MERCADO: Alta de Chicago movimenta negócios com soja no Brasil

Porto Alegre, 21 de maio de 2018 – O mercado brasileiro de soja iniciou a
semana com uma segunda de movimentação razoável e preços oscilando
regionalmente. O bom desempenho de Chicago trouxe os agentes de volta ao
mercado. O ritmo dos negócios só não foi melhor devido à queda do dólar
frente ao real.

Rumores indicam que cerca de 50 mil toneladas trocaram de mãos em Minas
Gerais. Volume semelhante foi negociado no Paraná e a mesma quantidade de
soja foi transacionada no mercado gaúcho. Em Santa Catarina, aproximadamente
20 mil toneladas foram negociadas e mais 10 mil na região de Brasília.

Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos permaneceu em R$ 83,00 a saca. Na
região das Missões, a cotação avançou de R$ 81,50 para R$ 82,50. No porto
de Rio Grande, as cotações permaneceram em R$ 86,00.

Em Cascavel, no Paraná, o preço seguiu em R$ 80,00. No porto de
Paranaguá (PR), a saca subiu de R$ 86,00 para R$ 86,50.

Em Rondonópolis (MT), a saca baixou de R$ 77,50 para R$ 77,00. Em Dourados
(MS), a cotação passou de R$ 75,00 para R$ 75,50. Em Rio Verde (GO), a saca
caiu de R$ 74,50 para R$ 74,00.

Chicago

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago
(CBOT) fecharam a segunda-feira com preços acentuadamente mais altos.

A semana teve início com boas notícias sobre a disputa comercial entre
China e Estados Unidos. Durante o final de semana, as conversas entre os dois
países avançaram e um acordo se mostra bem mais próximo.

Entre os pontos encaminhados está o compromisso dos chineses em aumentar
de forma significativa as aquisições de produtos agrícolas norte-americanos,
beneficiando a soja.

Os chineses são responsáveis pela compra de um terço da produção de
soja dos Estados Unidos. Somente no ano passado foram 33 milhões de
toneladas embarcadas dos portos americanos para a China.

Com o possível acordo, a perspectiva é de que este volume cresça em
2018. Hoje, expectativas preliminares apontavam que o comércio entre os dois
países envolvendo a oleaginosa poderia pular para a casa de 40 milhões a 50
milhões de toneladas.

Os contratos da soja em grão com entrega em julho fecharam com alta de
26,75 centavos de dólar (2,67%), a US$ 10,25 1/4 por bushel. A posição agosto
teve cotação de US$ 10,29 por bushel, ganho de 26,50 centavos de dólar, ou
2,64%.

Nos subprodutos, a posição julho do farelo subiu US$ 2,80 (0,74%), sendo
negociada a US$ 379,10 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em
julho fecharam a 31,42 centavos de dólar, ganho de 0,44 centavo ou 1,42%.

Câmbio

O dólar comercial fechou a negociação com baixa de 1,36%, cotado a R$
3,6860 para a compra e a R$ 3,6880 para a venda. Durante o dia, a moeda
norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 3,6820 e a máxima de R$ 3,7281.

Agenda de terça

– As bolsas de Hong Kong e Seul permanecem fechadas em função de um feriado.

– O BC divulga às 8h a ata da reunião mais recente do Comitê de Política
Monetária (Copom).

Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS