SEMANA SOJA: Preços se recuperam em setembro no Brasil, com clima seco atrasando plantio

Porto Alegre, 27 de setembro de 2024  O mercado brasileiro de soja teve um mês de setembro de recuperação dos preços domésticos e de uma melhora na comercialização. Os ganhos internos foram determinados pelos ganhos nos contratos futuros na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT). A queda do dólar limitou a melhora nas condições de comercialização.

   A saca de 60 quilos subiu de R$ 131,00 para R$ 135,00 durante o mês, na região de Passo Fundo (RS). Em Cascavel (PR), o preço passou de R$ 128,00 para R$ 139,00. Em Rondonópolis (MT), o preço subiu de R$ 127,00 para R$ 131,00.

   No Porto de Paraguá, a saca também subiu no período, passando de R$ 133,00 para R$ 142,00. Os prêmios, em geral, se mantiveram firmes e positivos.

   Os contratos futuros com vencimento em novembro, os mais negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), apresentaram valorização de 4,4%, cotados a US$ 10,44 por bushel na manhã da sexta, 27. Preocupações climáticas foram determinantes para a recuperação, mesmo que a perspectiva ainda seja de ampla oferta mundial da oleaginosa.

   Nos Estados Unidos, as lavouras estão em fase de colheita. Problemas pontuais com clima trouxeram dúvidas sobre o potencial produtivo, ainda que todas as previsões indiquem safra recorde no segundo maior produtor de soja do mundo.

   No Brasil, o plantio teve início com atraso em setembro. Há preocupação com o clima seco em boa parte da região produtora. Além de atrasar a semeadura, há temor de comprometimento nos rendimentos. Mesmo que seja ainda muito cedo para avaliar as possíveis perdas e diante de previsões otimistas sobre o tamanho da produção.

   O câmbio foi o fator de limitação para a melhora nas condições de mercado. Durante setembro, a moeda americana apresentou uma desvalorização de 3,4%, sendo cotada a R$ 5,4423 na manhã da sexta. O início do ciclo de corte de juros nos Estados Unidos pesou sobre o câmbio. Ainda assim , os atuais patamares dão competitividade à soja brasileira.

Dylan Della Pasqua / Safras News

SEMANA SOJA: Relatório do USDA consolida safra cheia nos EUA e fundamentos baixistas

Porto Alegre, 16 de agosto de 2024 – O mercado internacional de soja teve na segunda, data da divulgação do relatório do USDA, o fator que faltava para consolidar o cenário baixista para as cotações. O Departamento indicou safra e estoques acima do esperado e os preçso despencaram na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT).

   No Brasil, os números impactaram forte, com queda nas cotações, recuo dos vendedores e lentidão no ritmo dos negócios. Para completar, a semana foi de readequação cambial, com o dólar retornando a níveis abaixo de R$ 5,50.

   O relatório de agosto do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indicou que a safra norte americana de soja deverá ficar em 4,589 bilhões de bushels em 2024/25, o equivalente a 124,9 milhões de toneladas. A produtividade foi indicada em 53,2 bushels por acre.

   O número superou a expectativa do mercado de 4,469 bilhões ou 121,6 milhões de toneladas. Em julho a estimativa era de 4,435 bilhões de bushels ou 120,7 milhões de toneladas. A produtividade estava estimada em 52 bushels por acre. A estimativa para a área a ser colhida foi elevada de 85,3 milhões para 86,3 milhões de acres.

   Os estoques finais estão projetados em 560 milhões de bushels ou 15,24 milhões de toneladas. O mercado apostava em carryover de 472 milhões de bushels ou 12,85 milhões de toneladas. Em junho, os estoques estavam estimados em 435 milhões de bushels ou 11,84 milhões de toneladas.

   O USDA está estimando exportações de 1,850 bilhão de bushels e esmagamento de 2,425 bilhões de bushels, contra 1,825 bilhão e 2,425 bilhões respectivamente. Para 2023/24, o Departamento indicou estoques de passagem de 345 milhões de bushels, sem alteração sobre o relatório anterior. O mercado esperava 347 milhões de bushels.

   O relatório indicou safra mundial de soja em 2024/25 de 428,73 milhões de toneladas. Em julho, o número era de 421,85 milhões. Para 2023/24, a previsão é de 395,12 milhões de toneladas.

   Os estoques finais para 2024/25 estão estimados em 134,3 milhões de toneladas, acima da previsão do mercado de 127,6 milhões de toneladas. No mês passado, a previsão era de 127,76 milhões de toneladas. Os estoques da temporada 2023/24 estão estimados em 112,36 milhões de toneladas. O mercado esperava número de 110,9 milhões de toneladas.

   Para a produção brasileira, o USDA manteve as estimativas em 153 milhões de toneladas para 2023/24 e em 169 milhões para 2024/25. Para a Argentina, a previsão para 2023/24 foi cortada de 49,5 milhões de toneladas para 49 milhões. Para 2024/25, a estimativa inicial é de 51 milhões de toneladas, sem alteração sobre o mês anterior.

   As importações chinesas em 2023/24 foram elevadas de 108 milhões para 111,5 milhões de toneladas. Para a próxima temporada, a previsão é de um número de 109 milhões de toneladas, repetindo o mês anterior.

Dylan Della Pasqua / Safras News

SEMANA SOJA: Comercialização da soja avança no Brasil e USDA indica plantio menor que o esperado nos EUA

   Porto Alegre, 5 de julho de 2024 – A recente alta do dólar frente ao real e a recuperação parcial dos contratos futuros em Chicago favoreceram os negócios com soja no Brasil. Os produtores aproveitaram os repiques e aceleraram as vendas, tanto no disponível como de forma antecipada. No exterior, destaque para os dados de plantio nos Estados Unidos, com área abaixo do esperado pelo mercado.

   Segundos dados recolhidos por Safras & Mercado até o dia 5, a comercialização da safra 2023/24 de soja do Brasil envolve 71,8% da produção projetada. No relatório anterior, com dados de 10 de junho, o número era de 64,6%.

   Em igual período do ano passado, a negociação envolvia 66,1% e a média de cinco anos para o período é de 76,7%. Levando-se em conta uma safra estimada em 149,7 milhões de toneladas, o total de soja já negociado é de 107,46 milhões de toneladas.

   Levando-se em conta uma safra mínima hipotética de 149,7 milhões de toneladas, SAFRAS projeta uma comercialização antecipada de 14,6%. Em igual período do ano passado, a comercialização antecipada era de 11,1% e a média para o período é de 20,6%. No relatório anterior, o número era de 9,9%.

Plantio nos EUA

   A área plantada com soja nos Estados Unidos em 2024 deverá totalizar 86,1 milhões de acres, conforme o relatório de área plantada do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgado no dia 28 de junho. A previsão indica uma elevação de 3% sobre o ano anterior.

   O número ficou abaixo da expectativa do mercado, que era de 86,86 milhões de acres. No relatório de intenção de plantio, divulgado em março, a aposta era de área de 86,51 milhões de acres

   No ano passado, os produtores americanos plantaram 83,6 milhões de acres com a oleaginosa. Segundo o USDA, 24 dos 29 estados produtores deverão elevar ou manter o plantio.

   Já os estoques trimestrais de soja em grão dos Estados Unidos, na posição 1o de junho, totalizaram 970 milhões de bushels. O volume estocado subiu 22% na comparação com igual período de 2023.

   O número ficou acima da expectativa do mercado, de 957 milhões de bushels. Do total, 466 milhões de bushels estão armazenados com os produtores, com alta de 44% sobre o ano anterior. Os estoques fora das fazendas somam 504 milhões de bushels, com alta de 6%.

Dylan Della Pasqua / Safras News

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SEMANA SOJA: Queda de Chicago supera valorização cambial e pressiona cotações domésticas em junho

   Porto Alegre, 28 de junho de 2024 – O mês de junho foi negativo para os preços e para a comercialização da soja nas principais regiões negociadoras do país. Apesar da boa alta do dólar, os contrato futuros caíram forte em Chicago e tiveram impacto prepoderante na composição das cotações internas.

   Mesmo contabilizando os prejuízos causados pelo excesso de chuvas no Rio Grande do Sul, o cenário fundamental global segue indicando folga na oferta e demanda. Até o momento, mesmo com temperaturas elevadas e algumas inundações, o mercado de clima está pesando sobre Chicago e não há registro, por ora, de prejuízos consistentes em termos produtivos no cinturão produtor americano.

   No Brasil, a saca de 60 quilos recuou de R$ 134,50 para R$ 133,00 em Passo Fundo (RS) em junho. Em Cascavel (PR), o preço baixou de R$ 132,00 para R$ 128,50 no mês. Em Rondonópolis (MT), a cotação estabilizou em R$ 125,00. No Porto de Paranaguá, a saca passou de R$ 140,00 para R$ 139,00.

   Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), os contratos com vencimento em novembro acumularam perda de 6,3% em junho, sendo cotados na manhã da sexta, 28, a US$ 11,10 por bushel. O bom desenvolvimento das lavouras americanas pesou sobre as cotações.

   A queda interna nos referenciais da oleaginosa só não foi maior pelo fator câmbio. A moeda disparou em junho, acumulando alta de 5,5% e superando R$ 5,55 na manhã da sexta, 28. Os temores de desajustes fiscais no governo brasileiro impulsionou a moeda americana.

Rio Grande do Sul

   A colheita de soja foi concluída foi concluída no Rio Grande do Sul, segundo informações da Emater/RS-Ascar. No Sul do Estado, cerca de 10% da área foi abandonada, resultando em produtividade estimada de aproximadamente 1.500 kg/ha.

   Após a conclusão da colheita, os produtores buscam antecipadamente créditos de custeio para a safra 2024/2025 com o objetivo de manter as condições do Proagro constantes no Plano Safra atual, já que está prevista uma redução na cobertura do seguro para o próximo período agrícola.

   A área cultivada no Estado está estimada em 6.681.716 hectares, e a média estadual de produtividade em 2.923 kg/ha.

Dylan Della Pasqua / Safras News

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SEMANA SOJA: Enchentes no RS refletem em corte também nas projeções de embarque do Brasil

Porto Alegre, 21 de junho de 2024 – A revisão recente nas estimativas de safra de soja do Brasil resultou na mudanã nas projeções também para os embarques em 2024. O corte na previsão de produção, e as consequentes mudanças no quadro de oferta e demanda, é reflexo da queda na colheita no Rio Grande do Sul, após as enchentes que atingiram o estado no mês de maio.

   As exportações de soja do Brasil deverão totalizar 94,8 milhões de toneladas em 2024, 7% abaixo dos 101,863 milhões estimados para 2023. A previsão faz parte do quadro de oferta e demanda brasileiro, divulgado por Safras & Mercado.

   No levantamento anterior, divulgado em abril, os números eram de 96 milhões de toneladas para 2024 e 101,863 milhões para 2023.

   SAFRAS indica esmagamento de 54,3 milhões de toneladas em 2024 e de 54,165 milhões de toneladas em 2023, representando estabilidade entre uma temporada e outra.

   Em relação à temporada 2024, a oferta total de soja deverá recuar 5%, passando para 155,296 milhões de toneladas. A demanda total está projetada por Safras em 152,1 milhões de toneladas, diminuindo 4% sobre o ano anterior. Desta forma, os estoques finais deverão cair 31%, passando de 4,641 milhões para 3,196 milhões de toneladas.

   Safras trabalha com uma produção de farelo de soja de 41,750 milhões de toneladas, estável ante 2023. As exportações deverão reduzir 4% para 21,7 milhões de toneladas, enquanto o consumo interno está projetado em 18,6 milhões, queda de 6%. Os estoques deverão subir 99% para 2,916 milhões de toneladas.

   A produção de óleo de soja deverá subir 1% para 10,960 milhões de toneladas. O Brasil deverá exportar 1,3 milhão de toneladas, com queda de 44% sobre o ano anterior. O consumo interno deve subir de 8,650 milhões para 9,650 milhões de toneladas. O uso para biodiesel deve subir 17% para 5,6 milhões de toneladas. A previsão é de estoques subindo 26% para 535 mil toneladas.

Dylan Della Pasqua / Safras News

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SEMANA SOJA: USDA e Conab revisam safra brasileira para baixo

Porto Alegre, 14 de junho de 2024 – A semana foi bastante agitada para o mercado de soja. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou seu relatório de oferta e demanda de junho na quarta-feira. No mesmo dia, saíram a inflação norte-americana e a decisão sobre a taxa de juros. Este conjunto de fatores trouxe muita volatilidade à Bolsa de Mercadorias de Chicago. Por aqui, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou seus dados de junho na quinta.

O USDA revisou para baixo a produção do Brasil na temporada 2023/24, de 154 milhões (relatório de maio) para 153 milhões de toneladas, em função das inundações que afetaram o Rio Grande do Sul. Mas o número veio abaixo da estimativa do mercado, que previa 151,8 milhões de toneladas. De qualquer forma, foi suficiente para diminuir os estoques globais da temporada 2023/24 em cerca de 700 mil toneladas, para 111,07 milhões de toneladas. Para a temporada 2024/25, os estoques mundiais também foram reduzidos, passando de 128,5 milhões em maio para 127,9 milhões de toneladas em junho.

Para a Conab, a produção brasileira de soja deverá totalizar 147,353 milhões de toneladas na temporada 2023/24, com recuo de 4,7% na comparação com a temporada anterior, quando foram colhidas 154,609 milhões de toneladas. No relatório anterior, a previsão era de safra de 147,68 milhões de toneladas.

A Conab trabalha com uma área de 45,978 milhões de hectares, com elevação de 4,3% sobre o ano anterior, quando foram cultivados 44,08 milhões de hectares. A produtividade está estimada em 3.205 quilos por hectare. Em 2022/23, o rendimento ficou em 3.507 quilos por hectare, o que representa uma retração de 8,6%.

Na semana anterior, Safras & Mercado já havia antecipado estes movimentos e cortado sua estimativa em função da calamidade gaúcha. A produção brasileira de soja em 2023/24 foi revisada para 149,705 milhões de toneladas, com retração de 5,1% sobre a temporada anterior, que ficou em 157,83 milhões de toneladas. Em 12 de abril, data da estimativa anterior, a projeção era de 151,246 milhões de toneladas. Mesmo assim, deve ser a segunda maior safra da história.

Safras indica aumento de 3% na área, estimada em 46,025 milhões de hectares. Em 2022/23, o plantio ocupou 44,681 milhões de hectares. O levantamento aponta que a produtividade média deverá passar de 3.550 quilos por hectare em 2022/23 para 3.269 quilos em 2023/24.

Rodrigo Ramos (rodrigo@safras.com.br) / Safras News

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SEMANA SOJA: Após inundações, Safras corte produção gaúcha para 20 mi de t

Porto Alegre, 7 de junho de 2024 – As inundações que assolaram o Rio Grande do Sul levaram Safras & Mercado a realizar um corte importante na produção do estado. Em relação a 12 de abril, data do último levantamento, a estimativa foi cortada em 2,8 milhões de toneladas, para 20 milhões de toneladas. Anteriormente, era projetado o patamar recorde de 22,799 milhões de toneladas.

O destaque da atualização de junho é a importante redução da produtividade média e da produção esperada para o Rio Grande do Sul devido ao evento climático que atingiu a maior parte do estado entre o fim de abril e meados de maio, relata o analista e consultor de Safras, Luiz Fernando Gutierrez Roque. Os grandes acumulados de chuvas trouxeram reduções produtivas relevantes para as lavouras que ainda não tinham sido colhidas, além de ocasionar perdas também em silos e armazéns que continham soja.

A redução da produção gaúcha naturalmente impacta a produção nacional de forma importante, visto que o Rio Grande do Sul, mesmo com as perdas, terá a segunda maior safra estadual do país nesta temporada. Apesar disso, paralelamente aos cortes produtivos no Estado gaúcho, também foram feitos ajustes positivos em alguns importantes estados produtores, compensando parte do impacto negativo no número nacional.

Tais ajustes abrangeram estados em todas as regiões do país, com destaque para o aumento da produção esperada para o Mato Grosso, maior estado produtor do país. Isto resultou em recuperações das produtividades médias esperadas para alguns estados, pondera o analista. A safra brasileira de 2023/24 é agora estimada em 149,705 milhões de toneladas, sendo a segunda maior safra da história do país, salienta. Em abril, eram esperadas 151,246 milhões de toneladas.

Em relação ao mercado brasileiro, a quinta-feira (6) foi mais agitada, reflexo da disparada na Bolsa de Mercadorias de Chicago, quando notícias de regras mais rígidas sobre créditos fiscais no Brasil geraram esperanças de que as exportações dos Estados Unidos poderiam se beneficiar. Neste contexto, foram registrados grandes movimentos na comercialização, especialmente nos portos.

Conforme a Safras Consultoria, compradores estão colocando ofertas firmes para o grão, incluindo pagamentos mais curtos, atraindo a atenção dos produtores.

Rodrigo Ramos (rodrigo@safras.com.br) / Safras News

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SOJA: Qualidade péssima dos grãos impede colheita de 10% da área na região de Soledade (RS)

Porto Alegre, 3 de junho de 2024 – A colheita de soja na região de Soledade, no Rio Grande do Sul, atingiu 90% da área plantada, que totaliza mais de 500 mil hectares. Segundo o assistente técnico da Emater/RS, Josemar Parise, antes da catástrofe climática que ocorreu no estado no mês de maio, mais da metade dos municípios haviam colhido 92%. No Baixo Vale do Rio Pardo, que corresponde a quase metade da produção da regional, os trabalhos estavam entre 60% e 65%.

   Durante as janelas de tempo firme na última semana, a colheita prosseguiu, mas a qualidade dos grãos deteriorou significativamente, explicou.

   Cerca de 70% da safra foi colhida antes das chuvas, enquanto outros 20% foram colhidos durante o período chuvoso. De acordo com Parise, aproximadamente 10% da área plantada, que corresponde a 6% a 7% da produção, não poderá ser colhida devido à péssima qualidade dos grãos, tornando inviável a ceifa desta parcela.

   Chove hoje na regional. Nos próximos dias, a previsão meteorológica indica tempo firme com algumas nuvens e temperaturas em torno de 20 graus.

SOJA: Chicago estende ganhos com enchentes no RS restringindo exportações

   Porto Alegre, 20 de maio de 2024 – Os contratos da soja em grão registram preços mais altos nas negociações da sessão eletrônica na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT). O mercado estende os ganhos do pregão anterior diante das preocupações com a produção gaúcha, em decorrência das enchentes. Chuvas excessivas e fortes inundações seguem restringindo a movimentação de cargas no porto de Rio Grande, que é o quarto maior do Brasil em exportações de soja e o terceiro maior em importações de fertilizantes. Cortes nas estimativas para a safra da Argentina completam o quadro favorável.

   Os contratos com entrega em julho estão cotados a US$ 12,33 1/4 por bushel, alta de 5,25 centavos de dólar, ou 0,42%, em relação ao fechamento anterior.

   Na sexta-feira (17), a soja fechou com preços mais altos, assegurando uma semana de valorização dos contratos. Previsão de mais chuvas para o Rio Grande do Sul, prejudicando ainda mais a finalização da colheita, determinou os ganhos. A posição julho acumulou valorização semanal de 0,74%. O mercado oscilou entre duas tendências.

   Os contratos da soja em grão com entrega em julho fecharam com alta de 11,75 centavos de dólar, ou 0,96%, a US$ 12,28 por bushel. A posição agosto teve cotação de US$ 12,25 1/4 por bushel, com ganho de 8,50 centavos ou 0,69%. Demais posições recuaram.

SEMANA SOJA: Primeira sinalização é de aumento de produção e estoques americanos em 2024/25

   Porto Alegre, 17 de maio de 2024 – A primeira sinalização para o quadro de oferta e demanda dos Estados Unidos, divulgada pelo Departamento de Agricultura norte-americano, o USDA, na última sexta-feira, adicionou pressão ao já baixista cenário fundamental para a oleaginosa. As indicações são de safra e estoques finais americanos em 2024/25 maiores.

   O relatório de maio do Departamento indicou que a safra norte americana de soja deverá ficar em 4,450 bilhões de bushels em 2024/25, o equivalente a 121,1 milhões de toneladas. A produtividade foi indicada em 52 bushels por acre. O número superou a expectativa do mercado de 4,43 bilhões ou 120,6 milhões de toneladas.

   Os estoques finais estão projetados em 445 milhões de bushels ou 12,11 milhões de toneladas. O mercado apostava em carryover de 432 milhões de bushels ou 11,76 milhões de toneladas.

   O USDA está estimando exportações de 1,825 bilhão de bushels e esmagamento de 2,425 bilhões de bushels. Estes foram os primeiros números para a atual temporada.

   O USDA projetou safra mundial de soja em 2024/25 de 422,26 milhões de toneladas. Para 2023/24, a previsão é de 396,95 milhões de toneladas. Os estoques finais para 2024/25 estão estimados em 128,5 milhões de toneladas, acima da previsão do mercado de 120 milhões de toneladas e da estimativa para 2023/24, de 111,78 milhões – mercado esperava número de 112,4 milhões.

   Para a produção brasileira, o USDA reduziu a estimativa de produção de 154 milhões de toneladas, contra 155 milhões do relatório anterior e 152,6 milhões da previsão do mercado. A primeira estimativa para 2024/25 é de 169 milhões de toneladas.

   Para a Argentina, a previsão para 2023/24 foi mantida em 50 milhões de toneladas, contra expectativa de 49,5 milhões do mercado. Para 2024/25, a estimativa inicial é de 51 milhões de toneladas.

   As importações chinesas em 2023/24 foram mantidas em 105 milhões de toneladas. Para a próxima temporada, a previsão é de um número subindo para 109 milhões de toneladas.

Dylan Della Pasqua / Safras News

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SOJA: Previsão de safra e estoques dos EUA em 2024/25 ficam acima do esperado

   Porto Alegre, 10 de maio de 2024 – O relatório de maio do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indicou que a safra norte americana de soja deverá ficar em 4,450 bilhões de bushels em 2024/25, o equivalente a 121,1 milhões de toneladas. A produtividade foi indicada em 52 bushels por acre. O número superou a expectativa do mercado de 4,43 bilhões ou 120,6 milhões de toneladas.

   Os estoques finais estão projetados em 445 milhões de bushels ou 12,11 milhões de toneladas. O mercado apostava em carryover de 432 milhões de bushels ou 11,76 milhões de toneladas.

   O USDA está estimando exportações de 1,825 bilhão de bushels e esmagamento de 2,425 bilhões de bushels. Estes foram os primeiros números para a atual temporada.

   Para 2023/24, o Departamento indicou estoques de passagem de 340 milhões de bushels, repetindo o relatório anterior e dentro da expectativa do mercado, de 341 milhões de bushels.

SOJA: USDA reduz estimativa de safra 2023/24 do Brasil para 154 mi de t e indica 169 mi para 2024/25

   O relatório de maio do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) projetou safra mundial de soja em 2024/25 de 422,26 milhões de toneladas. Para 2023/24, a previsão é de 396,95 milhões de toneladas.

   Os estoques finais para 2024/25 estão estimados em 128,5 milhões de toneladas, acima da previsão do mercado de 120 milhões de toneladas e da estimativa para 2023/24, de 111,78 milhões – mercado esperava número de 112,4 milhões.

    Para a produção brasileira, o USDA reduziu a estimativa de produção de 154 milhões de toneladas, contra 155 milhões do relatório anterior e 152,6 milhões da previsão do mercado. A primeira estimativa para 2024/25 é de 169 milhões de toneladas.

    Para a Argentina, a previsão para 2023/24 foi mantida em 50 milhões de toneladas, contra expectativa de 49,5 milhões do mercado. Para 2024/25, a estimativa inicial é de 51 milhões de toneladas.

   As importações chinesas em 2023/24 foram mantidas em 105 milhões de toneladas. Para a próxima temporada, a previsão é de um número subindo para 109 milhões de toneladas.

Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Safras News

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SOJA: Chicago ignora USDA e avança no meio-pregão. Vizinhos e RS sustentam

Porto Alegre, 10 de maio de 2024 – A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o complexo soja opera com preços mais altos para grão e óleo, e cotações mais baixas para farelo no meio-pregão de hoje. Os investidores ignoram o relatório de oferta e demanda baixista do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), recém-divulgado, apontando ampla oferta global. A disparada nos vizinhos milho e trigo atua como fator de suporte, assim como as inundações no Rio Grande do Sul.

O USDA indicou que a safra norte americana de soja deverá ficar em 4,450 bilhões de bushels em 2024/25, o equivalente a 121,1 milhões de toneladas. O número superou a expectativa do mercado de 4,43 bilhões ou 120,6 milhões de toneladas.

Os estoques finais estão projetados em 445 milhões de bushels ou 12,11 milhões de toneladas. O mercado apostava em carryover de 432 milhões de bushels ou 11,76 milhões de toneladas.

O USDA projetou safra mundial de soja em 2024/25 de 422,26 milhões de toneladas. Para 2023/24, a previsão é de 396,95 milhões de toneladas. Os estoques finais para 2024/25 estão estimados em 128,5 milhões de toneladas, acima da previsão do mercado de 120 milhões de toneladas e da estimativa para 2023/24, de 111,78 milhões – mercado esperava número de 112,4 milhões.

Para a produção brasileira, o USDA reduziu a estimativa de produção de 154 milhões de toneladas, contra 155 milhões do relatório anterior e 152,6 milhões da previsão do mercado. A primeira estimativa para 2024/25 é de 169 milhões de toneladas.

Os contratos com vencimento em julho de 2024 tinham preço de US$ 12,13 3/4 por bushel, ganho de 5,25 centavos de dólar por bushel ou 0,43%. A posição agosto de 2024 era cotada a US$ 12,15 1/4 por bushel, avanço de 5,00 centavos de dólar por bushel ou 0,41%.

No farelo, julho de 2024 tinha preço de US$ 369,70 por tonelada, desvalorização de US$ 3,20 por tonelada ou 0,83%. Já a posição julho de 2024 do óleo era cotada a 44,29 centavos de dólar por libra-peso, elevação de 1,65 centavo de dólar por libra-peso ou 3,86%.

Rodrigo Ramos (rodrigo@safras.com.br) / Safras News

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SEMANA SOJA: Produtor gaúcho contabiliza estrago após desastre climático no Estado

   Porto Alegre, 10 de maio de 2024 – A tragédia climática que atinge o Rio Grande do Sul não poupou a produção agrícola do estado. As inundações devem trazer redução na produção de soja do estado e, consequentemente, do Brasil.

   Na avaliação do analista e consultor de Safras & Mercado, Luiz Fernando Gutierrez Roque, ainda é um pouco cedo “para termos um número assertivo, mas certamente a gente vai reduzir nossa estimativa para a safra”.

   Conforme o analista, cerca de 25% das lavouras gaúchas ainda não foram colhidas. São cerca de 5 milhões de toneladas em risco. “Não quer dizer que a gente já perdeu esse volume, mas ele está em risco”, explica.

   Outro problema é que algumas áreas onde a soja já foi colhida e estava armazenada também foram inundadas. “A gente recebeu imagens de silos inundados e isto também precisa ser avaliado”, relata o consultor, acrescentando que podem ser necessárias algumas semanas para entender o tamanho do estrago.

   Com o corte esperado na safra gaúcha, o recorde de 22,7 milhões de toneladas estimadas anteriormente por Safras e Mercado não vai ser alcançado. “Lamentavelmente, meu sentimento é que devemos cortar de 2 a 3 milhões de toneladas no Rio Grande do Sul”, acredita Gutierrez Roque.

   Mesmo com as perdas no Rio Grande do Sul, o consultor lembra que 75% da safra gaúcha de soja já tinha sido colhida e com bons rendimentos. “A gente tem uma boa parte de produção já garantida”, frisa. “A não ser que muitos mais silos tenham sido afetados, a safra gaúcha será maior que o ano passado”, completa.

   Informações da Emater, em razão do evento climático adverso, que impediu a realização da colheita em vários períodos, a perspectiva da operação para as áreas ainda a serem colhidas (24%) mudou abruptamente, e as perdas de produção serão elevadas, podendo atingir até 100% das áreas remanescentes.

   “Algumas infraestruturas de armazenagem de grãos também foram danificadas, o que pode afetar a produção colhida anteriormente. A colheita foi suspensa, durante todos os dias, na maior parte do Estado. Contudo nas regiões Noroeste e Campanha, onde as precipitações iniciaram em 01/05, a operação pôde ser realizada entre os dias de 29 e 30/04, mas, de maneira precária, pois os grãos estavam excepcionalmente úmidos”, aponta o relatório.

Comercialização

   A comercialização da safra 2023/24 de soja do Brasil envolve 50,7% da produção projetada, conforme relatório de Safras & Mercado, com dados recolhidos até 6 de maio. No relatório anterior, com dados de 5 de abril, o número era de 41,4%.

   Em igual período do ano passado, a negociação envolvia 51% e a média de cinco anos para o período é de 64,8%. Levando-se em conta uma safra estimada em 151,25 milhões de toneladas, o total de soja já negociado é de 76,645 milhões de toneladas.

   Levando-se em conta uma safra mínima hipotética de 151,25 milhões de toneladas, SAFRAS projeta uma comercialização antecipada de 5,9%. Em igual período do ano passado, a comercialização antecipada era de 6% e a média para o período é de 14,9%.

Dylan Della Pasqua / Safras News

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SEMANA SOJA: Câmbio prepondera sobre Chicago e garante preços melhores em abril

   Porto Alegre, 3 de maio de 2024 – O mercado brasileiro de soja teve um mês de abril de negócios moderados e com preços mais altos. A alta do dólar sobre o real e a melhora dos prêmios de exportação garantiram a alta, que foi limitada pela queda dos contratos futuros na Bolsa de Mercadorias de Chicago (ABCOT).

   A saca de 60 quilos subiu de R$ 121,00 para R$ 123,00 em abril. Em Cascavel (PR), a cotação avançou de R$ 116,00 para R$ 123,00. Em Rondonópolis (MT), o preço se elevou de R$ 113,00 para R$ 115,00. No Porto de Paranaguá, a cotação passou de R$ 125,00 para R$ 130,00.

   O câmbio foi o principal motivador para a melhora nos referenciais. A moeda americana assumiu um novo patamar em abril, permanecendo acima dos R$ 5,00. Externamente, o sentimento de que os juros nos Estados Unidos permanecerão altos por mais tempo ajudou a elevar o dólar. No Brasil, as preocupações com o quadro fiscal ajudaram a sustentar a moeda.

   O dólar comercial acumulou no mês passado uma valorização de 3,55%, batendo em R$ 5,19 no final de abril. Durante o mês, a moeda chegou a atingir os maiores patamares em mais de um ano.

   Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), os contratos com vencimento em julho tiveram desvalorização de 3% e encerraram abril a US$ 11,63 por bushel. O mercado segue pressionando por fatores fundamentais e também sente a pressão do mercado financeiro global.

   O plantio avança sem maiores problemas nos Estados Unidos. Além disso, em função dos preços mais atrativos, a demanda se concentra no produto da América do Sul, em detrimento da soja americana.

   Com dólar e títulos do tesouro americano remunerando bem, o clima é de aversão ao risco e o capital flui para estes investimentos, deixando as commodities, inclusive as agrícola, em um segundo plano.

Dylan Della Pasqua / Safras News

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SEMANA SOJA: Preços melhoram no Brasil e movimentação tem ganho moderado

   Porto Alegre, 26 de abril de 2024 – O mercado brasileiro de soja teve uma semana de preços firmes e de moderada melhora no ritmo dos negócios. Com o dólar acima de R$ 5,00, a melhora nos prêmios e também com ganhos nos contratos futuros em Chicago, o cenário melhorou para a negociação.

   Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos avançou para R$ 124,00. Na região das Missões, a cotação subiu para R$ 123,00 a saca. No Porto de Rio Grande, o preço esteve cotado a R$ 130,50 a saca.

   Em Cascavel, no Paraná, a saca avançou para R$ 123,50. No porto de Paranaguá (PR), o preço subiu para R$ 130,50. Em Rondonópolis (MT), a saca ficou em R$ 116,00. Em Dourados (MS), o preço permaneceu em R$ 116,00 a saca. Já em Rio Verde (GO), a saca ficou estável em R$ 114,00.

   Na Bolsa de Mercadorias de Chicago, a semana foi positiva. Movimentos técnicos e o desempenho positivo de outras commodities, principalmente o trigo em meio a preocupações com o clima seco em importantes produtorees, ajudaram a sustentar a oleaginosa.

   Há também previsão de excesso de chuvas nos Estados Unidos nos próximos dias, o que poderia atrasar o plantio. Mas no longo prazo, o cenário fundamental é baixista. Os movimentos iniciais apontam para uma grande safra americana.

   Os prêmios de exportação seguem firmes. A demanda chinesa tem se deslocado para a América do Sul, que tem preços mais atrativos na comparação com os Estados Unidos.

   Completando o cenário positivo, há o dólar acima de R$ 5,00, devido ao cenário ainda nebuloso sobre o mercado financeiro global. As dúvidas são de quando os juros americanos começarão a cair. Juros altos significam maior aversão ao risco e capital migrando das commodities para investimentos mais seguros.

Dylan Della Pasqua / Safras News

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SEMANA SOJA: Brasil deve exportar 96 milhões de toneladas em 2023; Chicago tem semana negativa

   Porto Alegre, 19 de abril de 2024 – Apesar de em menor volume do que no ano anterior, o Brasil deverá embarcar uma grande quantidade de soja em 2024. Safras atualizou seu quadro de oferta e demanda e revisou para cima sua projeção para as exportações brasileiras.

   As exportações de soja do Brasil deverão totalizar 96 milhões de toneladas em 2024, contra 101,86 milhões em 2023, com uma queda de 6%. A previsão faz parte do quadro de oferta e demanda brasileiro, divulgado por Safras & Mercado. No relatório anterior, divulgado em março, a projeção era de 94 milhões de toneladas.

   Safras indica esmagamento de 54,3 milhões de toneladas em 2024 e de 53,165 milhões de toneladas em 2023. Não houve alteração na previsão na comparação com março. Safras aponta importação de 650 mil toneladas em 2024, contra 181 mil toneladas em 2023.

   Em relação à temporada 2024, a oferta total de soja deverá recuar 4%, passando para 156,54 milhões de toneladas. A demanda total está projetada por Safras em 153,3 milhões de toneladas, recuando 4% sobre o ano anterior. Desta forma, os estoques finais deverão cair 30%, passando de 4,641 milhões para 3,237 milhões de toneladas.

  Safras trabalha com uma produção de farelo de soja de 41,75 milhões de toneladas em 2024, repetindo o ano anterior. As exportações deverão cair 7% para 21 milhões de toneladas, enquanto o consumo interno está projetado em 18,6 milhões, recuando 6%. Os estoques deverão subir 147% para 3,62 milhões de toneladas.

   A produção de óleo de soja deverá crescer 1% para 10,96 milhões de toneladas. O Brasil deverá exportar 1,3 milhão de toneladas, com queda de 44%. O consumo interno deve subir 12% para 9,65 milhões de toneladas. O uso para biodiesel deve aumentar 17% para 5,6 milhões de toneladas. A previsão é de estoques subndo 12% para 575 mil toneladas.

Mercado

   No Brasil, a semana foi marcada por poucos negócios e dificuldade em definir preços. Enquanto o dólar subiu forte na semana, atingindo os maiores patamares em mais de um ano. Em contrapartida, os contratos futuros em Chicago teve a maior qued queda semanal desde agosto de 2023. Até o momento, a posição maio/24 acumula 3,3% de perdas em relação a semana anterior.

   O avanço do plantio nos Estados Unidos, a boa oferta de soja da América do Sul e a fraca demanda pela soja americana compuseram ao longo da semana um quadro negativo aos preços na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT).

   Além disso, pesa sobre os contratos das commodities agrícola o clima de aversão ao risco no mercado financeiro global. As dúvidas sobre quando vai iniciar os cortes dos juros americanos faz o capital procurar por investimentos mais seguros, como câmbio e títulos do Tesouro americano, movimento que pesou sobre a soja.

Dylan Della Pasqua / Safras News

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SOJA: Compras de barganha e dólar mais fraco garantem ganhos moderados em Chicago

Porto Alegre, 17 de abril de 2024 – A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o complexo soja opera com preços mais altos para grão e farelo, e cotações mistas para óleo no meio-pregão de hoje. Em sessão volátil, desde o intervalo o mercado esboça uma reação, buscando suporte em compras de barganha, após as recentes perdas. O dólar mais fraco hoje ajuda na correção. De qualquer forma, os ganhos são limitados pelo plantio nos Estados Unidos e pela colheita no Brasil.

Os contratos com vencimento em maio de 2024 tinham preço de US$ 11,49 1/2 por bushel, ganho de 4,50 centavos de dólar por bushel ou 0,39%. A posição julho de 2024 era cotada a US$ 11,64 1/4 por bushel, avanço de 4,25 centavos de dólar por bushel ou 0,36%.

No farelo, julho de 2024 tinha preço de US$ 339,70 por tonelada, valorização de US$ 2,90 por tonelada ou 0,86%. Já a posição julho de 2024 do óleo era cotada a 45,49 centavos de dólar por libra-peso, elevação de 0,01 centavo de dólar por libra-peso ou 0,02%.

SEMANA SOJA: USDA indica estoques dos EUA acima do esperado e mercado avalia divergência entre projeções de safra do Brasil

Porto Alegre, 12 de abril de 2024 – A semana doi marcada pela divulgação de importantes relatórios e estimativas para a soja. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) surpreendeu ao indicar estoques dos EUA acima do esperado e, também, por manter a sua estimativa para a safra brasileira.

   Com a colheita se encaminhando para o final, as estimativas para a safra do Brasil ainda divergem. O USDA trabalha com 155 milhões de toneladas. Já a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), reduziu na semana a sua previsão para 16,5 milhões de toneladas.

   No meio do caminho está a projeção de Safras, atualizada na sexta, e marcando produção superior a 151 milhões de toneladas.

Produção

   A produção brasileira de soja em 2023/24 deverá totalizar 151,246 milhões de toneladas, com retração de 4,2% sobre a safra da temporada anterior, que ficou em 157,83 milhões de toneladas. A estimativa foi divulgada por Safras & Mercado.

   Em 15 de março, data da estimativa anterior, a projeção era de 148,601 milhões de toneladas. A elevação sobre a previsão anterior é de 1,78%.

   Safras indica aumento de 2,1% na área, estimada em 45,62 milhões de hectares. Em 2022/23, o plantio ocupou 44,68 milhões de hectares. O levantamento aponta que a produtividade média deverá passar de 3.550 quilos por hectare para 3.332 quilos.

   “O avanço dos trabalhos de colheita em todo o país revela a realidade da safra brasileira, trazendo a necessidade de novos ajustes nas produtividades médias esperadas para alguns estados do país”, afirmou o analista e consultor de Safras, Luiz Fernando Gutierrez Roque.

   No Sul, o destaque fica com ajuste positivo no estado do Rio Grande do Sul, com grande parte das lavouras demonstrando um ótimo potencial. “É possível vermos a maior safra da história do estado, que nessa temporada terá a segunda maior produção estadual do país”, destaca o analista.

   No Centro-Oeste, destaque para o aumento da produtividade média esperada para o estado do Mato Grosso, onde as lavouras semeadas e colhidas mais tardiamente trouxeram resultados muito melhores que as semeadas precocemente, beneficiadas pela melhora climática registrada a partir de janeiro. Já no Mato Grosso do Sul, foi feito um ajuste negativo na produtividade média, com parte das lavouras trazendo resultados menores do que o esperado inicialmente.

   No Sudeste, destaque para a redução do potencial produtivo do estado de São Paulo, com parte das lavouras também trazendo resultados inferiores ao esperado. “No Nordeste, o avanço dos trabalhos de colheita na Bahia revela que o potencial produtivo do estado é melhor do que esperávamos, havendo surpresa positiva nas produtividades”, acrescenta Roque.

USDA

       O relatório de abril do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indicou que a safra norte americana de soja deverá ficar em 4,165 bilhões de bushels em 2023/24, o equivalente a 113,35 milhões de toneladas. A produtividade foi indicada em 50,6 bushels por acre. Os números foram mantidos na comparação com março.

   Os estoques finais estão projetados em 340 milhões de bushels ou 9,25 milhões de toneladas. O mercado apostava em carryover de 319 milhões de bushels ou 8,68 milhões de toneladas. Em março, a estimativa era de 315 bilhões de bushels ou 8,57 milhões de toneladas.

   O USDA projetou safra mundial de soja em 2023/24 de 396,73 milhões de toneladas. Em março, a previsão era de 396,85 milhões. Os estoques finais foram reduzidos de 114,3 milhões para 114,2 milhões de toneladas. O mercado esperava um número de 112,6 milhões de toneladas.

   A projeção do USDA aposta em safra americana ficou em 113,3 milhões de toneladas, mesmo número do relatório anterior. A safra brasileira foi projetada em 155 milhões de toneladas, sem alterações. Para a Argentina, a previsão é de produção de 50 milhões de toneladas, também sem revisão. O mercado esperava número de 151,7 milhões para o Brasil e de 50,2 milhões para a Argentina.

Conab

   A produção brasileira de soja deverá totalizar 146,52 milhões de toneladas na temporada 2023/24, com recuo de 5,2% na comparação com a temporada anterior, quando foram colhidas 154,6 milhões de toneladas. A projeção faz parte do 7º levantamento de acompanhamento da safra brasileira de grãos, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). No relatório anterior, a previsão era de safra de 146,86 milhões de toneladas. Houve um corte de 0,2% entre um mês e outro.

Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Safras News

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SEMANA SOJA: Intenção indica maior área nos EUA, adicionando pressão sobre preços

   Porto Alegre, 5 de abril de 2024 – O cenário fundamental baixista para os preços da soja em termos globais ganhou mais um fator de pressão sobre os preços. No dia 28, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) sinalizou que a área com soja em 2024 deverá aumentar. Onúmero superou a expectativa do mercado e determinou perdas em Chicago e no Brasil.

   A área plantada com soja nos Estados Unidos em 2024 deverá totalizar 86,5 milhões de acres, conforme o relatório de intenção de plantio do USDA. A previsão indica uma elevação de 3% sobre o ano anterior.

   O número ficou acima da expectativa do mercado, que era de 86,3 milhões de acres. No Fórum Anual do USDA, realizado em fevereiro, a previsão era de uma área de 87,5 milhões de acres. No ano passado, os produtores americanos plantaram 83,6 milhões de acres com a oleaginosa. Segundo o USDA, 24 dos 29 estados produtores deverão elevar ou manter o plantio.

   Os estoques trimestrais de soja em grão dos Estados Unidos, na posição 1o de março, totalizaram 1,85 bilhão de bushels de bushels. O volume estocado subiu 9% na comparação com igual período de 2023.

   O número ficou acima da expectativa do mercado, de 1,83 bilhão de bushels. Do total, 933 milhões de bushels estão armazenados com os produtores, com alta de 24% sobre o ano anterior. Os estoques fora das fazendas somam 912 milhões de bushels, com baixa de 3%.

Comercialização

   A comercialização da safra 2023/24 de soja do Brasil envolve 41,4% da produção projetada, conforme relatório de SAFRAS & Mercado, com dados recolhidos até 5 de abril. No relatório anterior, com dados de 6 de março, o número era de 36,6%.

   Em igual período do ano passado, a negociação envolvia 44,3% e a média de cinco anos para o período é de 58,1%. Levando-se em conta uma safra estimada em 148,6 milhões de toneladas, o total de soja já negociado é de 61,571 milhões de toneladas.

Safra 2024/25

   Levando-se em conta uma safra mínima hipotética de 148,6 milhões de toneladas, SAFRAS projeta uma comercialização antecipada de 3,1%. Em igual período do ano passado, a comercialização antecipada era de 4,2% e a média para o período é de 12,4%.

Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Safras News

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