MERCADO: Soja registra preços fracos no Brasil seguindo dólar e prêmios

Porto Alegre, 22 de maio de 2018 – O mercado brasileiro de soja teve uma
terça-feira de preços fracos. Apesar da leve alta em Chicago para a
oleaginosa, o forte tombo do dólar contra o real e o desempenho dos prêmios
pressionaram o mercado nacional. O mercado esteve travado no dia, sem
negócios relevantes, com os produtores buscando as cotações da segunda-feira e
não encontrando negócios naqueles patamares.

Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos caiu de R$ 83,00 para R$ 81,20 a
saca. Na região das Missões, a cotação recuou de R$ 82,50 para R$ 80,80. No
porto de Rio Grande, as cotações caíram de R$ 86,00 para R$ 85,50.

Em Cascavel, no Paraná, o preço permaneceu em R$ 80,00 a saca. No porto de
Paranaguá (PR), a saca caiu de R$ 86,50 para R$ 86,00.

Em Rondonópolis (MT), a saca baixou de R$ 77,00 para R$ 76,00. Em
Dourados(MS), a cotação passou de R$ 75,50 para R$ 75,00. Em Rio Verde
(GO), a saca caiu de R$ 74,00 para R$ 73,50.

Chicago

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago
(CBOT) fecharam a terça-feira com preços mais altos. O mercado voltou a
encontrar sustentação na reaproximação comercial entre China e Estados
Unidos.

A perspectiva de um acordo entre os dois países, com a possibilidade da
China comprar mais produtos agrícolas dos Estados Unidos, sustentou o mercado
ontem e ainda encontrou força para garantir a leve valorização de hoje. Mas o
mercado espera a confirmação de operações envolvendo a soja entre EUA e o
país asiático.

Desde o início de abril, quando o governo chinês ameaçou sobretaxar a
soja americana em 25%, não houve anúncio de vendas por parte de exportadores
privados dos EUA para a China.

A alta de hoje foi amenizada pelo bom avanço do plantio da soja nos
Estados Unidos e pela confirmação de uma safra recorde no Brasil.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou ontem
relatório sobre a evolução de plantio das lavouras de soja. Até 20 de maio,
a área plantada estava apontada em 56%. Em igual período do ano passado, a
semeadura era de 50%. A média é de 44%. Na semana passada, o número era
de 35%.

Os contratos da soja em grão com entrega em julho fecharam com alta de
5,25 centavos de dólar (0,51%), a US$ 10,30 1/2 por bushel. A posição agosto
teve cotação de US$ 10,34 1/4 por bushel, ganho de 5,25 centavos de dólar, ou
0,51%.

Nos subprodutos, a posição julho do farelo recuou US$ 1,60 (0,42%), sendo
negociada a US$ 377,50 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em
julho fecharam a 31,51 centavos de dólar, ganho de 0,09 centavo ou 0,28%.

Câmbio

O dólar comercial fechou a negociação com baixa de 1,16%, cotado a R$
3,6430 para a compra e a R$ 3,6450 para a venda. Durante o dia, a moeda
norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 3,6300 e a máxima de R$ 3,6650.

Agenda de quarta

– Reino Unido: o índice de preços ao consumidor de abril será publicado às
5h30 pelo departamento de estatísticas.

– Reino Unido: o índice de preços ao produtor de abril será publicado às
5h30 pelo departamento de estatísticas.

– O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga às 9h os
dados sobre o Indice Nacional de Preços ao Consumidor – 15 (IPCA 15)
referentes a maio.

– A posição dos estoques de petróleo até sexta-feira da semana passada será
publicada às 11h30 pelo Departamento de Energia (DoE).

– EUA: a ata da última reunião de política monetária será publicada às 15h
pelo Federal Reserve.

Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS