SEMANA: Prêmios e dólar sustentam preços internos da soja em março

Porto Alegre, 29 de março de 2018 – O mercado brasileiro de soja
encerrou o mês de março com preços firmes e com momentos de boa
comercialização. Os vendedores aproveitaram a firmeza do dólar, os bons
momentos de Chicago e a elevação histórica dos prêmios de exportação para
negociar.

Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos subiu de R$ 73,50 para R$ 76,00
durante o mês. Em Cascavel (PR), a cotação passou de R$ 71,00 para R$ 73,50.
No Porto de Paranaguá, o preço avançou de R$ 77,50 para R$ 80,50.

Em Rondonópolis (MT), a cotação subiu de R$ 67,00 para R$ 70,00. Em
Dourados (MS), a cotação avançou de R$ 66,50 para R$ 67,50. A saca recuou de
R$ 68,00 para R$ 66,00 em Rio Verde (GO).

Com os contratos futuros variando muito ao longo do mês em Chicago, a
firmeza do dólar e dos prêmios de exportação sustentaram os preços
domésticos. Nos momentos de máxima em Chicago, o ritmo dos negócios internos
se intensificou.

No balanço do mês, no entanto, Chicago registrou perdas. A posição
maio, a mais negociada, caiu 3,5% no período, passando de US$ 10,55 para US$
10,18 por bushel. Na máxima do mês, entretanto, a cotação chegou a atingir
US$ 10,77.

Em meio a fatores externos e a ameaça de guerra comercial entre Estados
Unidos e China, o dólar se firmou na comparação com outras moedas. Na
comparação com o real, houve uma elevação de 2,7%, atingindo R$ 3,332 na
quinta, 28.

Os prêmios de exportação subiram diante da boa demanda por parte da
China, justamente em decorrência de uma possível taxação das compras nos
Estados Unidos. A quebra na safra da Argentina também ajudou a impulsionar os
prêmios.

Para abril, o mercado internacional deverá continuar focado em quatro
pontos que determinaram as oscilações no decorrer de março: o possível
plantio recorde nos Estados Unidos, a finalização da colheita da maior safra
da história do Brasil, as consequências da tensão comercial entre Estados
Unidos e China e a confirmação da quebra da produção argentina por conta do
clima seco.

Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS