SOJA: Cotações voltam a disparar com altas em Chicago

   Porto Alegre, 5 de janeiro de 2021 – O mercado brasileiro de soja teve mais um dia de fortes avanços nas cotações. Os valores acompanharam a subida acentuada da oleaginosa na Bolsa de Chicago. Porém, o dia foi de movimentação moderada. Os produtores estão atentos às altas e aguardando por maiores reações ainda nos preços.

    Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos subiu de R$ 146,00 para R$ 155,00 a saca. Na região das Missões, a cotação avançou de R$ 145,00 para R$ 154,00 a saca. No porto de Rio Grande, o preço passou de R$ 153,00 para R$ 163,00.

    Em Cascavel, no Paraná, o preço avançou de R$ 145,00 para R$ 158,00 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca subiu de R$ 151,00 para R$ 162,00 a saca.

   Em Rondonópolis (MT), a saca se manteve em R$ 153,00 a saca. Em Dourados (MS), a cotação subiu de R$ 150,00 para R$ 152,00 a saca. Em Rio Verde (GO), a saca avançou de R$ 150,00 para R$ 156,00 a saca.

     Chicago

   Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a terça-feira com preços em forte alta, pouco abaixo das máximas do dia. Os níveis de hoje são os maiores em mais de seis anos e meio, mesmo com a redução dos ganhos na parte final da sessão.

   Uma série de fatores contribuiu para a disparada dos preços, resultado da forte presença de fundos e especuladores na ponta vendedora. A preocupação com o clima na América do Sul foi o gatilho para as altas, que persistiram desde o início da sessão.

    O clima seco no Brasil e na Argentina deve atrasar a colheita e a entrada da safra sul-americana no mercado. Além disso, a estiagem pode determinar a redução no potencial produtivo, apertando ainda mais os estoques globais da oleaginosa.

    Com isso, a demanda pela soja americana por parte da China deve continuar firme no curto prazo. O dólar em baixa frente a outras moedas dá mais competitividade para o produto americano.

   Completando o cenário favorável às cotações, o petróleo subiu mais de 5% no dia, carregando as commodities agrícolas. O bom desempenho do petróleo foi o pretexto que os fundos precisavam para carregar ainda mais nas compras.

   Os agentes começam também a se posicionar frente ao relatório de janeiro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado no dia 12. O sentimento é de um aperto ainda maior nas previsões para os estoques de passagem, tanto dos EUA como mundiais.

    Os contratos da soja em grão com entrega em março fecharam com alta de 34,00 centavos de dólar por libra-peso ou 2,58% a US$ 13,47 por bushel. A posição maio teve cotação de US$ 13,46 1/4 por bushel, com perda de 35,00 centavos ou 2,66%.

   Nos subprodutos, a posição março do farelo subiu US$ 8,10 ou 1,91% a US$ 431,80 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em março fecharam a 43,60 centavos de dólar, alta de 1,47 centavo ou 3,48%.

     Câmbio

   O dólar comercial encerrou a sessão com baixa de 0,11%, sendo negociado a R$ 5,2640 para venda e a R$ 5,2620 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,2530 e a máxima de R$ 5,3540.