MERCADO: Preços da soja sobem, seguindo Chicago e dólar / Poucos negócios

Porto Alegre, 29 de janeiro de 2018 – Os preços da soja subiram nas principais praças do país nesta segunda-feira, seguindo a valorização do dólar e os ganhos de Chicago. Mas o ritmo dos negócios permaneceu lento, já
que as bases, mesmo subindo, ainda estão bem distantes do que o produtor quer receber.

Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos subiu de R$ 67,50 para R$ 68,00. Na região das Missões, a cotação avançou de R$ 67,00 para R$ 67,50. No porto de Rio Grande, as cotações aumentaram de R$ 72,00 de R$ 72,50.

Em Cascavel, no Paraná, o preço passou de R$ 65,50 para R$ 66,00. No porto de Paranaguá (PR), a saca avançou de R$ 71,00 para R$ 71,70.

Em Rondonópolis (MT), a saca subiu de R$ 62,00 para R$ 62,50. Em Dourados (MS), a cotação seguiu em R$ 63,00. Em Rio Verde (GO), a saca permaneceu em R$ 62,50.

Chicago

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam com preços mais altos, mas abaixo das máximas do dia. As preocupações com a safra da Argentina garantiram a elevação das cotações.

O clima segue seco na Argentina e a previsão é de que as chuvas permaneçam abaixo da média nas próximas duas semanas. Cerca de 50% do cinturão produtor argentino têm recebido volume de chuvas inferior ao necessário. Com isso, a perspectiva de uma queda no potencial produtivo do país vizinho cresce.

O mercado chegou a subir mais de 1% no início do dia. Os ganhos foram reduzidos pela firmeza do dólar frente a outras moedas e pela queda do petróleo. O resultado das inspeções de exportação dos Estados Unidos na semana também decepcionou.

As inspeções de exportação norte-americana de soja chegaram a 1.104.978 toneladas na semana encerrada no dia 25 de janeiro, conforme relatório semanal divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

Na semana anterior, as inspeções haviam atingido 1.421.878 toneladas. No ano passado, em igual período, o total fora de 1.640.206 toneladas. No acumulado do ano-safra, iniciado em 1 de setembro, as inspeções estão em 33.379.877 toneladas, contra 38.830.662 toneladas no acumulado do ano-safra anterior.

Os contratos com vencimento em março fecharam em alta de 6,00 centavos de dólar, ou 0,6%, cotados a US$ 9,91 1/2 por bushel. A posição maio subiu 5,75 centavos de dólar, ou 0,57%, US$ 10,02 3/4 por bushel.

Nos subprodutos, a posição março do farelo encerrou com ganho de US$ 1,70 (0,50%), sendo negociada a US$ 337,40 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em março eram cotados a 32,97 centavos de dólar por libra-peso,
alta de 0,08 centavo de dólar ou 0,24%.

Câmbio

O dólar comercial fechou a negociação em alta de 0,79%, cotado a R$ 3,1640 para compra e a R$ 3,1660 para venda. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 3,1600 e a máxima de R$ 3,1740.

Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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