SOJA: Chicago despenca quase 2% após Washington impor novas tarifas

Porto Alegre, 11 de julho de 2018 – Os contratos da soja em grão registram
preços bem mais baixos nas negociações da sessão eletrônica na Bolsa de
Mercadorias de Chicago (CBOT). O mercado recua quase 2%, após Washington
decidir impor novas tarifas à importação chinesa – fato que deve ser
retaliado por Beijing, prejudicando as exportações de soja dos Estados Unidos.
As informações são da Agência Reuters.

A Casa Branca anunciou nesta terça-feira que a administração de Donald
Trump se prepara para aplicar tarifas a um pacote de até US$ 200 bilhões em
bens chineses. As informações são da Agência CMA.

Os contratos com vencimento em agosto de 2018 operam cotados a US$ 8,40 por
bushel, perda de 15,75 centavos de dólar por bushel, ou 1,84%.

Ontem, o bom desenvolvimento das lavouras dos Estados Unidos seguiu
pressionando o mercado na maior parte do dia, com os agentes buscando um
melhor posicionamento frente ao relatório de julho do Departamento de Agricultura
dos Estados Unidos (USDA).

O Departamento deverá elevar, no seu relatório de julho, a sua estimativa
para a safra 2018/19 de soja dos Estados Unidos. O levantamento será divulgado
na quinta, às 13hs.

Analistas consultados pelas agências internacionais apostam que o USDA
indicará safra de 117,8 milhões de toneladas. No relatório anterior, a
estimativa era de 116,5 milhões de toneladas. Em 2017/18, a produção
americana ficou em 119,5 milhões de toneladas.

Para os estoques finais americanos em 2018/19, o mercado aposta em número
de 13,36 milhões de toneladas, contra 10,48 milhões projetados relatório de
junho. Para 2017/18, o mercado trabalha com previsão passando de 13,74
milhões para 13,8 milhões de toneladas.

Os estoques globais para 2017/18 deverão ser cortados de 92,5 milhões
para 92 milhões de toneladas. Para 2018/19, a aposta é de um número próximo
a 88,6 milhões, contra 87 milhões de toneladas da estimativa de junho.

A estimativa de safra sul-americana em 2017/18 também deverá centralizar
as atenções do mercado. A aposta é de manutenção na previsão de produção
brasileira, ficando próxima de 119 milhões de toneladas.

A projeção para a safra da Argentina, no entanto, deverá ser reduzida,
de 37 milhões para 36,7 milhões de toneladas.

Os contratos da soja em grão com entrega em julho fecharam com alta de
0,50 centavo de dólar (0,05%), a US$ 8,52 por bushel. A posição novembro teve
cotação de US$ 8,71 por bushel, perda de 0,50 centavo (0,05%) centavos de
dólar em relação ao fechamento anterior.

Rodrigo Ramos (rodrigo@safras.com.br) / Agência SAFRAS