MERCADO: Preços da soja sobem e negociação melhora por alta do dólar

Porto Alegre, 14 de março de 2019 – A valorização do dólar frente ao
real sustentou os preços da soja no mercado doméstico nesta quinta-feira,
mesmo com o leve recuo dos contratos futuros em Chicago. Houve uma modesta
melhora na movimentação.

Segundo fontes consultadas por SAFRAS & Mercado, cerca de 10 mil toneladas
trocaram de mãos em Goiás. O mesmo volume foi transacionado em Minas Gerais.
No Paraná, entre negócios no disponível e vendas antecipadas, aproximadamente
30 mil toneladas foram comercializadas.

Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos seguiu em R$ 72,00. Na região das
Missões, a cotação subiu de R$ 71,50 para R$ 72,00 a saca. No porto de Rio
Grande, preços avançaram de R$ 77,50 para R$ 78,00.

Em Cascavel, no Paraná, o preço subiu de R$ 73,00 para R$ 73,50. No porto
de Paranaguá (PR), a saca avançou de R$ 78,00 para R$ 78,50.

Em Rondonópolis (MT), a saca passou de R$ 69,00 para R$ 69,50. Em Dourados
(MS), a cotação subiu de R$ 68,50 para R$ 69,00. Em Rio Verde (GO), a saca
passou de R$ 69,00 para R$ 70,00.

Chicago

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago
(CBOT) fecharam a terça-feira com preços mais baixos. Apesar das boas
exportações americanas, as incertezas em torno do acordo comercial entre China
e Estados Unidos pressionaram as cotações.

Um encontro entre os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da
China, Xi Jinping, para resolver a guerra comercial não acontecerá neste mês
e é mais provável que ocorra em abril, noticiou a Bloomberg nesta quinta-feira
citando fontes não identificadas.

As negociações dos dois países têm trabalhado no sentido de chegar a um
acordo para resolver a disputa comercial. O Wall Street Journal informou neste
mês que Xi e Trump poderiam alcançar um acordo formal de comércio em uma
reunião em 27 de março, mas Trump disse na quarta-feira que não tem pressa
para finalizar o acordo.

As exportações líquidas norte-americanas de soja, referentes à
temporada 2018/19, com início em 1 de outubro, ficaram em 1.911.900 toneladas
na semana encerrada em 7 de março. O maior comprador foi o China, com
1.707.600 toneladas.

Para a temporada 2019/20, foram mais 3.000 toneladas. Os analistas
esperavam exportações entre 400 mil a 1,9 milhão de toneladas. As
informações foram divulgadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados
Unidos (USDA).

Os contratos da soja em grão com entrega em maio fecharam com baixa de
2,50 centavos de dólar ou 0,27%, a US$ 8,98 1/2 por bushel. A posição julho
teve cotação de US$ 9,12 1/4 por bushel, perda de 2,50 centavos ou 0,27%.

Nos subprodutos, a posição maio do farelo fechou com alta de US$ 1,20 ou
0,39%, sendo negociada a US$ 305,90 por tonelada. No óleo, os contratos com
vencimento em maio fecharam a 29,57 centavos de dólar, com perda de 0,36
centavo ou 1,2%.

Câmbio

O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 0,91%, negociado a R$
3,8470 para a compra e a R$ 3,8490 para a venda. Durante o dia, a moeda
norte-americana oscilou entre a máxima de R$ 3,8540 e a mínima de R$ 3,8180.

Agenda de sexta

– Japão: A decisão de política monetária será publicada pelo Banco do
Japão.

– Eurozona: A leitura final do índice de preços ao consumidor de fevereiro
será publicada às 7h pela Eurostat.

– A FGV divulga às 8h os dados do Indice Geral de Preços – 10 (IGP-10)
referentes a março.

– EUA: os dados sobre a produção industrial em fevereiro serão publicados às
10h15 pelo Federal Reserve.

– Esmagamento de soja nos EUA em fevereiro – NOPA, 12hs.

– Dados sobre a evolução das lavouras do Mato Grosso – Imea, na parte da
tarde.

– Avanço da colheita de soja no Brasil – SAFRAS, na parte da tarde.

– Estoques de café dos EUA – GCA, 16hs.

Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS