MERCADO: Dólar sustenta preços firmes para soja no Brasil

Porto Alegre, 7 de fevereiro de 2018 – O mercado brasileiro de soja teve
uma quarta-feira de preços firmes, de estáveis a mais altos. Apesar das perdas
da soja em Chicago, a alta do dólar garantiu a sustentação das cotações da
oleaginosa no Brasil, como indica o consultor de SAFRAS & Mercado, Luiz
Fernando Gutierrez Roque. Houve bom volume de negócios, com destaque para o
Rio Grande do Sul, Paraná e Minas Gerais.

Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos se manteve em R$ 68,50. Na região
das Missões, a cotação seguiu em R$ 68,00. No porto de Rio Grande, as
cotações avançaram de R$ 73,00 para R$ 73,50.

Em Cascavel, no Paraná, o preço seguiu em R$ 67,50. No porto de
Paranaguá (PR), a saca passou de R$ 73,30 para R$ 73,50.

Em Rondonópolis (MT), a saca recuou R$ 63,50 para R$ 63,00. Em Dourados
(MS), a cotação seguiu em R$ 63,00. Em Rio Verde (GO), a saca permaneceu
em R$ 63,50.

Chicago

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago
(CBOT) fecharam com preços mais baixos. O mercado foi pressionado pela
perspectiva de indicação de elevação nos estoques norte-americanos para a
temporada 2017/18. As exportações de soja dos Estados Unidos têm ficado
aquém da expectativa para esta temporada, o que explicaria o possível avanço
nos estoques.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) deverá elevar a
sua estimativa para os estoques finais americanos de soja em 2017/18. O
relatório de fevereiro será divulgado nesta quinta-feira, dia 8, às 15hs. O
mercado projeta estoques 2017/18 de 492 milhões de bushels. Em janeiro, o
USDA indicou estoques em 470 milhões de bushels. Na temporada anterior, os
estoques ficaram em 302 milhões de bushels.

Para os estoques mundiais, a previsão para 2017/18 deve ser mantida em
98,6 milhões de toneladas. Para 2016/17, o número deverá ficar em 96,5
milhões de toneladas

A aposta é de que o USDA indique um número de produção do Brasil de
111,4 milhões de toneladas, ante 110 milhões no relatório anterior. Para a
Argentina, a previsão é de corte. O mercado aposta em retração de 56
milhões para 53,8 milhões de toneladas.

Os contratos com vencimento em março fecharam em baixa de 3,25 centavos de
dólar, ou -0,32%, cotados a US$ 9,94 1/4 por bushel. A posição maio caiu
3,50 centavos de dólar, ou -0,35, US$ 9,94 1/4 por bushel.

Nos subprodutos, a posição março do farelo encerrou com perda de US$
3,70 (+1,11%), sendo negociada a US$ 335,40 por tonelada. No óleo, os contratos
com vencimento em março eram cotados a 32,56 centavos de dólar por
libra-peso, baixa de 0,66 centavo de dólar ou -1,8%.

Câmbio

O dólar comercial fechou a negociação em alta de 0,92%, cotado a R$
3,2750 para compra e a R$ 3,2770 para venda. Durante o dia, a moeda
norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 3,2390 e a máxima de R$ 3,2830.

Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência SAFRAS