MERCADO: Soja tem preços mistos e poucos negócios no Brasil na segunda

   Porto Alegre, 27 de janeiro de 2020 – Os referenciais de preços para a soja seguiram em direções opostas no Brasil nesta segunda-feira. Com a alta do dólar e a queda de Chicago, as cotações estiveram mistas. Foram reportados poucos negócios hoje. O foco dos agentes segue nas lavouras, levando em conta a preocupação com o clima.

    Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos caiu de R$ 84,00 para R$ 83,50 a saca. Na região das Missões, a cotação seguiu em R$ 83,00. No porto de Rio Grande, o preço passou de R$ 87,50 para R$ 88,00.

    Em Cascavel, no Paraná, o preço subiu de R$ 80,00 para R$ 80,50 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca estabilizou em R$ 86,50.

    Em Rondonópolis (MT), a saca permaneceu em R$ 78,00. Em Dourados (MS), a cotação estabilizou em R$ 77,50. Em Rio Verde (GO), a saca seguiu em R$ 79,00.

     Chicago

   Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a segunda-feira com preços mais baixos. As perdas, que chegaram a ser mais acentuadas, foram reduzidas ao longo da sessão. Esta foi a quinta sessão negativa consecutiva.

    O mercado foi pressionado pelo alastramento do coronavírus na China, que afasta os investidores das commodities em geral. Já as inspeções de exportação norte-americanas vieram levemente acima do esperado, atuando como fator de contenção das perdas.

    A Comissão Municipal de Saúde de Pequim relatou o primeiro caso fatal na cidade causado pelo surto do novo coronavírus. Trata-se de um homem de 50 anos que, no último dia 8, foi à cidade chinesa de Wuhan, onde o vírus foi detectado pela primeira vez e, no 15, após seu retorno, começou a ter febre. As informações são da agência de notícias “Sputnik”.

   Desde que uma nova cepa de coronavírus foi detectada em Wuhan, em dezembro de 2019, 81 mortes e 2.835 casos de pneumonia causada pela doença foram confirmados na China, para os quais já existem casos isolados em 12 dúzias países dos quatro continentes.

   As inspeções de exportação norte-americana de soja chegaram a 1.038.840 toneladas na semana encerrada no dia 23 de janeiro, conforme relatório semanal divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O mercado esperava o número em 1 milhão de toneladas. Na semana anterior, as inspeções haviam atingido 1.206.140 toneladas. No ano passado, em igual período, o total fora de 944.680 toneladas. No acumulado do ano-safra, iniciado em 1 de setembro, as inspeções estão em 25.214.900 toneladas, contra 20.484.903 toneladas no acumulado do ano-safra anterior.

    Os contratos da soja em grão com entrega em março fecharam com baixa de 4,75 centavos de dólar, ou 0,52%, em relação ao fechamento anterior, a US$ 8,97 1/4 por bushel. A posição maio teve cotação de US$ 9,11 por bushel, recuo de 4,75 cetavos, ou 0,51%.

    Nos subprodutos, a posição março do farelo fechou com baixa de US$ 0,50,ou 0,16%, a US$ 297,80 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em março fecharam a 31,52 centavos de dólar, baixa de 0,50 centavo ou 1,56% na comparação com o fechamento anterior.

     Câmbio

    O dólar comercial fechou a negociação em alta de 0,54%, cotado a R$ 4,2080 para compra e a R$ 4,2100 para venda. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 4,2020 e a máxima de R$ 4,2330.

     Agenda de terça-feira

– Dados de desenvolvimento das lavouras do Paraná – Deral, na parte da manhã.

     Gabriel Nascimento (gabriel.antunes@safras.com.br) / Agência SAFRAS