos referenciais.

   A saca de 60 quilos abriu o mês a R$ 142,00 em Passo Fundo (RS) e encerrou a R$ 152,00. No mesmo período, o preço passou de R$ 133,00 para R$ 137,00 em Cascavel (PR). Em Rondonópolis (MT), a cotação avançou de R$ 125,00 para R$ 131,00. No Porto de Paranaguá, a referência aumentou de R$ 143,00 para R$ 147,00.

   Os contratos futuros com vencimento em janeiro subiram 2,46% no mês em Chicago, fechado a quinta (30) a US$ 13,42 3/4 por bushel. O clima irregular na América do Sul, atrasando o plantio, deu sustentação ao mercado. Além disso, o mês foi marcado por uma boa demanda pelo produto dos Estados Unidos, principalmente por parte dos chineses.

   O câmbio, no entanto, não favoreceu a comercialização. O dólar comercial teve queda de 2,5% em novembro, encerrando na casa de R$ 4,915. O clima de menor aversão ao risco no mercado financeiro internacional deu força ao real.

   Para dezembro, as atenções deverão se intensificar no desenvolvimento das lavouras no Brasil e na Argentina. O clima é motivo de preocupação. Ainda assim, se projeta uma safra brasileira acima de 160 milhões de toneladas. Depois da quebra no ano passado, a Argentina deverá colher mais que o dobro. Ou seja, o quadro ainda aponta para uma grande oferta.

Safra

   A produção brasileira de soja em 2023/24 deverá totalizar 161,377 milhões de toneladas, com elevação de 2,2% sobre a safra da temporada anterior, que ficou em 157,83 milhões de toneladas. A estimativa foi divulgada por SAFRAS & Mercado. Se confirmada, será a maior safra da história.

   Em julho, quando foi divulgado o relatório de intenção de plantio, a projeção era de 163,25 milhões de toneladas. A redução sobre a estimativa anterior é de 1,15%.

   SAFRAS indica aumento de 2,1% na área, estimada em 45,62 milhões de hectares. Em 2022/23, o plantio ocupou 44,68 milhões de hectares. O levantamento aponta que a produtividade média deverá passar de 3.550 quilos por hectare para 3.555 quilos.

   Foram feitos ajustes finos nos potenciais de produtividades médias de alguns estados das regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste do país devido ao clima irregular (baixa umidade e temperaturas elevadas) registrado desde outubro. Os destaques negativos ficam com os estados do Mato Grosso e de Goiás.

   “Apesar disso, é importante destacar que as produtividades ainda podem ser elevadas nestes estados, embora devam ser inferiores às registradas na temporada 2022/23 (que foram bastante elevadas)”, explica o analista de SAFRAS & Mercado, Luiz Fernando Gutierrez Roque. “Se o clima não melhorar, novos cortes podem ocorrer, mas havendo melhora, boa parte das plantas pode se recuperar, resultando em produtividades ainda relevantes”, alerta.

   No Sul, a atenção é com o excesso de umidade, que vem atrasando os trabalhos de plantio. “Apesar disso, ainda não podemos falar em perdas de potencial produtivo nas lavouras”, conclui o analista.

Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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SOJA: Disparada do petróleo e queda do dólar impulsionam Chicago no meio-pregão

Porto Alegre, 28 de novembro de 2023 – A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o complexo soja opera com preços significativamente mais altos no meio-pregão de hoje. O mercado acelerou os ganhos da manhã, sustentado por uma conjuntura de fatores. O petróleo dispara mais de 2% em Nova York, enquanto o dólar recua de forma considerável frente a outras moedas. A boa demanda pela soja norte-americana, com mais uma venda por parte de exportadores privados, completa o quadro positivo. O grão e o óleo estão próximos das máximas do dia.

   Os exportadores privados norte-americanos reportaram ao Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) a venda de 123.300 toneladas de soja em grãos para destinos não revelados, a serem entregues na temporada 2023/24.

   Os contratos com vencimento em janeiro de 2024 tinham preço de US$ 13,47 3/4 por bushel, avanço de 18,00 centavos de dólar por bushel ou 1,35%. A posição março de 2024 era cotada a US$ 13,66  por bushel, ganho de 18,25 centavo de dólar por bushel ou 1,35%.

   No farelo, janeiro de 2024 tinha preço de US$ 436,70 por tonelada, elevação de US$ 0,10 ou 0,02%. Já a posição janeiro de 2024 do óleo era cotada a 52,80 centavos de dólar por libra-peso, valorização 1,74 centavo de dólar por libra-peso ou 3,40%.

SEMANA SOJA: Por clima irregular, SAFRAS corta estimativa de safra de soja

   Porto Alegre, 24 de novembro de 2023 – A produção brasileira de soja em 2023/24 deverá totalizar 161,377 milhões de toneladas, com elevação de 2,2% sobre a safra da temporada anterior, que ficou em 157,83 milhões de toneladas. A estimativa foi divulgada por SAFRAS & Mercado. Se confirmada, será a maior safra da história.

   Em julho, quando foi divulgado o relatório de intenção de plantio, a projeção era de 163,25 milhões de toneladas. A redução sobre a estimativa anterior é de 1,15%.

   SAFRAS indica aumento de 2,1% na área, estimada em 45,62 milhões de hectares. Em 2022/23, o plantio ocupou 44,68 milhões de hectares. O levantamento aponta que a produtividade média deverá passar de 3.550 quilos por hectare para 3.555 quilos.

   Foram feitos ajustes finos nos potenciais de produtividades médias de alguns estados das regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste do país devido ao clima irregular (baixa umidade e temperaturas elevadas) registrado desde outubro. Os destaques negativos ficam com os estados do Mato Grosso e de Goiás.

   “Apesar disso, é importante destacar que as produtividades ainda podem ser elevadas nestes estados, embora devam ser inferiores às registradas na temporada 2022/23 (que foram bastante elevadas)”, explica o analista de SAFRAS & Mercado, Luiz Fernando Gutierrez Roque. “Se o clima não melhorar, novos cortes podem ocorrer, mas havendo melhora, boa parte das plantas pode se recuperar, resultando em produtividades ainda relevantes”, alerta.

   No Sul, a atenção é com o excesso de umidade, que vem atrasando os trabalhos de plantio. “Apesar disso, ainda não podemos falar em perdas de potencial produtivo nas lavouras”, conclui o analista.

Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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SOJA: Após eleições na Argentina, atenções estão voltadas para retenciones, diz analista de SAFRAS

Porto Alegre, 20 de novembro de 2023 – Após a eleição de Javier Milei como novo presidente da Argentina neste final de semana, as atenções do mercado de soja estão voltadas para as retenciones (taxas aplicadas às exportações agrícolas) do país vizinho. Durante a campanha, ele prometeu zerar as retenciones, lembra o analista e consultor da SAFRAS & Mercado, Luiz Fernando Gutierrez Roque.

   A Argentina é o terceiro maior produtor de soja do mundo. Até o ano passado, era o maior exportador mundial de farelo e óleo, perdendo o posto este ano para o Brasil. Se os argentinos voltarem a colher bem, vai ter uma safra grande e com preços competitivos, destaca o analista. E, sem as retenciones, devem retomar a posição de maiores exportadores de farelo e óleo, aposta.

   Gutierrez Roque acredita que os Estados Unidos e o Brasil podem perder espaço nas exportações após a eleição de Milei. Vai ter um novo player no mercado exportador de todo o complexo soja, acrescenta.

   Outro ponto que merece atenção, mas que ainda está bastante obscuro, é a questão cambial na Argentina. O que ele vai fazer com o câmbio. Mas o mais latente no curto prazo são as retenciones, finaliza o consultor.

SEMANA SOJA: Com Chicago e dólar em direções opostas, clima centra atenções em meio à volatilidade

   Porto Alegre, 17 de novembro de 2023 – A semana foi de muita volatilidade no mercado brasileiro de soja. Enquanto os contratos futuros subiram em Chicago, o dólar recuo frente ao real. A movimentação foi moderada, mas com os produtores aproveitando os picos de Chicago. No centro de todas as movimentações, o clima irregular no Brasil centra as atenções.

   A saca de 60 quilo subiu de R$ 145,00 para R$ 147,00 em Passo Fundo (RS). No Paraná, em Cascavel, o preço permaneceu em R$ 135,00. Já em Rondonópolis (MT), a cotação caiu de R$ 128,00 para R$ 126,00. No Porto de Paranaguá, a saca estabilizou na casa de R$ 145,00. Os prêmios subiram, com os negociadores adicionando risco climático.

   O plantio está atrasado no Brasil. Sobra chuva no Sul e falta no Norte do cinturão produtor. As preocupações com o andamento dos trabalhos no Brasil sustentou a Bolsa de Chicago. Até a manhã da sexta, 17, a valorização dos contratos com vencimento em janeiro era de 0,78%, cotados a US$ 13,58 por bushel.

   Outro importante fator de formação nos preços, o câmbio pressionou as cotações. O dólar comercial tinha queda acumulada de 0,69% até a manhã da sexta, na casa de R$ 4,88. A melhora no ambiente externo ajudou a moeda americana e agiu na contramão do efeito positivo de Chicago.

Argentina

   O Ministério da Economia da Argentina, por meio da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Pesca, estima o plantio de 16,6 milhões de hectares de soja no país em 2023/24. O volume fica 0,6% acima dos 16,5 milhões de hectares projetados no relatório de outubro. Na campanha 22/23, foram 16 milhões de hectares. A produção na temporada passada totalizou 25 milhões de toneladas.

   A área prevista para plantio de soja deve crescer devido à umidade do solo e preços favoráveis. O plantio acelerou após chuvas recentes e áreas menos chuvosas aguardam melhores condições de umidade.

Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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SOJA: Chicago reabre com baixas predominantes, aguardando USDA

Porto Alegre, 9 de novembro de 2023 – Os contratos da soja em grão registram preços predominantemente mais baixos nas negociações da sessão eletrônica na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT). O dia é de volatilidade, com os investidores aguardando o relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que sai nesta quinta-feira, 14 horas (horário de Brasília). O USDA deverá reduzir a sua estimativa para a safra norte-americana de soja em 2023/24. Os estoques finais deverão ser elevados. Um movimento de realização de parte dos lucros nas últimas sessões, assim como uma forte demanda pela oleaginosa estadunidense pressionam as cotações.

   Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em estoques americanos de 221 milhões de bushels em 2023/24. Em outubro, a previsão ficou em 220 milhões de bushels.

   A safra americana deverá ser indicada em 4,098 bilhões de bushels para 2023/24, contra 4,104 bilhões apontados em outubro. No ano passado, a safra ficou em 4,270 bilhões.

   Em relação ao quadro de oferta e demanda mundial da soja, o mercado aposta em estoques finais 2022/23 de 102 milhões de toneladas, contra 101,9 milhões indicados em outubro. Para 2023/24, a estimativa do mercado é de 115,6 milhões, o mesmo número do relatório anterior.

   As exportações líquidas norte-americanas de soja, referentes à temporada 2023/24, com início em 1º de setembro, ficaram em 1.080.200 toneladas na semana encerrada em 2 de novembro. A China liderou as importações, com 692.400 toneladas. Analistas esperavam exportações entre 900 mil e 1,5 milhão de toneladas. As informações foram divulgadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

   Além disso, há pouco, os exportadores privados norte-americanos reportaram ao USDA a venda de 1.044.000 toneladas de soja para a China, para entrega na temporada 2023/24.

   Os contratos com entrega em novembro de 2023 estão cotados a US$ 13,60 3/4 por bushel, baixa de 5,00 centavos de dólar, ou 0,36%, em relação ao fechamento anterior. Os contratos com entrega em janeiro de 2024 operam com recuo de 3,75 centavos de dólar, ou 0,27%, cotados a US$ 13,73 1/4 por bushels.

Ritiele Rodrigues (ritiele.rodrigues@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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SEMANA SOJA: Preços recuam e negócios perdem força no Brasil, seguindo Chicago e dólar

Porto Alegre, 27 de outubro de 2023 – Os preços da soja cederam nesta semana no mercado brasileiro de soja, acompanhando as perdas nos contratos futuros na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) e a queda do dólar frente ao real. Como consequência, a comercialização perdeu ritmo, com os agentes mais cautelosos e os produtores focando no atrasado plantio da nova safra.

   A saca de 60 quilos recuou de R$ 155,00 na abertura da semana para R$ 153,00 no fechamento da quinta, em Passo Fundo (RS). Em Cascavel (PR), a cotação baixou de R$ 135,00 para R$ 131,00. Em Rondonópolis (MT), o preço caiu de R$ 125,00 para R$ 123,00.

   No Porto de Paranaguá, a saca de 60 quilos passou de R$ 145,00 para R$ 141,00 no período. Apesar da esperada melhora na demanda por parte da China, a atividade nos portos seguiu limitada. O destaque fica para a recuperação dos prêmios, reflexo da menor oferta interna decorrente da retenção por parte dos produtores no físico.

   Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), os contratos com vencimento em janeiro tiveram desvalorização de 0,4% na semana, até a manhã da sexta. A posição estava cotada em US$ 13,15 por bushel. O cenário fundamental, diante de uma supersafra sul-americana, e a aversão ao risco no financeiro compuseram um quadro de pressão.

   O dólar comercial baixou da casa de R$ 5,00, sendo cotado a R$ 4,0702 na manhã da sexta. A queda semanal ficou em 1,21%. A entrada de recursos externos no Brasil pesou e determinou o ajuste da moeda.

   Apesar das recentes perdas, o analista de SAFRAS & Mercado, Luiz Fernando Gutierrez Roque, alerta que o momento é favorável para a comercialização. “O produtor deve aproveitar Chicago acima de US$ 13,00 e possíveis repiques do câmbio para negociar, já que a tendência é baixista”, conclui.

Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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SOJA: Incertezas externas servem de pretexto e Chicago cai por realização

Porto Alegre, 20 de outubro de 2023 – Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a sexta-feira com preços mais baixos. Em meio às incertezas que tomam conta do mercado financeiro global, os agentes aproveitaram para realizar parte dos lucros acumulados ao longo da semana.

   Em termos fundamentais, a boa demanda pela soja americana e as preocupações com o atraso no plantio no Brasil preponderam nas últimas sessões e ajudaram a manter os contratos acima da casa de US$ 13 por bushel. Mas é importante frisar que o quadro de ampla oferta mundial ainda deve pressionar as cotações no curto prazo.

   À medida que o plantio avançar na América do Sul e na reta final da colheita nos Estados Unidos, o mercado deverá voltar cada vez mais o foco para Brasil e Argentina. No Brasil, a previsão é de novo recorde de produção, superando as 160 milhões de toneladas. Na Argentina, após a seca da temporada passada, a disponibilidade deve dobrar.

   Os contratos da soja em grão com entrega em novembro fecharam com baixa de 13,25 centavos ou 1% a US$ 13,02 1/4 por bushel. A posição janeiro teve cotação de US$ 13,20 1/4 por bushel, perda de 11,50 centavos de dólar, ou 0,86%, na comparação com o dia anterior.

   Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com alta de US$ 0,90 ou 0,21% a US$ 423,90 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 53,39 centavos de dólar, com alta de 0,28 centavo ou 0,52%.

Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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SEMANA SOJA: Chicago acima de US$ 13,00 sustenta preços e melhora negócios no Brasil

   Porto Alegre, 20 de outubro de 2023 – Os preços da soja subiram nas principais praças do país na semana, marcada por melhora também no ritmo do negócios. A recuperação dos contratos futuros na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) serviu de subsídio para essa reação na comercialização. Os produtores dividem suas atenções entre retomada dos negócios e os trabalhos de plantio.

   A saca de 60 quilos subiu de R$ 142,00 para R$ 145,00 em Passo Fundo (RS). No mesmo período, a cotação avançou de R$ 133,00 para R$ 135,00 em Cascavel (PR) e de R$ 125,00 para R$ 126,00 em Rondonópolis (MT). No Porto de Paranaguá, o preço aumentou de R$ 143,00 para R$ 145,00.

   Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), os contratos com vencimento em novembro eram cotados a US$ 13,12 por bushel na manhã da sexta-feira, acumulando uma valorização de 2,48% na semana. O mercado deu continuidade ao movimento ascendente deflagrado após o relatório de outubro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que apontou safra e estoques americanos acima do esperado.

   Sinais de boa demanda pela soja americana, tanto na exportação como no processamento, e uma certa preocupação com a irregularidade climática na América do Sul, resultando em atraso no plantio no Brasil, completaram o cenário positivo. A recente alta do petróleo, em decorrência do conflito no Oriente Médio, também ajudou na elevação.

   O dólar recuou 0,46% na semana, mas se manteve acima de R$ 5,00, ajudando na sustentação dos preços internos. Já os prêmios seguem negativos, tirando um pouco do ímpeto dos produtores em negociar.

Plantio

   O plantio da safra de soja 2023/24 do Brasil está em 15,8% da área total esperada até o dia 13 de outubro. A estimativa parte de levantamento de SAFRAS & Mercado. Na semana anterior, o número era de 7,8%. Em igual período do ano passado, a área semeada era de 19,1% e a média de cinco anos é de 16,7%.

   O plantio no Paraná já chega a 34%, estando em 35% no Mato Grosso, 9% no Mato Grosso do Sul e 7% em Goiás e São Paulo. Em Minas Gerais o plantio também iniciou, estando em apenas 2%. Na Bahia os trabalhos estão em 3%.

Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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