Preços da soja firmes no Brasil com ganhos em Chicago e no dólar

Porto Alegre, 12 de abril de 2018 – O mercado brasileiro de soja
apresentou preços de estáveis a mais altos nesta quinta-feira. As cotações
reagiram diante da valorização da oleaginosa na Bolsa de Mercadorias de
Chicago (CBOT) e da subida do dólar. Porém, o dia foi de poucos negócios, com
os produtores segurando a soja.

Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos seguiu em R$ 80,00. Na região das
Missões, a cotação se manteve em R$ 79,50. No porto de Rio Grande, as
cotações subiram de R$ 86,00 para R$ 87,00.

Em Cascavel, no Paraná, o preço subiu de R$ 80,00 para R$ 80,50. No porto
de Paranaguá (PR), a saca avançou de R$ 86,00 para R$ 87,00.

Em Rondonópolis (MT), a saca ficou em R$ 75,00. Em Dourados (MS), a
cotação permaneceu em R$ 75,00. Em Rio Verde (GO), a saca ficou em R$ 74,00.

Chicago

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago
(CBOT) fecharam a quinta-feira com preços mais altos. O resultado positivo das
exportações semanais americanas garantiu a sustentação das cotações.

As exportações líquidas norte-americanas de soja, referentes à
temporada 2017/18, com início em 1 de setembro, ficaram em 1.510.500
toneladas na semana encerrada em 5 de abril. O número ficou 33% acima da
semana anterior e 74% superior à média das últimas quatro semanas.

Para a temporada 2018/19, foram mais 954.000 toneladas. Analistas esperavam
entre 800 mil a 1,7 milhão toneladas, somando as duas temporadas. As
informações foram divulgadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados
Unidos (USDA).

O corte na estimativa de safra da Argentina também ajudou na sustentação
das cotações. Segundo a Bolsa de Cereais de Rosário, a safra deverá ficar
em 37 milhões de toneladas. A redução, na comparação com a previsão
anterior, foi de 3 milhões de toneladas.

Se comparada com previsões iniciais, a quebra na safra da Argentina por
conta da prolongada estiagem já bate em 20 milhões de toneladas.

Nesta semana, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA)
reduziu sua previsão de 47 milhões para 40 milhões de toneladas. Já a Bolsa
de Buenos Aires trabalha com produção de 38 milhões de toneladas.

Em decorrência da menor safra, a Argentina já está procurando soja no
exterior. Nesta semana, os vendedores privados americanos anunciaram a venda
de 240 mil toneladas de soja em grão para a Argentina com entrega para 2018/19.

Os contratos da soja em grão com entrega em maio fecharam com alta de
13,00 centavos de dólar (0,21%), a US$ 10,60 por bushel. A posição julho
teve cotação de US$ 10,71 3/4 por bushel, ganho de 13,00 centavo de dólar, ou
1,22%.

Nos subprodutos, a posição maio do farelo subiu US$ 3,20 por tonelada
(0,84%), sendo negociada a US$ 383,40 por tonelada. No óleo, os contratos com
vencimento em maio fecharam a 31,63 centavos de dólar, ganho de 0,10 centavo
ou 0,31%.

Câmbio

O dólar comercial fechou a negociação com alta de 0,59%, cotado a R$
3,4050 para a compra e a R$ 3,4070 para a venda. Durante o dia, a moeda
norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 3,3660 e a máxima de R$ 3,4100.

Agenda de sexta

– China: a balança comercial de março será publicada durante a madrugada pela
alfândega.

– Alemanha: a versão revisada do índice de preços ao consumidor de março
será publicada às 3h pelo Destatis.

– Eurozona: a balança comercial de fevereiro será publicada às 6h pela
Eurostat.

– Estimativa para a safra brasileira de milho em 2017/18 – SAFRAS & Mercado,
12hs.

– Dados do IMEA para a colheita da soja e plantio do algodão no Mato Grosso,
na parte da tarde.

– Evolução da colheita de soja no Brasil – SAFRAS & Mercado, na parte da
tarde.