MERCADO SOJA: Em dia de muita volatilidade, Brasil tem poucos negócios e preços mistos

Porto Alegre, 8 de fevereiro de 2024 – O mercado brasileiro de soja teve uma quinta-feira de muita volatilidade. Em Chicago, houve momentos de alta e de baixa, enquanto o dólar trabalhou um pouco mais estável, próximo a R$ 5,00. Foram observados poucos negócios no dia e os preços fecharam mistos.

   Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos subiu de R$ 115,00 para R$ 119,00. Na região das Missões, a cotação cresceu de R$ 114,50 para R$ 118,00 a saca. No Porto de Rio Grande, o preço avançou de R$ 120,00 para R$ 122,00 a saca.

   Em Cascavel, no Paraná, o preço aumentou de R$ 108,00 para R$ 110,00 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca valorizou de R$ 117,00 para R$ 119,00.

   Em Rondonópolis (MT), o preço estabilizou em R$ 102,00. Em Dourados (MS), o preço passou de R$ 102,00 para R$ 101,00 a saca. Já em Rio Verde (GO), a saca se manteve em R$ 101,00.

Chicago

   Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira com preços mais altos. Em dia volátil, após subir em boa parte do dia, refletindo a redução na previsão de safra da Conab e respondendo a fatores técnicos, o mercado voltou a cair na parte da tarde, ainda que moderadamente, após o relatório de fevereiro do USDA. Ao final do dia, no entanto, os preços reagiram.

   O Departamento indicou estoques dos Estados Unidos e safra do Brasil acima da expectativa do mercado. As chuvas na América do Sul e os fracos números de demanda nos Estados Unidos completaram o cenário negativo.

   O relatório indicou que a safra norte americana de soja deverá ficar em 4,165 bilhões de bushels em 2023/24, o equivalente a 113,35 milhões de toneladas. A produtividade foi indicada em 50,6 bushels por acre. Os números foram mantidos na comparação com janeiro.

   Os estoques finais estão projetados em 315 milhões de bushels ou 8,57 milhões de toneladas. O mercado apostava em carryover de 282 milhões de bushels ou 7,67 milhões de toneladas. Em janeiro, a previsão era de 280 milhões ou 7,62 milhões de toneladas.

   O Departamento projetou safra mundial de soja em 2023/24 de 398,21 milhões de toneladas. Em janeiro, a previsão era de 398,98 milhões. Os estoques finais foram elevados de 114,6 milhões para 116 milhões de toneladas. O mercado esperava um número de 112,9 milhões de toneladas.

   A safra brasileira foi projetada em 156 milhões de toneladas, com corte de 1 milhão de toneladas sobre a estimativa anterior. Para a Argentina, a previsão é de produção de 50 milhões de toneladas, sem alteração. O mercado esperava número de 153 milhões para o Brasil e de 50,8 milhões para a Argentina.

   A produção brasileira de soja deverá totalizar 149,4 milhões de toneladas na temporada 2023/24, com recuo de 3,4% na comparação com a temporada anterior, quando foram colhidas 154,6 milhões de toneladas. A projeção faz parte do 5º levantamento de acompanhamento da safra brasileira de grãos, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). No relatório anterior, a previsão era de safra de 155,3 milhões de toneladas. Houve um corte de 3,8% entre um mês e outro.

   Os contratos da soja em grão com entrega em março fecharam com alta de 4,50 centavos de dólar, ou 0,37%, a US$ 11,93 1/2 por bushel. A posição maio teve cotação de US$ 11,99 3/4 por bushel, com ganho de 2,25 centavos ou 0,18%.

   Nos subprodutos, a posição março do farelo fechou com baixa de US$ 4,10 ou 1,16% a US$ 347,10 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em março fecharam a 47,94 centavos de dólar, com alta de 1,18 centavo ou 2,52%.

Câmbio

   O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 0,53%, sendo negociado a R$ 4,9946 para venda e a R$ 4,9926 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 4,9721 e a máxima de R$ 5,0009.