Porto Alegre, 23 de agosto de 2019 – O mercado brasileiro de soja apresentou preços firmes e negócios moderados no Brasil nesta semana. A firmeza do dólar e dos prêmios de exportação superou a queda de Chicago e sustentou as cotações. Como negociaram bem no início do mês, os produtores aguardam por patamares ainda melhores para voltar ao mercado, o que limitou a comercialização.

   A saca de 60 quilos subiu de R$ 81,00 para R$ 82,50 em Passo Fundo (RS). Em Cascavel (PR), o preço saltou de R$ 80,00 para R$ 82,50 no período. No Porto de Paranaguá, a cotação avançou de R$ 85,50 para R$ 88,50.

    Em Rondonópolis (MT), o preço aumentou de R$ 75,50 para R$ 77,50. A saca passou de R$ 75,00 para R$ 76,50 em Dourados (MS) e de R$ 75,50 para R$ 76,00 em Rio Verde (GO).

   A alta dos preços internos foi sustentada pelo câmbio. O dólar comercial subiu 1,85% entre 16 e 22 de agosto, batendo em R$ 4,079, em meio às preocupações com o cenário econômico mundial e o aumento na aversão ao risco, provocado pela intensificação da guerra comercial entre China e Estados Unidos.

    Prevendo o aquecimento da demanda chinesa pela soja brasileira e compensando a queda de Chicago, os prêmios tiveram boa alta no Brasil, atingindo até 160 pontos acima de Chicago para setembro e outubro. Esse foi outro ponto positivo para os preços domésticos.

   Os contratos com vencimento em novembro em Chicago caíram 1,25% na semana, encerrando a quinta a US$ 8,68  por bushel. A guerra comercial e a previsão de clima favorável às lavouras compensaram os resultados pouco expressivos da crop tour realizada ao longo da semana pela Pro Farmer.

     Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS