SOJA: USDA aponta plantio em 83% nos Estados Unidos

   Porto Alegre, 30 de maio de 2023 – O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou relatório sobre a evolução de plantio das lavouras de soja. Até 28 de maio, a área plantada estava apontada em 83%. O mercado esperava o número em 82%. Na semana passada, eram 66%. Em igual período do ano passado, a semeadura era de 64%. A média é de 65%.

SOJA: Line-up projeta embarques de 15,245 milhões de toneladas pelo Brasil em maio

Porto Alegre, 26 de maio de 2023 – O line-up, a programação de embarques nos portos brasileiros, projeta a exportação de 15,245 milhões de toneladas de soja em grão para maio, conforme levantamento realizado por SAFRAS & Mercado. O volume já embarcado no mês soma 12,194 milhões de toneladas. No mesmo mês do ano passado, exportações somaram 10,138 milhões de toneladas segundo estimativa. Em abril, foram 13,963 mil toneladas. Para junho, são previstas 8,531 milhão de toneladas.

   De janeiro a maio, o line-up projeta o embarque de 52,1 milhões de toneladas. Em igual período do ano passado, foram embarcadas 44,328 milhões de toneladas. A Secretaria do Comércio Exterior (Secex) indica o embarque no período em 43,182 milhão de toneladas.

SEMANA SOJA: Com supersafra colhida, exportações do Brasil devem crescer 19% em 2023

   Porto Alegre, 26 de maio de 2023 – O resultado da colheita da maior safra de soja da história do Brasil será um aumento expressivo dos embarques em 2023. O processamento de soja doméstico também crescerá, mas não no mesmo ritmo.

   As exportações de soja do Brasil deverão totalizar 94 milhões de toneladas em 2023, acima dos 78,73 milhões indicados para 2022. A previsão faz parte do quadro de oferta e demanda brasileiro, divulgado por SAFRAS & Mercado, e indica um aumento de 19% entre uma temporada e outra. Não houve alteração no número em relação ao quadro anterior, divulgado em abril.

   SAFRAS indica esmagamento de 53 milhões de toneladas em 2023 e de 50,89 milhões de toneladas em 2022, com uma elevação de 4% entre uma temporada e outra. Em abril, a estimativa também era de 53 milhões. SAFRAS indica importações de 150 mil toneladas para 2023, com queda de 64% sobre 2022.

   Em relação à temporada 2023, a oferta total de soja deverá aumentar 17%, passando para 159,341 milhões de toneladas. A demanda total está projetada por SAFRAS em 150,5 milhões de toneladas, crescendo 14% sobre o ano anterior. Desta forma, os estoques finais deverão subir 150%, passando de 3,53 milhões para 8,84 milhões de toneladas.

   SAFRAS trabalha com uma produção de farelo de soja de 40,82 milhões de toneladas em 2023, subindo 5%. As exportações deverão subir 8% para 22 milhões de toneladas, enquanto o consumo interno está projetado em 19 milhões, aumentando 1%. Os estoques deverão cair 11% para 1,38 milhão de toneladas.

   A produção de óleo de soja deverá aumentar 9% para 10,8 milhões de toneladas. O Brasil deverá exportar 2,2 milhões de toneladas, com queda de 15%. O consumo interno deve subir 25% para 9 milhões de toneladas. O uso para biodiesel deve aumentar 16% para 4,5 milhões de toneladas. A previsão é de estoques recuando 54% para 330 mil toneladas.

Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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SEMANA SOJA: Produção brasileira se aproxima de 156 milhões de t; USDA indica ampla oferta mundial

Porto Alegre, 19 de maio de 2023 – O cenário é de ampla oferta mundial de oleaginosa, pesando sobre as cotações. SAFRAS ampliou a sua estimativa para a safra brasileira e o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indicou números baixistas para o quadro de oferta e demanda global.

A produção brasileira de soja em 2022/23 deverá totalizar 155,66 milhões de toneladas, com elevação de 21,1% sobre a safra da temporada anterior, que ficou em 128,5 milhões de toneladas. A estimativa foi divulgada por SAFRAS & Mercado. Se confirmada, será a maior safra da história.

Em abril, quando foi divulgado o relatório anterior, a projeção era de 155,08 milhões de toneladas. A elevação sobre a estimativa anterior é de 0,37%.

SAFRAS indica aumento de 4,8% na área, estimada em 44,39 milhões de hectares. Em 2021/22, o plantio ocupou 42,34 milhões de hectares. O levantamento aponta que a produtividade média deverá passar de 3.050 quilos por hectare para 3.530 quilos.

USDA

O relatório de maio do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indicou que a safra norte americana de soja deverá ficar em 4,510 bilhões de bushels em 2023/24, o equivalente a 122,74 milhões de toneladas. A produtividade foi indicada em 52 bushels por acre. O número ficou acima da previsão do mercado, que era de 4,484 bilhões de bushels, ou 122 milhões de toneladas.

Este foi o primeiro levantamento para a temporada 2023/24.

Os estoques finais estão projetados em 335 milhões de bushels ou 9,12 milhões de toneladas. O mercado apostava em carryover de 282 milhões ou 7,67 milhões de toneladas. O USDA indicou esmagamento em 2,310 bilhões de bushels e exportação em 1,975 bilhões.

Para a temporada 2022/23, o USDA manteve a estimativa de produção em 4,276 bilhões de bushels, ou116,37 milhões de toneladas. Os estoques finais foram estimados em 215 bilhões de bushels – 5,85 milhões de toneladas. O mercado projetava estoques de 212 bilhões ou 5,77 milhões.

O USDA projetou safra mundial de soja em 2023/24 de 410,6 milhões de toneladas. Este foi o primeiro relatório com números para a nova temporada. Os estoques finais estão estimados em 122,5 milhões de toneladas, bem acima do esperado pelo mercado, de 105,8 milhões de toneladas.

A projeção do USDA aposta em safra americana de 122,74 milhões de toneladas. A safra brasileira foi projetada em 163 milhões de toneladas. Para a Argentina, a previsão é de produção de 48 milhões de toneladas. A China deverá importar 100 milhões de toneladas.

Para a temporada 2022/23, o USDA estimou safra global de 370,42 milhões de toneladas. Os Estados Unidos têm estimativa de 116,38 milhões de toneladas. A safra do Brasil ficou projetada em 155 milhões e a da Argentina em 27 milhões de toneladas. O mercado apostava em 154,6 milhões para o Brasil e 24,4 milhões para a Argentina.

Os estoques globais estão estimados em 101,4 milhões de toneladas, enquanto o mercado apostava em99,4 milhões de toneladas.

Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS

SOJA: Seguindo outros mercados, Chicago fecha com bons ganhos

   Porto Alegre, 5 de maio de 2023 – Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a sexta-feira com bons ganhos, garantindo a valorização da primeira semana de maio. O desempenho positivo de outros mercados, principalmente a alta de mais 4% do petróleo, assegurou a elevação das cotações.

   Após a divulgação de dados do mercado de trabalho nos Estados Unidos, o clima de aversão ao risco diminuiu, com capital migrando para as commodities. Petróleo e bolsas subiram e o dólar caiu, cenário favorável às commodities.

   Para a próxima semana, o clima, ainda favorável ao cultivo, volta ao foco, além do relatório de maio do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Os números serão divulgados na sexta.

   Os contratos da soja em grão com entrega em julho fecharam com alta de 18,75 centavos ou 1,32% a US$ 14,36 1/2 por bushel. A posição novembro teve cotação de US$ 12,80 por bushel, com ganho de 11,50 centavos de dólar ou 0,9%.

   Nos subprodutos, a posição julho do farelo fechou com ganho de US$ 1,50 ou 0,35% a US$ 426,10 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em julho fecharam a 54,33 centavos de dólar, com ganho de 1,85 centavo ou 3,52%.

Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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Recuperação técnica e alta do petróleo sustentam Chicago e reduzem perdas semanais e mensais

   Porto Alegre, 28 de abril de 2023 – Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a sexta-feira com preços mais altos. Um movimento de correção técnica e o clima de menor aversão ao risco no exterior garantiram os ganhos, reduzindo as perdas acumuladas na semana e no mês mde abril.

   O mercado vinha sobrevendido e os ganhos técnicos já eram esperados, com os investidores se posicionando frente ao final de semana. O menor clima de aversão ao risco no financeiro global ajudou na recuperação, principalmente os bons ganhos do petróleo.

   Em termos fundamentais, o cenário segue baixista. As atenções se voltam para o mercado de clima nos Estados Unidos. Por ora, o quadro é favorável, com os boletins indicando condições positivas para o plantio e o desenvolvimento inicial das lavouras norte-americanas.

   Os contratos da soja em grão com entrega em julho fecharam com alta de 15,50 centavos ou 1,1% a US$ 14,19 1/4 por bushel. A posição novembro teve cotação de US$ 12,63 1/2 por bushel, com ganho de 8,00 centavos de dólar ou 0,63%.

   Nos subprodutos, a posição julho do farelo fechou com ganho de US$ 5,00 ou 1,16% a US$ 432,40 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em julho fecharam a 51,67 centavos de dólar, com ganho de 0,84 centavo ou 1,65%.

Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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SOJA: Colheita atinge 70% da área no Rio Grande do Sul – Emater

   Porto Alegre, 27 de abril de 2023 – A colheita da soja atinge 70% da área no Rio Grande do Sul. Na semana passada, eram 54%. Em igual período do ano passado, 67%. A média para os últimos cinco anos é de 84%.

   O tempo seco e frio, predominante no período, contribuiu para a finalização do ciclo e propiciou condições ambientais favoráveis para a aceleração dos trabalhos. Em termos regionais, a operação está mais adiantada a Noroeste do Estado, onde já ultrapassa 85% da área e menos a Sudeste, onde não alcança 50% das lavouras.

   A produtividade permanece variável, em médias regionais, é pouco superior a 1.000 kg/ha na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Santa Rosa e aproximadamente 3.400 kg/ha na de Caxias do Sul. A projeção estadual de produtividade permanece em 2.175 kg/ha, mas uma nova projeção será finalizada em 29/04, devendo apontar ainda pequena redução. A área cultivada de soja no Estado é de 6.513.891 hectares.

As informações são do boletim semanal da Emater/RS.

SOJA: Chicago fecha em baixa por petróleo, exportações fracas e clima favorável no Meio Oeste

   Porto Alegre, 20 de abril de 2023 – Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quarta-feira com preços mais baixos, praticamente zerando os ganhos acumulados no início da semana. O clima de aversão ao risco no financeiro, forçando mais um dia de queda do petróleo, os fracos dados de exportação dos Estados Unidos e o clima favorável no Meio Oeste pressionaram as cotações.

   As exportações líquidas norte-americanas de soja, referentes à temporada 2022/23, com início em 1º de setembro, ficaram em 100.100 toneladas na semana encerrada em 13 de abril. A Holanda liderou as importações, com 128.300 toneladas. Para a temporada 2023/24, foram 2,9 mil toneladas. Analistas esperavam exportações entre 225 mil e 550 mil toneladas, somando-se as duas temporadas. As informações foram divulgadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

   Os contratos da soja em grão com entrega em maio fecharam com baixa de 9,00 centavos ou 0,59% a US$ 14,97 1/2 por bushel. A posição julho teve cotação de US$ 14,68 1/2 por bushel, com perda de 10,25 centavos de dólar ou 0,69%.

   Nos subprodutos, a posição julho do farelo fechou com baixa de US$ 3,30 ou 0,73% a US$ 448,70 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em julho fecharam a 54,61 centavos de dólar, com perda de 0,55 centavo ou 0,99%.

Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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(NSJ) SEMANA SOJA: Colheita avança e pressiona mercado; USDA sem impacto nos preços

   Porto Alegre, 14 de abril de 2023 – A ampla oferta de soja no Brasil, resultado do avanço da colheita e da revisão para cima nas estimativas de produção, voltou a pressionar as cotações internas. Os prêmios e o dólar recuaram e Chicago teve uma semana de volatilidade. Como consequência, os produtores seguem retraídos e negociando apenas o essencial.

   A produção brasileira de soja deverá totalizar 153,63 milhões de toneladas na temporada 2022/23, com aumento de 22,4% na comparação com a temporada anterior, quando foram colhidas 125,55 milhões de toneladas. A projeção faz parte do 7º levantamento de acompanhamento da safra brasileira de grãos, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). No mês passado, a Conab apontava safra de 151,42 milhões de toneladas.

   As exportações de soja do Brasil deverão totalizar 94 milhões de toneladas em 2023, acima dos 78,73 milhões indicados para 2022. A previsão faz parte do quadro de oferta e demanda brasileiro, divulgado por SAFRAS & Mercado, e indica um aumento de 19% entre uma temporada e outra. Não houve alteração no número em relação ao quadro anterior, divulgado em março.

   SAFRAS indica esmagamento de 53 milhões de toneladas em 2023 e de 50,89 milhões de toneladas em 2022, com uma elevação de 4% entre uma temporada e outra. Em março, a estimativa também era de 53 milhões. SAFRAS indica importações de 100 mil toneladas para 2023, com queda de 76% sobre 2022.

   Em relação à temporada 2023, a oferta total de soja deverá aumentar 17%, passando para 158,717 milhões de toneladas. A demanda total está projetada por SAFRAS em 150,5 milhões de toneladas, crescendo 14% sobre o ano anterior. Desta forma, os estoques finais deverão subir 132%, passando de 3,53 milhões para 8,22 milhões de toneladas.

USDA

   O relatório de abril do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indicou que a safra norte americana de soja deverá ficar em 4,276 bilhões de bushels em 2022/23, o equivalente a 116,4 milhões de toneladas. A produtividade foi indicada em 49,5 bushels por acre, mantendo as indicações e março.

   Os estoques finais estão projetados em 210 milhões de bushels ou 5,72 milhões de toneladas, repetindo a estimativa do mês anterior. O mercado apostava em carryover de 201 milhões ou 5,47 milhões de toneladas. O USDA indicou esmagamento em 2,220 bilhões de bushels e exportação em 2,015 bilhões, sem alteração na comparação com o mês anterior.

   O USDA projetou safra mundial de soja em 2022/23 de 369,64 milhões de toneladas. Em março, a projeção era de 375,15 milhões de toneladas. Os estoques finais estão estimados em 100,29 milhões de toneladas, contra 100 milhões de toneladas de março. O mercado esperava por estoques finais de 98,6 milhões de toneladas.

   A projeção do USDA aposta em safra americana de 116,4 milhões de toneladas, repetindo março. A safra brasileira foi elevada de 153 milhões para 154 milhões de toneladas e a produção argentina cortada de 33 milhões para 27 milhões de toneladas. O mercado apostava em número de 153,6 milhões e 29 milhões de toneladas, respectivamente. A China deverá importar 96 milhões de toneladas, mesma previsão indicada no mês anterior.

Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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SEMANA SOJA: Safra do Brasil deve superar 155 mi de t; Argentina colhe pouco mais da metade que no ano anterior

   Porto Alegre, 6 de abril de 2023 – A semana foi marcada pela atualização nas projeções para a safra do Brasil e da Argentina em 2022/23 por SAFRAS & Mercado. E as indicações não poderiam ser mais diferentes.

   Enquanto no Brasil, com o avanço da colheita, os produtores vão revisando para cima o potencial produtivo, na Argentina só se contabilizam prejuízos. Na comparação com o ano passado, os argentinos deverão colher pouco mais da metade do que foi obtido em 2021/22.

   A produção brasileira de soja em 2022/23 deverá totalizar 155,08 milhões de toneladas, com elevação de 20,7% sobre a safra da temporada anterior, que ficou em 128,5 milhões de toneladas. A estimativa foi divulgada por SAFRAS & Mercado. Se confirmada, será a maior safra da história.

   Em março, quando foi divulgado o relatório anterior, a projeção era de 152,43 milhões de toneladas. A elevação sobre a estimativa anterior é de 1,74%.

   SAFRAS indica aumento de 4,1% na área, estimada em 44,07 milhões de hectares. Em 2021/22, o plantio ocupou 42,34 milhões de hectares. O levantamento aponta que a produtividade média deverá passar de 3.050 quilos por hectare para 3.537 quilos.

   Foram feitos ajustes nas produtividades médias esperadas para diversos estados do país. No Sul, houve redução na produtividade média esperada para o Rio Grande do Sul devido ao clima irregular que atinge o estado desde o plantio.

   “Apesar disso, é importante destacar que a situação do estado gaúcho, nesta temporada, não é tão grave como a registrada na safra passada, com algumas microrregiões devendo registrar boas produtividades, o que ajuda a compensar parte das perdas de regiões mais afetadas pela estiagem”, explica o analista e consultor de SAFRAS & Mercado, Luiz Fernando Gutierrez Roque.

   No Centro-Oeste e no Sudeste, a maior parte dos estados teve ajustes positivos nas produtividades médias. “O avanço da colheita tem confirmado um grande potencial produtivo nas lavouras da faixa central do país, superando as expectativas iniciais. O destaque fica com o estado do Mato Grosso, que pela primeira vez deve superar a marca de 60 sacas por hectare na média estadual”, acrescenta o analista.

   Nas regiões Norte e Nordeste, os ajustes nas produtividades médias foram pequenos, tanto positivos quanto negativos, não trazendo alterações relevantes.

Argentina

   A estimativa de produção de soja na Argentina para a safra 2022/23 foi novamente ajustada, agora para 24,8 milhões de toneladas, em relação à previsão anterior, divulgada em março, quando ficou em 31,4 milhões de toneladas, o que significa um corte de 6,6 milhões de toneladas.

   Na temporada anterior, a produção havia sido de 43,0 milhões de toneladas. Com as novas informações do SAFRAS & Mercado, o corte apresenta queda de 42% em relação ao mesmo período do ano anterior.

   Em relação à área plantada, a safra 2022/23 cobriu 16,305 milhões de hectares, mantendo-se praticamente estável em relação à área plantada na safra 2021/22. Já a área colhida para a safra 2022/23 teve um novo ajuste de 13,643 milhões de hectares, ante os 15,156 milhões de hectares estimados em março.

   “Novas perdas na área colhida foram registradas porque as lavouras não progrediram em seu desenvolvimento e não conseguiram florescer ou obter vagens para iniciar o enchimento de grãos, disse Bruno Todone, analista da SAFRAS & Mercado. A área mais afetada continua sendo a região dos Pampas com rendimentos que apresentam uma queda muito forte em relação ao histórico.

Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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SOJA: Gargalos logísticos pressionam prêmios no Brasil, diz Rabobank

   Porto Alegre, 31 de março de 2023 – Nos últimos quatro meses, os fundamentos baixistas têm pressionado as cotações de soja no mercado brasileiro. Conforme o Rabobank, no seu relatório Agroinfo referente ao primeiro trimestre de 2023, a safra recorde de soja brasileira e as fracas margens de esmagamento chinesa reduziram as cotações de soja em 9% durante o primeiro trimestre de 2023.

   O banco estima que a produção brasileira de soja deve atingir 153 milhões de toneladas em 2022/23, um aumento de 24 milhões de toneladas se comparada ao ciclo anterior. O aumento da safra se deve tanto à maior área, quanto à elevada produtividade obtida em algumas das principais regiões produtoras.

Atrasos na colheita

   Além da redução significativa dos preços, o primeiro trimestre do ano foi marcado por atrasos na colheita, nas exportações e pela insistente demora na comercialização. As chuvas afetaram o ritmo dos trabalhos, o que culminou na desaceleração das vendas externas em 31% nos primeiros dois meses do ano. A demora na ceifa também aumentou significativamente o tempo de espera dos navios em alguns portos brasileiros.

   Já o esmagamento no Brasil deverá atingir um patamar recorde impulsionado pelas elevadas margens de esmagamento. “As perdas significativas da safra de soja na Argentina, que podem chegar a 40% frente às estimativas iniciais, devem levar o Brasil a exportar um volume recorde de farelo de soja em 2023. Além disso, o aumento da mistura obrigatória de biodiesel no diesel deve fazer crescer a demanda pelo óleo de soja no mercado interno”, o Rabobank estima um aumento da demanda total de soja de 14 milhões de toneladas durante a safra 2022/23.

   O crescimento da oferta no Brasil deve superar o aumento da demanda. “Apesar deste incremento no consumo, é esperada uma forte recomposição dos estoques ao final de 2023. Neste contexto, a escassez de armazenagem, os gargalos logísticos e os elevados custos dos fretes no Brasil deverão pressionar os prêmios no Brasil e impactar negativamente as cotações da soja ao longo de 2023 no mercado local”, disse o relatório.

Pontos de Atenção

   Segundo o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), a mistura do biodiesel às vendas de diesel passa a ser de 12% a partir de abril. O que representa um aumento de 2 pontos percentuais sobre a mistura vigente até o mês de março. O Rabobank espera que esmagamento alcance 53 milhões de toneladas em 2022/23.

   O atraso no carregamento dos navios de soja já no primeiro trimestre deve aumentar o tempo de espera dos navios de soja nos portos brasileiros durante os próximos meses.

Revisão e edição: Gabriel Nascimento (gabriel.antunes@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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SOJA: Gargalos logísticos pressionam prêmios no Brasil, diz Rabobank

Porto Alegre, 31 de março de 2023 – Nos últimos quatro meses, os fundamentos baixistas têm pressionado as cotações de soja no mercado brasileiro. Conforme o Rabobank, no seu relatório Agroinfo referente ao primeiro trimestre de 2023, a safra recorde de soja brasileira e as fracas margens de esmagamento chinesa reduziram as cotações de soja em 9% durante o primeiro trimestre de 2023.

   O banco estima que a produção brasileira de soja deve atingir 153 milhões de toneladas em 2022/23, um aumento de 24 milhões de toneladas se comparada ao ciclo anterior. O aumento da safra se deve tanto à maior área, quanto à elevada produtividade obtida em algumas das principais regiões produtoras.

Atrasos na colheita

   Além da redução significativa dos preços, o primeiro trimestre do ano foi marcado por atrasos na colheita, nas exportações e pela insistente demora na comercialização. As chuvas afetaram o ritmo dos trabalhos, o que culminou na desaceleração das vendas externas em 31% nos primeiros dois meses do ano. A demora na ceifa também aumentou significativamente o tempo de espera dos navios em alguns portos brasileiros.

   Já o esmagamento no Brasil deverá atingir um patamar recorde impulsionado pelas elevadas margens de esmagamento. “As perdas significativas da safra de soja na Argentina, que podem chegar a 40% frente às estimativas iniciais, devem levar o Brasil a exportar um volume recorde de farelo de soja em 2023. Além disso, o aumento da mistura obrigatória de biodiesel no diesel deve fazer crescer a demanda pelo óleo de soja no mercado interno”, o Rabobank estima um aumento da demanda total de soja de 14 milhões de toneladas durante a safra 2022/23.

   O crescimento da oferta no Brasil deve superar o aumento da demanda. “Apesar deste incremento no consumo, é esperada uma forte recomposição dos estoques ao final de 2023. Neste contexto, a escassez de armazenagem, os gargalos logísticos e os elevados custos dos fretes no Brasil deverão pressionar os prêmios no Brasil e impactar negativamente as cotações da soja ao longo de 2023 no mercado local”, disse o relatório.

Pontos de Atenção

   Segundo o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), a mistura do biodiesel às vendas de diesel passa a ser de 12% a partir de abril. O que representa um aumento de 2 pontos percentuais sobre a mistura vigente até o mês de março. O Rabobank espera que esmagamento alcance 53 milhões de toneladas em 2022/23.

   O atraso no carregamento dos navios de soja já no primeiro trimestre deve aumentar o tempo de espera dos navios de soja nos portos brasileiros durante os próximos meses.

Revisão e edição: Gabriel Nascimento (gabriel.antunes@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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SEMANA SOJA: Entrada da safra brasileira derruba preços em março

   Porto Alegre, 31 de março de 2023 – O mês de março reservou um cenário negativo para os preços da soja no mercado brasileiro. Como resultado, a comercialização seguiu arrastada, com os produtores aproveitando momentos de repique para tentar se desfazer da soja. E as perspectivas não são de melhora no curto prazo.

   A saca de 60 quilos recuou de R$ 167,00 para R$ 150,00 no mês em Passo Fundo (RS). No período, o preço baixou de R$ 164,00 para R$ 143,00 em Cascavel (PR). Em Rondonópolis (MT), a cotação caiu de R$ 151,00 para R$ 136,00.

   No Porto de Paranaguá, a saca também sofreu forte retração, baixando de R$ 170,00 para R$ 155,00. Os prêmios seguiram negativos no mês e acentuaram as perdas na maior parte de março.

   O principal fator de pressão sobre preços e prêmios foi o avanço da colheita da maior safra da história do Brasil. Apesar de problemas no Rio Grande do Sul, por conta da estiagem, a produção brasileira está estimada por SAFRAS & Mercado em 152,4 milhões de toneladas.

   A oferta aumentou de forma consistente, sem encontrar fatores que pudessem equilibrar com a demanda. Houve o sério problema na safra da Argentina, mas já absorvido na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT). Os contratos no exterior encerraram o mês no zero a zero, com a posição maio se mantendo na casa de US$ 14,75 por bushel.

   No exterior, além da maior oferta do Brasil, o mercado foi prejudicado pela fraca demanda pela soja americana e pelo clima de aversão ao risco no financeiro, diante da preocupação com o sistema bancário mundial. Completando o cenário negativo para a soja brasileira, o dólar comercial fecha o mês com desvalorização de 2,43%, cotado na casa de R$ 5,097.

Edição: Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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SOJA: Com área dos EUA abaixo do esperado. Chicago amplia ganhos no meio-pregão

   Porto Alegre, 31 de março de 2023 – A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o complexo soja opera com preços mais altos para o grão, farelo e óleo no meio-pregão de hoje. O mercado reflete os números divulgado há pouco no relatório de intenção de plantio da safra norte-americana de soja em 2023. Os investidores, também avaliam os números dos estoques trimestrais na posição 1o de março.

   A área plantada com soja nos Estados Unidos em 2023 deverá totalizar 87,5 milhões de acres, conforme o relatório de intenção de plantio do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Houve um leve aumento sobre a estimativa do no anterior.

   O número ficou abaixo da expectativa do mercado, que era de 88,2 milhões de acres. No Fórum Anual do USDA, realizado em fevereiro, a indicação era de área de 87,5 milhões de acres. No ano passado, os produtores americanos plantaram 87,45 milhões de acres com a oleaginosa. Segundo o USDA, 15 dos 29 estados produtores deverão aumentar ou manter o plantio.

   Os estoques trimestrais de soja em grão dos Estados Unidos, na posição 1o de março, totalizaram 1,69 bilhão de bushels, conforme relatório divulgado há pouco pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O volume estocado recuou 13% na comparação com igual período de 2022.

   O número ficou abaixo da expectativa do mercado, de 1,75 bilhão de bushels. Do total, 750 milhões de bushels estão armazenados com os produtores, com leve baixa sobre o ano anterior. Os estoques fora das fazendas somam 936 milhões de bushels, com baixa de 21%.

   Os contratos com vencimento em maio de 2023 tinham preço de US$ 15,00 1/2 por bushel, alta de 26,00 centavos de dólar por bushel ou 1,76%. A posição julho de 2023 era cotada a US$ 14,69 1/2 por bushel, ganho de 22,50 centavos de dólar por bushel ou 1,55%.

   No farelo, maio de 2023 tinha preço de US$ 465,50 por tonelada, valorização de US$ 5,10 ou 1,10%. Já a posição maio de 2023 do óleo era cotada a 55,59 centavos de dólar por libra-peso, avanço de 1,22 centavo de dólar por libra-peso ou 2,24%.

Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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MERCADO SOJA: Brasil tem dia travado e preços de estáveis a mais baixos

   Porto Alegre, 30 de março de 2023 – O mercado brasileiro de soja teve um dia travado. À exceção de Paranaguá, que registrou bons volumes de negócios, as demais regiões não tiveram movimentação. Os preços ficaram de estáveis a mais baixos. Ainda que os prêmios tenham melhorado, o dólar e a Bolsa de Chicago caíram.

   Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos seguiu em R$ 150,00. Na região das Missões, a cotação estabilizou em R$ 149,00. No Porto de Rio Grande, o preço permaneceu em R$ 158,00.

   Em Cascavel, no Paraná, o preço se manteve em R$ 143,00. No porto de Paranaguá (PR), a saca ficou em R$ 155,00.

   Em Rondonópolis (MT), a saca subiu de R$ 135,00 para R$ 136,00. Em Dourados (MS), a cotação não variou: R$ 141,00. Em Rio Verde (GO), a saca, inalterada, foi cotada em R$ 135,00.

Chicago

   Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira com preços mais baixos. Na véspera da divulgação do relatório de intenção de plantio nos Estados Unidos pelo Departamento de Agricultura americano, o mercado realizou lucros, após quatro sessões de alta. As fracas exportações semanais ajudaram na correção.

   O USDA deverá apontar elevação na área a ser plantada com soja naquele país em 2023 na comparação com o ano anterior. O relatório de intenção de plantio do USDA será divulgado nesta sexta, às 13hs. A previsão deverá indicar área maior que a estimativa divulgada em fevereiro, durante o Fórum Anual do Departamento.

   Pesquisa realizada pela agência Dow Jones indica que o mercado está apostando em número de 88,235 milhões de acres. No ano passado, os americanos semearam 87,45 milhões de acres. A média das projeções oscila entre 87,4 milhões e 89,6 milhões de acres.

   Se a expectativa do mercado for confirmada, o USDA vai indicar um número superior aos 87,5 milhões de acres indicados durante o Fórum. A área de soja deverá ficar abaixo da de milho, projetada em 90,85 milhões de acres, contra 88,58 milhões do ano anterior.

   Também na sexta será divulgado o relatório com a posição dos estoques americanos em 1º de março. O mercado espera estoques em 1,753 bilhão de bushels. Em igual período do ano passado, o número era de 1,932 bilhão. Em dezembro, os estoques estavam em 3,022 bilhões de bushels.

   As exportações líquidas norte-americanas de soja, referentes à temporada 2022/23, com início em 1º de setembro, ficaram em 348.200 toneladas na semana encerrada em 23 de março. A China liderou as importações, com 153.000 toneladas. Para a temporada 2023/2024, as vendas totalizaram 3,9 mil toneladas. Analistas esperavam exportações entre 300 mil e 800 mil toneladas.

   Os contratos da soja em grão com entrega em maio fecharam com baixa de 2,75 centavos ou 0,18% a US$ 14,74 1/2 por bushel. A posição julho teve cotação de US$ 14,47 por bushel, com perda de 3,75 centavos de dólar ou 0,25%.

   Nos subprodutos, a posição maio do farelo fechou com alta de US$ 1,70 ou 0,37% a US$ 459,90 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em maio fecharam a 54,37 centavos de dólar, com perda de 1,01 centavo ou 1,82%.

Câmbio

   O dólar comercial encerrou a sessão em queda de 0,74%, sendo negociado a R$ 5,0970 para venda e a R$ 5,0950 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,0750 e a máxima de R$ 5,1600.

Gabriel Nascimento (gabriel.antunes@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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SOJA: Argentina segue com problemas climáticos, afetando balanço global – Itaú BBA

   Porto Alegre, 22 de março de 2023 – No último relatório de oferta & demanda, o USDA fez importante ajuste na produção da Argentina. O documento de março trouxe um corte de 8 milhões de toneladas, algo que já era esperado, uma vez que o USDA estava atrás do mercado em seus números. Além disso, o órgão americano fez ajustes nos números de produção, consumo e estoques globais, o que manteve a relação estoque/uso mundial em 27%, a despeito da grande quebra da Argentina.

   A previsão de quebra da safra argentina deve diminuir a disponibilidade de farelo e óleo de soja. A quebra projetada até o momento, de 25% na safra do grão (2022/23 sobre 2021/22), deve afetar a disponibilidade de farelo e óleo de soja do principal exportador mundial dos dois produtos.

   Com redução do esmagamento projetada em 9% ante a safra passada e exportações do farelo caindo 6,4%, os preços tendem a se manter em alta no mercado internacional. A valorização do preço do farelo em fevereiro em Chicago foi de 1,6%.

   Em reunião no último dia 17, o Governo brasileiro decidiu aumentar para 12% (B12) a mistura obrigatória de biodiesel ao diesel. Ficou decidido que, a partir de abril desse ano, o aumento do biocombustível ao combustível fóssil será de 1% ao ano, atingindo 15% (B15) em abril de 2026.

   Após três safras seguidas com La Niña, podemos migrar para um El Niño no segundo semestre. A NOAA decretou o fim da La Niña e começa a indicar a possibilidade de um El Niño no segundo semestre. Com isso, o panorama climático para a safra americana deve ficar mais favorável. A curva futura invertida em Chicago corrobora com esse cenário de maior aperto agora e folga no balanço após a metade do ano. Podemos ver alguma correção da curva futura se o clima sinalizar problemas durante o plantio e desenvolvimento da safra no Hemisfério Norte. As informações são do Boletim Agro Mensal do Itaú BBA.

Revisão: Rodrigo Ramos (rodrigo@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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SEMANA SOJA: Colheita avança e preços cedem no Brasil; produtor negocia mais

   Porto Alegre, 17 de março de 2023 – O avanço da colheita da maior safra de soja da história do Brasil está determinando a queda nas cotações no mercado doméstico. Sem muitas opções e diante de um cenário de ampliação da oferta, os produtores negociam, aproveitando os repiques, ampliando a comercialização.

   Por conta da ampla safra brasileira e com o financeiro global negativo, os preços cederam também na Bolsa de Chicago. Os contratos com vencimento em maio tiveram desvalorização de 1,03%, fechando a quinta, 16, a US$ 14,91  por bushel. O dólar comercial subiu 0,58% no período, atingindo R$ 5,238 e amenizando o impacto negativo dos contratos futuros.

   Destaque mais uma vez para a queda dos prêmios nos portos, que seguem negativos. O aumento da oferta e a disposição dos negociadores se refletiu também nos embarques, principalmente para o período entre abril e julho.

   A saca de 60 quilos caiu de R$ 167,00 para R$ 165,00 em Passo Fundo (RS) nesta semana. Em Cascavel (PR), o preço recuou de R$ 162,00 para R$ 155,00. Em Rondonópolis, a cotação baixou R$ 1,00 para R$ 150,00. Em Paranaguá, a saca passou de R$ 168,00 para R$ 166,00.

Argentina

   A Bolsa de Cereais de Buenos Aires cortou sua projeção para a safra de soja da Argentina de 29 milhões para 25 milhões de toneladas. A nova redução reflete o clima desfavorável ao cultivo, combinando ausência de chuvas na região central do cinturão produtor, geadas tardias e temperaturas bastante elevadas.

   Na comparação com o ano passado, quando foram colhidas 43,3 milhões de toneladas, a quebra na produção chegaria a 42,2%.

   O tempo seco e as altas temperaturas continuam gerando perdas de rendimento em grande parte da zona agrícola, informa o relatório. “Colaboradores relatam aborto de vagens, rendimentos esperados abaixo das mínimas históricas e perda total de área de colheita, sendo a área de soja de segunda em ambos os núcleos, sendo o centro-leste de Entre Ríos o mais afetado”, completa.

Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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SOJA: Demanda fraca nos EUA, aversão ao risco e ampla oferta brasileira pressionam Chicago

Porto Alegre, 10 de março de 2023 – Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a sexta-feira com preços em baixa, acentuando as perdas acumuladas ao longo da semana. O mercado seguiu pressionado pela fraca demanda pelo produto dos Estados Unidos, a ampla oferta de produto do Brasil entrando no mercado e pelo clima de aversão ao risco no financeiro.

As exportações de soja do Brasil deverão totalizar 94 milhões de toneladas em 2023, acima dos 78,7 milhões indicados para 2022. A previsão faz parte do quadro de oferta e demanda brasileiro, divulgado por SAFRAS & Mercado, e indica um aumento de 19% entre uma temporada e outra. Na previsão anterior, de janeiro, o número era de 93 milhões. Com a colheita avançando, os olhos dos compradores saem dos Estados Unidos e se voltam ao Brasil.

SAFRAS indica esmagamento de 53 milhões de toneladas em 2023 e de 50,07 milhões de toneladas em 2022, com uma elevação de 6% entre uma temporada e outra. Em janeiro, a estimativa era de 52 milhões de toneladas. SAFRAS indica importações de 100 mil toneladas para 2023, com queda de 76% sobre 2022.

Em relação à temporada 2023, a oferta total de soja deverá aumentar 15%, passando para 156,378 milhões de toneladas. A demanda total está projetada por SAFRAS em 150,5 milhões de toneladas, crescendo 14% sobre o ano anterior. Desta forma, os estoques finais deverão subir 53%, passando de 3,85 milhões para 5,878 milhões de toneladas.

Os contratos da soja em grão com entrega em maio fecharam com baixa de 3,75 centavos ou 0,24% a US$ 15,07 por bushel. A posição julho teve cotação de US$ 14,94 3/4 por bushel, com perda de 4,00 centavos de dólar ou 0,26%.

Nos subprodutos, a posição maio do farelo fechou com baixa de US$ 1,00 ou 0,2% a US$ 485,90 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em maio fecharam a 56,61 centavos de dólar, com perda de 0,45 centavos ou 0,78%.

Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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SEMANA SOJA: Quebra na Argentina deve elevar exportações e esmagamento do Brasil em 2023

Porto Alegre, 10 de março de 2023 – O Brasil deverá exportar mais soja, farelo e óleo em 2023, como forma de compensar a ausência de boa parte da produção argentina, quebrada pelo clima desfavorável. “Exportações e esmagamento devem ser ainda maiores devido às quebras produtivas na Argentina. Brasil deve ganhar mercado na exportação de grão, farelo e óleo, o que impulsiona também o esmagamento. Apesar do aumento da demanda, supersafra deve levar a aumento de estoques frente a 2022”, avalia o consultor de SAFRAS & Mercado, Luiz Fernando Roque.

   As exportações de soja do Brasil deverão totalizar 94 milhões de toneladas em 2023, acima dos 78,7 milhões indicados para 2022. A previsão faz parte do quadro de oferta e demanda brasileiro, divulgado por SAFRAS & Mercado, e indica um aumento de 19% entre uma temporada e outra. Na previsão anterior, de janeiro, o número era de 93 milhões.

   SAFRAS indica esmagamento de 53 milhões de toneladas em 2023 e de 50,07 milhões de toneladas em 2022, com uma elevação de 6% entre uma temporada e outra. Em janeiro, a estimativa era de 52 milhões de toneladas. SAFRAS indica importações de 100 mil toneladas para 2023, com queda de 76% sobre 2022.

   Em relação à temporada 2023, a oferta total de soja deverá aumentar 15%, passando para 156,378 milhões de toneladas. A demanda total está projetada por SAFRAS em 150,5 milhões de toneladas, crescendo 14% sobre o ano anterior. Desta forma, os estoques finais deverão subir 53%, passando de 3,85 milhões para 5,878 milhões de toneladas.

USDA

   O relatório de março do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indicou que a safra norte americana de soja deverá ficar em 4,276 bilhões de bushels em 2022/23, o equivalente a 116,38 milhões de toneladas. A produtividade foi indicada em 49,5 bushels por acre, mantendo as indicações de fevereiro.

   Os estoques finais estão projetados em 210 milhões de bushels ou 5,72 milhões de toneladas, contra 225 milhões de bushels de fevereiro – 6,13 milhões de toneladas. O mercado apostava em carryover de 219 milhões.

  O relatório projetou safra mundial de soja em 2022/23 de 375,15 milhões de toneladas. Em fevereiro, a projeção era de 383,01 milhões de toneladas. Os estoques finais estão estimados em 100,01 milhões de toneladas, contra 102,03 milhões de toneladas de janeiro. O mercado esperava por estoques finais de 100,1 milhões de toneladas.

   A projeção do USDA aposta em safra americana de 116,38 milhões de toneladas, repetindo fevereiro. A safra brasileira foi mantida em 153 milhões de toneladas e a produção argentina cortada de 41 milhões para 33 milhões de toneladas.

Safra no Brasil e na Argentina

   A produção brasileira de soja deverá totalizar 151,42 milhões de toneladas na temporada 2022/23, com aumento de 20,6% na comparação com a temporada anterior, quando foram colhidas 125,55 milhões de toneladas. A projeção faz parte do 6º levantamento de acompanhamento da safra brasileira de grãos, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). No mês passado, a Conab apontava safra de 152,9 milhões de toneladas.

   A Bolsa de Cereais de Buenos Aires cortou sua projeção para a safra de soja da Argentina de 33,5 milhões para 29 milhões de toneladas. O motivo são as perdas provocadas pelo clima adverso. Na comparação com a média das últimas cinco temporadas, o recuo da safra fica em 16 milhões de toneladas.

   A Bolsa de Rosario foi ainda mais incisiva e anunciou um corte 7,5 milhões de toneladas em sua estimativa de produção de soja da Argentina para a campanha de 2022/23, para um total de 27 milhões de toneladas.

   O analista Bruno Todone, de SAFRAS, disse que os novos cortes na produção “refletem o desastre agrícola sem precedentes que o país atravessa nesta época. Uma combinação letal para todas as culturas agrícolas que são afetadas não só do ponto de vista de rendimentos, mas também com perdas históricas de área sem precedentes, sendo o principal fator que mais impacta a queda na produção”. Todone não descarta revisar a estimativa de SAFRAS, atualmente em 31,4 milhões de toneladas.

Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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SEMANA SOJA: Fevereiro consolida perdas na produção da Argentina e no RS, mas Brasil colhe safra recorde

   São Paulo, 3 de março de 2023 – O mês de fevereiro consolidou o quadro para o potencial produtivo da safra sul-americana de soja. As perdas na produção da Argentina e do Rio Grande do Sul, pela falta de chuvas, se concretizaram. Mas a colheita nos demais estados do Brasil ganhou ritmo e os resultados são positivos, indicando uma oferta recorde por parte do principal produtor mundial da oleaginosa.

   A produção brasileira de soja em 2022/23 deverá totalizar 152,43 milhões de toneladas, com elevação de 18,6% sobre a safra da temporada anterior, que ficou em 128,5 milhões de toneladas. A estimativa foi divulgada por SAFRAS & Mercado. Se confirmada, será a maior safra da história.

   Em janeiro, quando foi divulgado o relatório anterior, a projeção era de 153,37 milhões de toneladas. A retração sobre a estimativa anterior é de 0,61%.

   SAFRAS indica aumento de 3,6% na área, estimada em 43,86 milhões de hectares. Em 2021/22, o plantio ocupou 42,34 milhões de hectares. O levantamento aponta que a produtividade média deverá passar de 3.050 quilos por hectare para 3.493 quilos.

   Foi feito um ajuste negativo importante na produtividade média esperada para o Rio Grande do Sul. “A baixa umidade e temperaturas elevadas que voltaram a atingir parte das lavouras do estado em fevereiro continuaram trazendo problemas para o desenvolvimento das plantas em algumas regiões, o que retirou potencial produtivo das lavouras”, informa o analista de SAFRAS & Mercado, Luiz Fernando Roque.

   Segundo ele, apesar disso, há regiões com lavouras que registram bom desenvolvimento, o que ajuda a compensar as perdas mais agressivas. “A irregularidade marca a safra gaúcha nessa temporada, e apenas a colheita nos trará uma melhor visão sobre a produção final do estado. De qualquer forma, é importante destacar que em nível estadual as perdas não serão tão expressivas como na temporada passada”, completou.

   Em contrapartida ao corte no RS, outros estados receberam alguns pequenos ajustes positivos nas produtividades esperadas, como os estados do Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais. “O avanço da colheita tem revelado que o desenvolvimento das lavouras foi extremamente positivo nesta temporada, trazendo grandes potenciais para as produções destes estados. O aumento dessas estimativas compensa parte das perdas esperadas para o RS, garantindo uma produção superior a 150 milhões de toneladas no Brasil”, conclui o analista.

Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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