Preços da soja caem no Brasil seguindo Chicago e prêmios

    Porto Alegre, 5 de setembro de 2019 – O mercado brasileiro de soja teve uma quinta-feira de preços mais baixos. A queda da oleaginosa na Bolsa de Chicago (CBOT) e os prêmios de exportação mais fracos pressionaram as cotações internas. E o dia foi calmo na comercialização, sem volumes relevantes movimentados.

   Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos baixou de R$ 83,50 para R$ 82,50 a saca. Na região das Missões, a cotação caiu de R$ 83,00 para R$ 82,00. No porto de Rio Grande, preço recuou de R$ 88,00 para R$ 86,50.

    Em Cascavel, no Paraná, o preço baixou de R$ 82,00 para R$ 80,00 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca recuou de R$ 88,00 para R$ 86,00 a saca.

    Em Rondonópolis (MT), a saca caiu de R$ 79,00 para R$ 78,50. Em Dourados (MS), a cotação baixou de R$ 78,00 para R$ 77,50. Em Rio Verde (GO), a saca recuou de R$ 78,00 para R$ 77,00.

     Chicago

    Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira com preços mais baixos. O mercado iniciou o dia em alta, mas foi perdendo terreno ao longo da sessão, encerrando perto das mínimas diárias.

    A continuidade da guerra comercial entre China e Estados Unidos foi o principal fator de pressão, mesmo que os dois países tenham concordado em retomar as negociações em outubro. Por enquanto, os americanos não estão conseguindo mercados para substituir a demanda chinesa e os estoques só crescem.

    Os agentes aguardam ansiosos o relatório de setembro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado no dia 12. Dois fatores centram as atenções dos investidores: o tamanho dos estoques de passagem e as incertezas sobre a safra que será colhida pelo produtores norte-americanos.

    O clima segue favorável ao desenvolvimento das lavouras, o que pode ocasionar rendimentos maiores que os esperados atualmente. Até o levantamento do USDA ser divulgado, a tendência é de sessões voláteis e suscetíveis às novidades sobre a batalha tarifária entre as duas principais economias do mundo.

   Os contratos da soja em grão com entrega em novembro fecharam com baixa de 14,00 centavos de dólar, ou 1,59%, em relação ao fechamento anterior, a US$ 8,61 1/2 por bushel. A posição janeiro teve cotação de US$ 8,75 1/2 por bushel, com perda de 13,75 centavos de dólar por bushel, ou 1,54%.

   Nos subprodutos, a posição outubro do farelo fechou com baixa de US$ 3,90 ou 1,32% a US$ 290,70 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em outubro fecharam a 28,46 centavos de dólar, com perda de 0,38 centavo ou 1,31%.

     Câmbio

   O dólar comercial encerrou a sessão de hoje com alta de 0,09%, sendo negociado a R$ 4,1080 para a compra e a R$ 4,1100 para a venda. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a máxima de R$ 4,1100 e a mínima de R$ 4,0700.

     Agenda de sexta

– Alemanha: A produção industrial de julho será publicada às 3h pelo Ministério de Economia e Tecnologia.

– Eurozona: A leitura final do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre de 2019 será publicada às 6h pela Eurostat.

– A FGV divulga às 8h os dados do Indice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) referentes a agosto.

– O IBGE divulga às 9h os dados sobre o Indice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) referentes a agosto.

– O IBGE divulga às 9h os dados sobre o Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) referentes a agosto.

– EUA: o número de empregos criados ou perdidos pela economia (payroll) e a taxa de desemprego referentes a agosto serão publicados às 9h30 pelo Departamento do Trabalho.

– Exportações semanais de grãos dos EUA – USDA, 9h30min.

– Eurozona: a taxa de desemprego referente a julho será publicada às 6h pela Eurostat.

– Dados do desenvolvimento das lavouras da Argentina – Ministério da Agricultura, no início do dia.

     Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS