MERCADO: Soja tem dia calmo, esperando relatório do USDA

Porto Alegre, 11 de setembro de 2017 – O mercado brasileiro de soja
apresentou poucos negócios nesta segunda, com os agentes retraídos e
aguardando o relatório do USDA. Os preços caíram na maioria das regiões, com
Chicago e dólar apresentando volatilidade.

Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos baixou de R$ 66,00 para R$ 65,50.
Na região das Missões, o preço recuou de R$ 65,00 para R$ 64,50. No porto de
Rio Grande, as cotações passaram de R$ 70,00 para R$ 69,50.

Em Cascavel, no Paraná, o preço subiu R$ 0,50 para R$ 64,50. No porto de
Paranaguá (PR), a saca avançou de R$ 69,50 para R$ 70,00.

Em Rondonópolis (MT), a saca caiu de R$ 60,00 para R$ 59,50. Em Dourados
(MS), a cotação seguiu em R$ 59,00. Em Rio Verde (GO), a saca reduziu
R$ 0,50 para R$ 59,50.

Chicago

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago
(CBOT) fecharam com preços mais baixos. O mercado operou perto da
estabilidade, oscilando entre os territórios positivo e negativo. O dia foi
de muita volatilidade.

Os agentes aguardam o relatório de setembro do Departamento de Agricultura
dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado amanhã. Com isso, a sessão foi
de busca de um melhor posicionamento.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) deverá reduzir a
sua estimativa para a safra 2017/18 americana de soja e cortar também a
previsão para os estoques. Os estoques finais da safra 2016/17 deverão ser
reduzidos. O relatório de setembro será amanhã, às 13hs.

Analistas e traders consultados pelas agências internacionais indicam
previsão de safra de 4,321 bilhões de bushels. Em agosto, a indicação era de
4,381 bilhões de bushels. Em 2016/17, os americanos colheram 4,307 bilhões.

O mercado projeta estoques 2016/17 de 364 milhões de bushels. Em agosto,
o USDA indicou estoques em 370 milhões de bushels. Para 2017/18, o
Departamento deverá indicar estoques em 437 milhões de bushels. No mês
anterior, o número ficou em 475 milhões de bushels.

Para os estoques mundiais, a previsão para 2016/17 deve ser de 96,8
milhões de toneladas, contra 97 milhões em agosto. Para 2017/18, o número
deverá ser rebaixado para 97,3 milhões de toneladas, contra 97,8 no mês
passado.

A demanda aquecida pela soja americana ainda merece atenção e ajuda a
sustentar os preços. Hoje, o USDA anunciou a venda de mais 352 mil toneladas
para destinos não revelados por parte de exportadores privados e para a
temporada 2017/18.

Os contratos com vencimento em novembro fecharam com baixa de 0,75 centavos
de dólar por bushel (0,07%), cotados a US$ 9,61 1/4. A posição janeiro caiu
0,07% ou 0,75 centavo a US$ 9,70.

Nos subprodutos, a posição outubro do farelo encerrou com baixa de US$
2,00 (0,66%), sendo negociada a US$ 300,40 por tonelada. No óleo, os contratos
com vencimento em outubro eram cotados a 34,88 centavos de dólar, com ganho
de 0,20 centavo ou 0,57%.

Câmbio

O dólar comercial fechou as negociações em alta de 0,32%, cotado a R$
3,1030 para compra e a R$ 3,1050 para venda. Durante o dia, a moeda
norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 3,0800 e a máxima de R$ 3,1060.

Agenda de terça

– Reino Unido: o índice de preços ao consumidor de agosto será publicado às
5h30 pelo departamento oficial de estatísticas.

– Reino Unido: o índice de preços ao produtor de agosto será publicado às
5h30 pelo departamento oficial de estatísticas.

– O BC divulga às 8h30 a ata da reunião mais recente do Comitê de Política
Monetária (Copom).

– Levantamento para a safra de grãos do Brasil 2016/17 – Conab, 9hs.

– Levantamento Sistemático para Produção Agrícola de agosto – IBGE, 9hs.

– Desenvolvimento das lavouras do Paraná – Deral, início do dia.

– Relatório de setembro de oferta e demanda americana e mundial – USDA, 13hs.

Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS