MERCADO: Preços da soja sobem no Brasil com alta em Chicago

Porto Alegre, 29 de março de 2018 – O mercado brasileiro de soja teve
uma quinta-feira de preços mais altos, em dia de atenções para o relatório
do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), de área plantada e
de estoques trimestrais. As cotações subiram na Bolsa de Chicago puxando
também as referências no Brasil. Os preços só não melhoraram mais pela queda
do dólar e dos prêmios de exportação. O volume de negócios foi melhor no
Paraná e Rio Grande do Sul, sendo apenas razoável nas demais regiões.

Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos subiu de R$ 76,00 para R$ 76,50.
Na região das Missões, a cotação avançou de R$ 75,00 para R$ 75,50. No
porto de Rio Grande, as cotações passaram de R$ 81,00 par R$ 81,50.

Em Cascavel, no Paraná, o preço avançou de R$ 73,50 para R$ 74,50. No
porto de Paranaguá (PR), a saca subiu de R$ 80,50 para R$ 81,00.

Em Rondonópolis (MT), a saca avançou de R$ 70,00 para R$ 70,50. Em
Dourados (MS), a cotação subiu de R$ 67,50 para R$ 69,00. Em Rio Verde (GO),
a saca passou de R$ 66,00 para R$ 68,00.

Chicago

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago
(CBOT) fecharam a quinta-feira com preços em alta. O mercado foi impulsionado
pelo relatório de intenção de plantio do Departamento de Agricultura dos
Estados Unidos (USDA), que surpreendeu ao indicar área abaixo do esperado e
inferior ao ano anterior. Na semana, maio subiu 1,64% e no mês a
desvalorização caiu para 2,17%.

A área plantada com soja nos Estados Unidos em 2018 deverá totalizar 89
milhões de acres, conforme o relatório de intenção de plantio do
Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Se confirmada, o recuo
na comparação com o ano anterior é de 1%. Em 2017, os americanos cultivaram
90,142 milhões de acres.

Dos 31 estados produtores, em 20 deles a área deverá recuar ou ficar
estabilizada na comparação com o ano anterior. O número do USDA ficou abaixo
da expectativa do mercado, que apostava em um plantio em torno de 90,9
milhões de acres.

Os estoques trimestrais de soja em grão dos Estados Unidos, na posição
1o de março, totalizaram 2,11 bilhões de bushels, conforme relatório
divulgado há pouco pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
O volume estocado subiu 21% na comparação com igual período de 2017.

O número ficou acima da expectativa do mercado, de 2,042 bilhões de
bushels. Do total, 855 milhões de bushels estão armazenados com os produtores,
com ganho de 28%. Os estoques fora das fazendas somam 1,25 bilhão de
bushels, com alta de 17%.

Os contratos da soja em grão com entrega em maio fecharam com alta de
26,75 centavos de dólar (2,62%), a US$ 10,44 3/4 por bushel. A posição julho
teve cotação de US$ 10,55 1/2 por bushel, ganho de 26,75 centavos de dólar,
ou 2,60%.

Nos subprodutos, a posição maio do farelo subiu US$ 12,70 por tonelada
(3,42%), sendo negociada a US$ 384,00 por tonelada. No óleo, os contratos com
vencimento em maio fecharam a 31,87 centavos de dólar, ganho de 0,254
centavo ou 0,79%.

Câmbio

O dólar comercial fechou a negociação com baixa de 0,93%, cotado a R$
3,2990 para compra e a R$ 3,3010 para venda. Durante o dia, a moeda
norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 3,2940 e a máxima de R$ 3,3300.

Agenda de segunda

– As bolsas de Hong Kong, Londres, Frankfurt, Paris, Madri, Milão, Lisboa e
Zurique permanecem fechadas em função de um feriado.

– Banco Central (BC) divulga às 8h30 o Relatório Focus com as previsões do
mercado para a economia.

– Inspeções semanais de grãos dos EUA – USDA, 12hs.

– O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC)
divulga às 15h os dados da balança comercial de março.

– Condições das lavouras dos Estados Unidos – USDA, 17hs.

Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS