MERCADO: Soja registra alta nos preços no Brasil seguindo ganhos de Chicago

Porto Alegre, 13 de outubro de 2017 – O mercado brasileiro de soja
registrou preços mais altos nesta sexta-feira. A Bolsa de Chicago ampliou os
ganhos da quinta-feira e o mercado nacional acompanhou, com as cotações
subindo bem nas principais regiões. Foi um bom movimento de negócios diante
da melhora nas cotações e do fato desta sexta-feira ser pós feriado.

Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos subiu de R$ 65,00 para R$ 68,00 a
saca. Na região das Missões, o preço avançou de R$ 65,00 para R$ 68,00. No
porto de Rio Grande, as cotações subiram de R$ 70,50 para R$ 72,00.

Em Cascavel, no Paraná, o preço subiu de R$ 65,50 para R$ 66,50. No porto
de Paranaguá (PR), a saca avançou de R$ 71,00 para R$ 72,50.

Em Rondonópolis (MT), a saca subiu de R$ 61,50 para R$ 63,00. Em Dourados
(MS), a cotação passou de R$ 62,00 para R$ 63,00. Em Rio Verde (GO), a saca
subiu de R$ 62,50 para R$ 63,00.

Chicago

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago
(CBOT) fecharam com preços mais altos. O mercado foi sustentado, mais uma
vez, pelos números altistas divulgados no relatório de outubro do Departamento
de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Na semana, a valorização ficou em
2,03%.

O USDA voltou a surpreender. Dessa vez, o impacto foi positivo para os
preços. O Departamento manteve a estimativa de safra dos Estados Unidos,
enquanto o mercado apostava em elevação. Os estoques foram reduzidos para
patamares bem abaixo do esperado pelo mercado.

Para completar o quadro positivo, as exportações semanais ficaram
próximas do patamar máximo das projeções do mercado. As vendas líquidas
norte-americanas de soja, referentes à temporada 2017/18, com início em 1 de
setembro, ficaram em 1.747.300 toneladas na semana encerrada em 5 de outubro.
A China liderou as compras, com 1.020.400 toneladas. Analistas esperavam entre
600 mil e 2 milhões de toneladas.

Os contratos com vencimento em novembro fecharam com alta de 8,25 centavos
de dólar por bushel (0,83%), cotados a US$ 10,00 por bushel. A posição
janeiro subiu 0,77% ou 7,75 centavos de dólar por bushel, a US$ 10,10 1/4 por
bushel.

Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo encerrou com elevação de
US$ 2,30 por tonelada (0,7%), sendo negociada a US$ 328,60 por tonelada. No
óleo, os contratos com vencimento em dezembro eram cotados a 33,69 centavos
de dólar por libra-peso, alta de 0,41 centavo ou 1,23%.

USDA

O relatório de outubro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos
(USDA) manteve a sua estimativa de safra de soja norte-americana em 2017/18.
O mercado apostava em elevação.

A produção permaneceu prevista em 4,431 bilhões de bushels ou 120,59
milhões de toneladas. No ano anterior, a produção ficou em 116,9 milhões de
toneladas. O mercado apostava em número de 120,8 milhões de toneladas.

O USDA ajustou os números de área plantada e produtividade entre os
relatórios de setembro e de outubro. A área foi elevada de 89,5 milhões de
acres para 90,2 milhões. Já a produtividade foi cortada de 49,9 bushels por
acre para 49,5 bushels por acre.

Os estoques finais em 2017/18 estão projetados em 430 milhões de bushels,
ou 11,7 milhões de toneladas. O mercado trabalhava com um número de 453
milhões ou 12,33 milhões de toneladas. Em setembro, a estimativa era 475
milhões de bushels, ou 12,93 milhões de toneladas.

O USDA indica estimativa de exportação para 2017/18 de 2,250 bilhões de
bushels, repetindo o relatório anterior. O esmagamento está previsto em 1,94
bilhão de bushels, também inalterado na comparação com o relatório
anterior.

O relatório projetou safra mundial de soja em 2017/18 de 347,88 milhões
de toneladas. No relatório anterior, o número era de 348,44 milhões. Os
estoques finais foram reduzidos de 97,53 milhões de toneladas para 96,05
milhões. O mercado apostava em estoque de 96,5 milhões de toneladas.

A projeção do USDA aposta em safra americana de 120,59 milhões de
toneladas. Para o Brasil, a previsão é de uma produção de 107 milhões de
toneladas, repetindo o relatório anterior.

A previsão para a Argentina permaneceu em 57 milhões de toneladas. Pelo
lado da demanda, a estimativa de importações chinesas permaneceu estabilizada
em 95 milhões de toneladas.

Na temporada 2016/17, a produção mundial está projetada em 351,25
milhões, com estoques finais de 94,86 milhões, contra 95,96 milhões do mês
anterior. O mercado apostava em estoques de 95,2 milhões.

Câmbio

O dólar comercial fechou as negociações com queda de 0,69%, cotado a R$
3,1480 para a compra e a R$ 3,1500 para a venda. Durante o dia, a moeda
norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 3,1490 e a máxima de R$ 3,1810.

Agenda

—–Segunda-feira (16/10)

– Inspeções semanais de grãos dos EUA – USDA, 13hs.

– Esmagamento de soja dos EUA em setembro – NOPA, 15hs.

– Balança comercial da 2 semana de outubro – MDIC, 15h.

– Estoques de café dos EUA em setembro – GCA, 17hs.

– Condições das lavouras dos EUA – USDA, 18hs.

– Produção industrial do Japão, pela manhã.

– Eurozona: balança comercial de setembro será divulgada às 7h.

Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS