Preços da soja recuam no Brasil com baixa do dólar

    Porto Alegre, 28 de outubro de 2019 – O mercado brasileiro de soja apresentou preços fracos nesta segunda-feira. Apesar da alta da oleaginosa na Bolsa de Chicago, as cotações foram pressionadas no país por mais uma baixa do dólar.

   O mercado seguiu travado na comercialização. O foco segue no plantio da safra de verão, com bastante preocupação com o clima no Centro-Oeste, já que há previsão de chuvas só para a próxima semana. Diversas áreas falam em necessidade de replantio.

   Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos caiu de R$ 85,00 para R$ 83,50. Na região das Missões, a cotação baixou de R$ 84,00 para R$ 83,00. No porto de Rio Grande, o preço seguiu em R$ 88,00.

    Em Cascavel, no Paraná, o preço seguiu estável em R$ 84,00 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca se manteve em R$ 88,00.

    Em Rondonópolis (MT), a saca baixou de R$ 80,00 para R$ 79,00.  Em Dourados (MS), a cotação recuou de R$ 80,00 para R$ 79,00. Em Rio Verde (GO), a saca se manteve em R$ 78,00.

     Chicago

    Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a segunda-feira com preços mais altos, cobrindo posições vendidas e se recuperando das perdas da semana passada. Mas os contratos encerraram longe das máximas do dia.

    O otimismo em torno de um possível acordo comercial entre China e Estados Unidos e os bons números para as inspeções semanais americanas contribuíram para a recuperação.

   O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta segunda-feira que espera assinar uma parte significativa do acordo comercial com a China antes do previsto, mas não deu detalhes sobre o cronograma. “Provavelmente ficaremos adiantados para assinar uma parte muito grande do acordo com a China, vamos chamá-lo de Fase Um, mas é uma parcela muito grande”.

   As inspeções de exportação norte-americana de soja chegaram a 1.568.399 toneladas na semana encerrada no dia 17 de outubro, conforme relatório semanal divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O mercado esperava o número em 1,1 milhão de toneladas.

  O USDA anunciou ainda a venda de 135 mil toneladas de farelo de soja para as Filipinas, com entrega em 2019/20. A operação ajudou a sustentar as cotações do subproduto. Já o óleo caiu, acompanhando as perdas acentuadas do petróleo no mercado internacional.

    Na semana anterior, as inspeções haviam atingido 1.303.909 toneladas. No ano passado, em igual período, o total fora de 1.352.735 toneladas. No acumulado do ano-safra, iniciado em 1 de setembro, as inspeções estão em 8.061.680 toneladas, contra 7.375.243 toneladas no acumulado do ano-safra anterior.

    Os contratos da soja em grão com entrega em novembro fecharam com alta de 0,50 centavo de dólar (0,05%), a US$ 9,20 3/4 por bushel. A posição janeiro teve cotação de US$ 9,35 1/2 por bushel, ganho de 1,00 centavo de dólar, ou 0,10%.

    Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo subiu US$ 0,70 por tonelada(0,23%), sendo negociada a US$ 304,00 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 30,78 centavos de dólar, perda de 0,18 centavo ou 0,57%.

     Câmbio

    O dólar comercial encerrou a sessão de hoje com baixa de 0,42%, sendo negociado a R$ 3,9930 para venda e a R$ 3,9910 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 3,9760 e a máxima de R$ 4,0110.

     Agenda de terça-feira

– Dados semanais sobre a safra de grãos e café do Paraná (Deral), na parte da manhã.

     Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência SAFRAS