SEMANA: Preocupação com quebra da safrinha eleva preços do milho

Porto Alegre, 18 de maio de 2018 – O mercado brasileiro de milho teve uma semana de altas nas cotações, refletindo as preocupações com a quebra da safrinha no país e a valorização do dólar contra o real. A movimentação de negócios foi limitada pela postura retraída dos vendedores.

A apreensão com a quebra da safrinha em função da seca tem sido ponto decisivo para a valorização do milho. Além da seca, a chegada de uma massa de ar frio às áreas produtoras garantiu sustentação a avanços nas cotações,
com temores de geadas no Sul, Sudeste e Centro-Oeste. A volatilidade do câmbio, com recentes altas significativas do dólar, puxou também os preços do milho.

Enquanto isso, o ritmo de negócios continuou travado no mercado disponível, com retenção de ofertas por parte de produtores e cooperativas. No mercado futuro, a comercialização também caminhou de forma mais lenta, diante de um posicionamento mais cauteloso das tradings com a volatilidade cambial.

Com as cotações do milho em elevação, e com a oferta limitada, os leilões de milho voltaram a ganhar muita relevância. Nesta quinta-feira, a Companhia Nacional do Abastecimento (Conab) negociou pouco mais de 99.500
toneladas em leilão, 53,5% de uma oferta total de 186.000 toneladas.

No balanço dos últimos sete dias, as cotações subiram na Mogiana paulista de R$ 42,00 para R$ 43,00 a saca. Em Campinas/CIF, a cotação avançou de R$ 44,50 para R$ 45,00. Já em Cascavel, no Paraná, o preço subiu de R$
40,00 para R$ 41,00 a saca. Em Rondonópolis, Mato Grosso, cotação estável em R$ 30,00. Já em Erechim, Rio Grande do Sul, a cotação avançou de R$ 43,00 para R$ 45,00. As cotações no comparativo são na base de venda.

Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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