MERCADO: Na véspera do feriado, soja tem bons negócios no Brasil

Porto Alegre, 30 de abril de 2018 – Os preços da soja fecharam mistos no
Brasil, em dia de boa movimentação. Em algumas praças, as cotações
sentiram o peso da queda de Chicago. Mas a alta do dólar sustentou os
referenciais em outras regiões. Registro de negócios envolvendo cerca de 50
mil toneladas no Rio Grande. O feriado de amanhã prejudicou um pouco a
comercialização.

Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos caiu de R$ 83,00 para R$ 82,00. Na
região das Missões, a cotação recuou de R$ 81,50 para R$ 80,50. No porto de
Rio Grande, as cotações baixaram de R$ 88,00 para R$ 87,50.

Em Cascavel, no Paraná, o preço seguiu em R$ 81,00. No porto de
Paranaguá (PR), a saca subiu de R$ 86,50 para R$ 87,00.

Em Rondonópolis (MT), a saca permaneceu em R$ 76,00. Em Dourados (MS), a
cotação estabilizou em R$ 75,50. Em Rio Verde (GO), a saca se manteve em R$
77,00.

Chicago

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago
(CBOT) fecharam a segunda-feira com preços mais baixos. A perspectiva
favorável ao plantio nos Estados Unidos e um movimento de correção técnica,
com os operadores posicionando suas carteiras na última sessão do mês,
determinaram a reversão.

O mercado iniciou a sessão em alta, ainda sustentando os ganhos da sexta,
provocados pelo bom desempenho do farelo. Agentes trabalham com aquecimento
da demanda pelo subproduto dos Estados Unidos.

Ao longo do dia, os ganhos não se sustentaram. O clima favorece o plantio
da soja nos Estados Unidos. Há alguns boletins que apontam clima úmido, que
neste momento seria mais prejudicial aos trabalhos do milho, que estão
atrasados.

Um possível atraso mais consistente na semeadura do cereal poderia
resultar em transferência de área para a soja, o que ajudou a pressionar ainda
mais as cotações futuras da oleaginosa.

As inspeções de exportação norte-americana de soja chegaram a 679.379
toneladas na semana encerrada no dia 26 de abril, conforme relatório semanal
divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

Na semana anterior, as inspeções haviam atingido 472.335 toneladas. No
ano passado, em igual período, o total fora de 554.458 toneladas. No acumulado
do ano-safra, iniciado em 1 de setembro, as inspeções estão em 43.503.705
toneladas, contra 49.499.137 toneladas no acumulado do ano-safra anterior.

O USDA anunciou ainda a venda de 120 mil toneladas de soja em grão dos
Estados Unidos para a Argentina por parte dos exportadores privados. A entrega
está programada para a temporada 2018/19.

Os contratos da soja em grão com entrega em julho fecharam com baixa de
7,75 centavos de dólar (-0,73%), a US$ 10,48 1/2 por bushel. A posição agosto
teve cotação de US$ 10,50 3/4 por bushel, perda de 7,25 centavos de dólar,
ou 0,73%.

Nos subprodutos, a posição julho do farelo caiu US$ 1,50 (0,37%), sendo
negociada a US$ 393,80 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em
julho fecharam a 30,62 centavos de dólar, perda de 0,11 centavo ou 0,35%.

Câmbio

O dólar comercial fechou a negociação com alta de 1,21%, cotado a R$
3,5030 para a compra e a R$ 3,5050 para a venda. Durante o dia, a moeda
norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 3,4590 e a máxima de R$ 3,5080.

Agenda de quarta

– Eurozona: a leitura preliminar do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro
trimestre de 2018 será publicada às 6h pela Eurostat.

– Eurozona: a taxa de desemprego de março será publicada às 6h pela Eurostat.

– Resultado financeiro da Bunge.

– Desenvolvimento das lavouras do Paraná – Deral, início do dia.

– A posição dos estoques de petróleo até sexta-feira da semana passada será
publicada às 11h30 pelo Departamento de Energia (DoE).

– O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC)
divulga às 15h os dados da balança comercial de abril.

– EUA: a decisão de política monetária será publicada às 15h pelo Federal
Reserve. Não haverá coletiva de imprensa.