SEMANA MILHO: Produtor retém oferta e mercado segue com viés de alta no Brasil

   Porto Alegre, 24 de novembro de 2023 – O mercado brasileiro de milho registrou mais uma semana de preços firmes. De acordo com a SAFRAS Consultoria, o viés segue de alta nas cotações devido a pouca fixação de oferta para venda por parte dos produtores. A grande especulação em torno da devolução do clima para o desenvolvimento da safra de verão também ajuda a trazer suporte ao mercado. Na ponta compradora já existe uma maior busca por lotes, embora os consumidores ainda mantenham uma certa cautela.

   A SAFRAS Consultoria ressalta que a demanda de milho voltada ao mercado internacional segue positiva, contribuindo para um aumento dos preços nos portos também.

   No cenário internacional, a semana foi marcada por uma movimentação mais lenta nos negócios, em razão do feriado de Ação de Graças. As cotações oscilaram dentro de pequenas margens, com o foco do mercado no andamento do clima para o desenvolvimento das lavouras na América do Sul e o ritmo de andamento da comercialização nos Estados Unidos, com a colheita no país praticamente finalizada.

Preços internos

   O valor médio da saca de milho no Brasil foi cotado a R$ 59,93 na quinta-feira (23), alta de 1,82% frente aos R$ 58,86 registrados no fechamento da última semana. No mercado disponível ao produtor, o preço do milho em Cascavel, Paraná, subiu 3,67% durante a semana, passando de R$ 55,00 para R$ 57,00. Em Campinas/CIF, a cotação ficou em R$ 67,00, estável. Na região da Mogiana paulista, o cereal foi cotado a R$ 62,00, também inalterado frente à semana passada.

   Em Rondonópolis, Mato Grosso, a cotação da saca subiu 4,65%, de R$ 43,00 para R$ 45,00. Já em Erechim, Rio Grande do Sul, o preço passou de R$ 65,00 para R$ 66,00 na venda, subindo 1,54%.

   Em Uberlândia, Minas Gerais, o preço na venda ficou em R$ 62,00 a saca, inalterado frente à semana passada. E em Rio Verde, Goiás, o preço na venda aumentou 5,77%, de R$ 52,00 para R$ 55,00 ao longo da semana.

Exportações

   As exportações de milho do Brasil apresentaram receita de US$ 949,890 milhões em novembro (11 dias úteis), com média diária de US$ 86,353 milhões. A quantidade total de milho exportada pelo país ficou em 4,186 milhões de toneladas, com média de 380,611 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 226,90.

   Em relação a novembro de 2022, houve alta de 3,0% no valor médio diário da exportação, aumento de 29,2% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 20,3% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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SEMANA MILHO: Preços sobem no Brasil, diante de preocupações com clima

   Porto Alegre, 17 de novembro de 2023 – O mercado brasileiro de milho registrou mais uma semana de preços em alta. De acordo com a SAFRAS Consultoria, as especulações em torno da falta de chuvas no Centro-Oeste e no Sudeste e as possíveis consequências desse quadro em uma oferta futura de milho contribuíram para sustentar os preços.

   O ritmo de negócios foi bastante travado durante a semana, não apenas por conta do feriado, mas pelo fato dos produtores estarem fixando muito poucas ofertas do cereal para venda nesse momento. Houve uma maior demanda na ponta compradora para atender as necessidades mais urgentes de consumo, o que também contribuiu para uma elevação nas cotações.

   A SAFRAS Consultoria ressalta ainda que a demanda de milho voltada ao mercado internacional segue muito aquecida, contribuindo para um aumento dos preços nos portos também.

   No cenário internacional, por outro lado, o viés segue baixista aos preços do milho. Fatores como a boa oferta da safra norte-americana, o movimento de exportação por parte do país ainda limitado e a expectativa de uma safra global mais abundante para 2023/24 ajudam a manter um quadro de pressão nas cotações.

   Conforme o Conselho Internacional de Grãos (CIG), a safra mundial de milho em 2023/24 deverá totalizar 1,223 bilhão de toneladas, contra 1,219 bilhão em outubro. Para a temporada 2022/23, a previsão foi de 1,161 bilhão de toneladas.

Preços internos

   O valor médio da saca de milho no Brasil foi cotado a R$ 58,86, alta de 2,27% frente aos R$ 57,56 registrados no fechamento da última semana. No mercado disponível ao produtor, o preço do milho em Cascavel, Paraná, subiu 1,85% durante a semana, passando de R$ 54,00 para R$ 55,00. Em Campinas/CIF, a cotação ficou em R$ 67,00, aumento de 3,88% frente à semana passada, de R$ 64,50. Na região da Mogiana paulista, o cereal foi cotado a R$ 62,00, avanço de 3,33% frente aos R$ 60,00 da semana passada.

   Em Rondonópolis, Mato Grosso, a cotação da saca seguiu em R$ 43,00. Já em Erechim, Rio Grande do Sul, o preço continuou em R$ 65,00 na venda.

   Em Uberlândia, Minas Gerais, o preço na venda ficou em R$ 62,00 a saca, 3,33% frente aos R$ 60,00 da semana passada. E em Rio Verde, Goiás, o preço na venda aumentou 4%, de R$ 50,00 para R$ 52,00 ao longo da semana.

Exportações

   As exportações de milho do Brasil apresentaram receita de US$ 540,453 milhões em novembro (7 dias úteis), com média diária de US$ 77,207 milhões. A quantidade total de milho exportada pelo país ficou em 2,390 milhões de toneladas, com média de 341,556 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 226,00.

   Em relação a novembro de 2022, houve baixa de 7,9% no valor médio diário da exportação, aumento de 16% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 20,6% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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SEMANA MILHO: Produtor segura ofertas e preços seguem firmes no Brasil

   Porto Alegre, 27 de outubro de 2023 – O mercado brasileiro de milho registrou uma semana de firmeza nos preços, em meio ao movimento de retenção de oferta observado em boa parte das praças de comercialização.

   Segundo a SAFRAS Consultoria, os produtores seguem atentos ao clima, ao andamento do plantio da safra de verão e à paridade de exportação para avançar ou não nas decisões de venda do cereal. O atraso no cultivo da soja, o que pode acabar diminuindo a janela ideal de plantio da safrinha do próximo ano, também ajudou a sustentar os preços.

   No lado da ponta compradora, em algumas localidades do país os consumidores se mostraram um pouco mais ativos na busca por lotes, como é o caso de São Paulo. Mas a procura pelo cereal ainda é discreta, já que esperam uma maior queda nos preços na medida que os produtores forem necessitando liberar espaços nos armazéns para a nova safra de soja.

   Também há uma expectativa de recrudescimento das exportações de milho do Brasil daqui para frente, perdendo espaço para o cereal norte-americano, o que abriria espaço para uma correção nas cotações.

   No mercado internacional, o viés seguiu baixista para as cotações, por conta do bom andamento da colheita nos Estados Unidos e da fraca demanda observada, até agora, para o cereal do país. A perspectiva de um clima mais favorável ao plantio e ao desenvolvimento das lavouras de milho no Brasil e na Argentina também influenciou um desempenho negativo na Bolsa de Mercadorias de Chicago.

Preços internos

   O valor médio da saca de milho no Brasil foi cotado a R$ 56,87 na quinta (26), alta de 0,58% frente aos R$ 56,54 registrados na semana passada. No mercado disponível ao produtor, o preço do milho em Cascavel, Paraná, foi cotado a R$ 53,00, avanço de 1,93% frente aos R$ 52,00 da última semana. Em Campinas/CIF, a cotação ficou em R$ 64,00, inalterado frente à semana anterior. Na região da Mogiana paulista, o cereal foi cotado a R$ 58,00, também sem alterações.

   Em Rondonópolis, Mato Grosso, a cotação da saca ficou em R$ 43,00, queda de 4,44% frente aos R$ 45,00 da última semana. Já em Erechim, Rio Grande do Sul, o preço avançou 1,56% de R$ 64,00 para R$ 65,00 na venda.

   Em Uberlândia, Minas Gerais, o preço na venda subiu 1,75%, de R$ 57,00 para R$ 58,00 a saca. E em Rio Verde, Goiás, o preço na venda seguiu em R$ 50,00 ao longo da semana.

Exportações

   As exportações de milho do Brasil apresentaram receita de US$ 1,332 bilhão em outubro (14 dias úteis), com média diária de US$ 95,175 milhões. A quantidade total de milho exportada pelo país ficou em 5,893 milhões de toneladas, com média de 420,957 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 226,10.

   Em relação a outubro de 2022, houve baixa de 5,3% no valor médio diário da exportação, aumento de 17,9% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 19,6% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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MILHO: Seguindo aversão ao risco e expectativa de chuvas no Brasil, Chicago fecha em forte baixa

   Porto Alegre, 20 de outubro de 2023 – A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o milho fechou a sessão de hoje com forte baixa nos preços. O mercado foi pressionado pelo sentimento de aversão ao risco com relação à economia global e pelas incertezas sobre o conflito no Oriente Médio, envolvendo israelenses e palestinos, o que contaminou o desempenho das bolsas norte-americanas e europeias.

   Além disso, segundo a Dow Jones, a expectativa de chuvas em áreas produtoras do Norte do Brasil que passam por um período de estiagem trouxeram negatividade aos preços, influenciando também nos vizinhos soja e trigo.

   A pressão sazonal de oferta com o avanço da colheita de milho estadunidense, bem como um movimento de realização de lucros diante dos ganhos registrados na sessão anterior, também atuaram como fatores baixistas às cotações. Apesar da sessão negativa, a posição dezembro/23 registrou ganhos acumulados de 0,45% na semana.

   Na sessão, os contratos de milho com entrega em dezembro fecharam a US$ 4,95 1/2 por bushel, recuo de 9,50 centavos de dólar, ou 1,88%, em relação ao fechamento anterior. A posição março de 2024 fechou a sessão a US$ 5,05 por bushel, baixa de 8,00 centavos de dólar, ou 1,54%, em relação ao fechamento anterior.

Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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SEMANA MILHO: Negócios internos seguem lentos e mercado foca na exportação

   Porto Alegre, 20 de outubro de 2023 – O mercado brasileiro de milho registrou uma semana de lentidão nos negócios, que estiveram mais fluídos na exportação. Segundo a SAFRAS Consultoria, o mercado interno segue lateralizado, com o impasse quanto aos preços entre produtores e consumidores. Já a demanda voltada para o cenário externo segue bem aquecida, com grandes volumes de milho do Brasil sendo adquiridos pela China.

   Diante da forte seca assolando os portos do norte do Brasil, a demanda por parte das tradings para o milho está sendo direcionada para o porto de Santos nesse momento, o que tem contribuído para o diferencial de preços em relação ao porto de Paranaguá, que está em R$ 4,00 por saca.

   No mercado internacional, a colheita de milho nos Estados Unidos atua como um viés de baixa, evitando movimentos de alta maiores na Bolsa de Mercadorias de Chicago. Ao longo da semana, o cenário foi de alta nos preços, diante dos sinais de melhor demanda para o cereal norte-americano.

   Daqui para frente, com o indicativo de queda na taxa de juros do Brasil, a perspectiva é de que gradativamente o milho nacional acabe perdendo competitividade em relação ao cereal norte-americano no cenário internacional, o que contribuiria para um enfraquecimento das exportações.

Preços internos

   O valor médio da saca de milho no Brasil foi cotado a R$ 56,51 na quinta (19), alta de 0,12% frente aos R$ 56,45 registrados na semana passada. No mercado disponível ao produtor, o preço do milho em Cascavel, Paraná, foi cotado a R$ 52,00, estável frente à última semana. Em Campinas/CIF, a cotação ficou em R$ 64,00, inalterado frente à semana anterior. Na região da Mogiana paulista, o cereal foi cotado a R$ 57,00, queda de 1,72% frente aos R$ 58,00 registrados na semana passada.

   Em Rondonópolis, Mato Grosso, a cotação da saca ficou em R$ 45,00, sem mudanças frente à semana anterior. Já em Erechim, Rio Grande do Sul, o preço avançou 1,59% de R$ 63,00 para R$ 64,00 na venda.

   Em Uberlândia, Minas Gerais, o preço na venda subiu 3,64%, de R$ 55,00 para R$ 57,00 a saca. E em Rio Verde, Goiás, o preço na venda subiu 2,04%, de R$ 49,00 para R$ 50,00 ao longo da semana.

Exportações

   As exportações de milho do Brasil apresentaram receita de US$ 924,779 bilhões em outubro (9 dias úteis), com média diária de US$ 102,753 milhões. A quantidade total de milho exportada pelo país ficou em 3,989 milhões de toneladas, com média de 443,276 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 231,80.

   Em relação a outubro de 2022, houve alta de 2,3% no valor médio diário da exportação, aumento de 24,1% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 17,6% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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MILHO: Realizando lucros, Chicago fecha em baixa; semana registra leve alta

Porto Alegre, 13 de outubro de 2023 – A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o milho fechou a sessão de hoje com baixa nos preços. O mercado realizou parte dos lucros acumulados com os números altistas do relatório de oferta e demanda de milho de outubro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, bem como pela pressão sazonal decorrente do avanço da colheita no país.

   Além disso, o bom desempenho das vendas líquidas semanais estadunidenses de milho, o corte na estimativa de safra do país e o desempenho extremamente positivo do petróleo em Nova York, que subiu mais de 5%, limitaram um movimento de queda ainda maior nas cotações. Na semana, a posição dezembro/23 registrou ganhos acumulados de 0,25%

   As vendas líquidas norte-americanas de milho para a temporada comercial 2023/24, que tem início no dia 1o de setembro, ficaram em 910.400 toneladas na semana encerrada em 5 de outubro. O México liderou as compras, com 538.300 toneladas. Para a temporada 2024/25, foram mais 87.400 toneladas. Analistas esperavam exportações entre 600 mil e 900 mil toneladas. As informações são do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

   Os Estados Unidos deverão colher 15,064 bilhões de bushels na temporada 2023/24, abaixo dos 15,134 bilhões indicados em setembro. A produtividade média em 2023/24 deve atingir 173 bushels por acres, aquém dos 173,8 bushels por acres apontados no mês passado. Os estoques finais de passagem da safra 2023/24 foram estimados em 2,111 bilhões de bushels, inferior em relação aos 2,221 bilhões de bushels previstos no mês passado.

   Na sessão, os contratos de milho com entrega em dezembro fecharam a US$ 4,93 1/4 por bushel, recuo de 2,75 centavos de dólar, ou 0,55%, em relação ao fechamento anterior. A posição março de 2024 fechou a sessão a US$ 5,08 1/2 por bushel, baixa de 3,00 centavos de dólar, ou 0,58%, em relação ao fechamento anterior.

Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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SEMANA MILHO: Negócios voltam a ficar travados no Brasil

   Porto Alegre, 13 de outubro de 2023 – O mercado brasileiro de milho registrou mais uma semana de negócios travados, em meio ao impasse entre produtores e consumidores no que tange aos preços. O feriado de quinta-feira e a expectativa do mercado com relação ao relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos para o mês de outubro deixaram a comercialização no Brasil bastante travada do meio de semana em diante.

   Segundo a SAFRAS Consultoria, os compradores seguem apostando em um movimento de queda nos preços para fazer maiores aquisições, enquanto os vendedores seguem observando o comportamento do câmbio para decidir ampliar ou reduzir as fixações de oferta.

   O movimento de apreciação do real frente ao dólar na semana acabou contribuindo para que houvesse um declínio na paridade de exportação nos portos de Paranaguá (PR) e de Santos (SP), o que levou os produtores a disponibilizar um volume maior de lotes do cereal, especialmente em São Paulo e no Paraná, muito embora os preços no cenário doméstico tenham permanecido de estáveis a mais altos durante a semana.

   No cenário internacional, os preços operaram em queda em boa parte da semana, pressionados pelo andamento da colheita nos Estados Unidos e pela demanda ainda enfraquecida. Porém, reagiram a partir de quinta-feira depois que o Departamento de Agricultura do País (USDA) reduziu a expectativa da safra e de estoques finais de passagem da safra 2023/24.

USDA

   Os Estados Unidos deverão colher 15,064 bilhões de bushels na temporada 2023/24, abaixo dos 15,134 bilhões indicados em setembro. O mercado trabalhava com uma estimativa de produção de 15,1 bilhões de bushels. A produtividade média em 2023/24 deve atingir 173 bushels por acres, aquém dos 173,8 bushels por acres apontados no mês passado e dos 173,5 bushels por acre esperados pelo mercado. A área a ser plantada deve ficar em 94,9 milhões de acres, sem alterações frente ao relatório anterior. A área a ser colhida foi prevista em 87,1 milhões de acres, sem mudanças frente ao mês passado, enquanto o mercado esperava uma área de 86,7 milhões de acres.

   Os estoques finais de passagem da safra 2023/24 foram estimados em 2,111 bilhões de bushels, inferior em relação aos 2,221 bilhões de bushels previstos no mês passado e aos 2,145 bilhões de bushels esperados pelo mercado. As exportações em 2023/24 foram indicadas em 2,025 bilhões de bushels, contra os 2,050 bilhões de bushels previstos em setembro. O uso de milho para a produção de etanol foi indicado em 5,300 bilhões de bushels, similar ao indicado no mês passado.

   A safra global 2023/24 foi projetada em 1.214,47 milhão de toneladas, um pouco acima das 1.214,29 milhão de toneladas indicadas em setembro. O USDA estimou estoques finais da safra mundial 2023/24 em 312,4 milhões de toneladas, abaixo das 313,99 milhões de toneladas indicadas no mês passado e das 313 milhões de toneladas previstas pelo mercado.

   A safra dos Estados Unidos em 2023/24 foi indicada em 382,65 milhões de toneladas, contra 384,42 milhões de toneladas previstas em setembro. A estimativa de safra brasileira é de 129 milhões de toneladas em 2023/24, sem alterações. A produção da Argentina deve atingir 55 milhões de toneladas, contra as 54 milhões de toneladas previstas em setembro. A Ucrânia teve sua projeção de safra mantida em 28 milhões de toneladas na temporada 2023/24 e a África do Sul teve a safra indicada em 16,8 milhões de toneladas, sem mudanças. A China teve a estimativa de produção para 2023/24 mantida em 277 milhões de toneladas.

   A safra global 2022/23 foi projetada em 1.154,99 milhão de toneladas, contra as 1.155,62 milhão de toneladas indicadas em setembro. O USDA estimou estoques finais da safra mundial 2022/23 em 298,13 milhões de toneladas, abaixo das 298,4 milhões de toneladas previstas pelo mercado e das 299,47 milhões de toneladas indicadas no mês passado.

Preços internos

   O valor médio da saca de milho no Brasil foi cotado a R$ 56,45 na quarta-feira (11), alta de 0,82% frente aos R$ 55,99 registrados na semana passada. No mercado disponível ao produtor, o preço do milho em Cascavel, Paraná, foi cotado a R$ 52,00, estável frente à última semana. Em Campinas/CIF, a cotação ficou em R$ 64,00, aumento de 1,59% frente aos R$ 63,00 praticados na semana anterior. Na região da Mogiana paulista, o cereal foi cotado a R$ 58,00, avanço de 1,75% frente aos R$ 57,00 registrados na semana passada.

   Em Rondonópolis, Mato Grosso, a cotação da saca ficou em R$ 45,00, sem mudanças frente à semana anterior. Já em Erechim, Rio Grande do Sul, o preço continuou em R$ 63,00 na venda. Em Uberlândia, Minas Gerais, o preço na venda subiu 1,85%, de R$ 54,00 para R$ 55,00 a saca. E em Rio Verde, Goiás, o preço na venda baixou 2%, de R$ 50,00 para R$ 49,00 ao longo da semana.

Exportações

   As exportações de milho do Brasil apresentaram receita de US$ 530,023 bilhões em outubro (5 dias úteis), com média diária de US$ 106,004 milhões. A quantidade total de milho exportada pelo país ficou em 2,347 milhões de toneladas, com média de 469,588 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 225,70.

   Em relação a outubro de 2022, houve alta de 5,5% no valor médio diário da exportação, aumento de 31,5% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 19,8% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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MILHO: Com avanço da colheita nos EUA e realização de lucros, Chicago fecha em baixa

   Porto Alegre, 6 de outubro de 2023 – A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o milho fechou a sessão de hoje com baixa nos preços. O mercado foi pressionado pelo avanço da colheita estadunidense e por um movimento de realização de lucros diante dos ganhos registrados na sessão anterior. Ontem, as cotações atingiram os níveis mais elevados em mais de um mês. Na semana, a posição dezembro/23 registrou ganhos acumulados de 3,41%.

   A fraqueza do dólar frente a outras moedas correntes e o desempenho positivo do petróleo em Nova York, por sua vez, limitaram maiores perdas na sessão.

   O mercado ainda digeriu o indicativo de economia aquecida após a divulgação do payroll (um dos principais termômetros do emprego nos Estados Unidos), que apontou a criação de vagas em setembro muito acima das expectativas, aumenta a possibilidade de elevação dos juros americanos até o final do ano para tentar conter inflação.

   Na sessão, os contratos com entrega em dezembro de 2023 operaram com baixa de 5,50 centavos, ou 1,10%, cotados a US$ 4,92 por bushel. Os contratos com entrega em março de 2024 operaram com recuo de 5,00 centavos, ou 0,97%, cotados a US$ 5,12 1/4 por bushel.

Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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SEMANA MILHO: Produtor volta a segurar oferta apostando em preços mais altos

   Porto Alegre, 6 de outubro de 2023 – O mercado brasileiro de milho registrou mais uma semana de preços firmes, com os produtores segurando as ofertas na expectativa de conseguir melhores preços, o que travou as negociações no cenário doméstico. De acordo com a SAFRAS Consultoria, a desvalorização do real frente ao dólar favoreceu uma melhora das cotações nos portos e contribuiu para um bom andamento dos embarques do cereal.

   Na ponta compradora, os consumidores seguiram comedidos, estudando o mercado, no aguardo de que a grande oferta proveniente da safrinha possa vir a ser disponibilizada por parte dos produtores, o que contribuiria para novos movimentos de baixa nas cotações.

   No cenário internacional, os negócios na Bolsa de Mercadorias de Chicago andaram meio de lado, sem grandes variações de preço. Apesar dos sinais de melhora na demanda para o cereal norte-americano, a pressão de oferta oriunda da colheita no país impediu um maior movimento de alta nos preços.

Preços internos

   O valor médio da saca de milho no Brasil foi cotado a R$ 55,99 na quinta-feira (5), alta de 0,69% frente aos R$ 55,61 registrados na semana passada. No mercado disponível ao produtor, o preço do milho em Cascavel, Paraná, foi cotado a R$ 52,00, queda de 3,7% frente aos R$ 54,00 praticados na última semana. Em Campinas/CIF, a cotação ficou em R$ 63,00, aumento de 1,61% frente aos R$ 62,00 praticados na semana anterior. Na região da Mogiana paulista, o cereal foi cotado a R$ 57,00, estável ante a semana passada.

   Em Rondonópolis, Mato Grosso, a cotação da saca ficou em R$ 45,00, sem mudanças frente à semana anterior. Já em Erechim, Rio Grande do Sul, o preço continuou em R$ 63,00 na venda.

   Em Uberlândia, Minas Gerais, o preço na venda subiu 1,89%, de R$ 53,00 para R$ 54,00 a saca. E em Rio Verde, Goiás, o preço na venda permaneceu em R$ 50,00 ao longo da semana.

Exportações

  As exportações de milho do Brasil apresentaram receita de US$ 2,001 bilhões em setembro (20 dias úteis), com média diária de US$ 100,065 milhões. A quantidade total de milho exportada pelo país ficou em 8,756 milhões de toneladas, com média de 437,847 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 228,50.

   Em relação a setembro de 2022, houve alta de 16,1% no valor médio diário da exportação, aumento de 43,2% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 18,9% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

   O line-up, a programação de embarques nos portos brasileiros, indicou que poderão ser exportadas 9,318 milhões de toneladas de milho em outubro, conforme levantamento de SAFRAS & Mercado. Desse total, 249,9 mil toneladas de milho já foram embarcadas.

   Para novembro estão programados embarques de 795,9 mil toneladas de milho. Entre fevereiro/23 e janeiro/24, o line-up sinaliza embarques acumulados de 39,001 milhões de toneladas do cereal.

Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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MILHO: Após volatilidade, Chicago consolida recuperação e fecha em alta

Porto Alegre, 22 de setembro de 2023 – A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o milho fechou a sessão com preços mais altos. Após sessão volátil, o mercado se consolidou no território positivo. Na semana, a variação foi de apenas 0,21% para cima na posição dezembro/23.

   Os contratos foram sustentados por um movimento de recuperação após as perdas recentes. Contudo, a ampla oferta de cereais no cenário internacional e a força do dólar frente a outras moedas limitaram a alta.

   Na sessão, os contratos de milho com entrega em dezembro fecharam a US$ 4,77 1/4 por bushel, ganho de 2,00 centavos de dólar, ou 0,42%, em relação ao fechamento anterior. A posição janeiro de 2024 fechou a sessão a US$ 4,92 1/4 por bushel, baixa de 2,25 centavos de dólar, ou 0,45%, em relação ao fechamento anterior.

Gabriel Nascimento (gabriel.antunes@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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SEMANA MILHO: Mercado terá dificuldades para recuperação na temporada 2023/24 – Agri Week

Porto Alegre, 22 de setembro de 2023 – O mercado brasileiro e internacional de milho terá dificuldades para uma recuperação nos preços na temporada 2023/24. A avaliação foi feita pelo consultor de SAFRAS & Mercado, Paulo Molinari, durante palestra realizada no 6º SAFRAS Agri Week, evento que ocorreu entre 19 e 21 de setembro.

   Na Bolsa de Chicago (CBOT), com a safra americana entrando em colheita e beirando a um recorde, o preço atual em torno de US$ 4,80 por bushel não é a nova realidade do mercado. “Devemos voltar a preços entre US$ 4,00-4,30 tão logo a colheita passe dos 50% nos Estados Unidos”, afirmou.

   Destacou que o quadro de oferta e demanda americano é confortável, e que a Bolsa reflete o cenário dos EUA. “O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) cortou a produtividade na estimativa americana e pode haver ajustes até janeiro, mas isso não vai alterar muito o quadro”, disse. Ressaltou que o recorde de produção de milho para o país é de 384,8 milhões de toneladas em 2017 e agora a estimativa é de 384,4 milhões de toneladas, muito próximo deste patamar mais elevado.

   “A dúvida que se tem com a safra americana é com o peso do grão pelas condições climáticas até agora. Isso vai definir o tamanho. Mas ainda é uma safra boa. Não dá pra se imaginar mais um grande corte na safra americana. Não deve provocar uma reversão de preços, é uma hipótese cada dia mais remota”, analisou Molinari.

   Ele indicou ainda que achar que o preço pode subir com esse quadro é “ser um sonhador”. Olhando mais à frente, para a seguinte safra americana, ele disse que se a safra vier normal e sem redução de área poderá vir um novo recorde produtivo.

El Niño e safra cheia

   Molinari destacou que com o fenômeno El Niño a tendência é de uma safra cheia na América do Sul, outro aspecto baixista para o mercado global, que se reflete nos preços ao produtor brasileiro. E há muito milho armazenado, com dificuldades de armazenagem e logística/fretes trazendo pressão sobre as cotações. “No primeiro semestre, o produtor vendeu o milho e segurou a soja. Foi uma pressão em grande parte pela decisão de venda do produtor”, comentou. Agora há a volumosa oferta da safrinha a negociar.

   Para Molinari a questão é se em 2024, com uma safra grande de soja o produtor vai vender a soja e segurar o milho? “Isso pode trazer altas para o milho. Mas se de novo o produtor preferir vender o milho para reter a soja, haverá pressão de novo no milho”, afirmou. E salientou que a tendência é natural de peso sobre as cotações ao final do ano com o produtor correndo para vender milho para a entrada da safra de verão para liberar armazéns.

   Nas exportações, Molinari diz que o Brasil está com desempenho magnífico. Mas que para fechar embarques na temporada de 53 a 55 milhões de sacas, garantindo suporte aos preços, vai precisar embarcar em torno de 6 milhões de toneladas mês nos próximos meses, o que é um desafio com a colheita americana no momento e a concorrência natural. “Se não embarcar esses volumes, sobra mais milho e há mais pressão nos valores do cereal”, ratifica.

   Concluindo suas informações e avaliações, Molinari observou que o quadro mundial é complicado. “Não vejo espaço para altas fortes. E podemos ter baixa no Brasil no primeiro semestre de 24 se o produtor novamente segurar a soja e vender mais o milho”, disse.

Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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MILHO: Maior oferta pressiona Chicago, que cai na sessão e na semana

   Porto Alegre, 15 de setembro de 2023 – A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o milho fechou a sessão de hoje com preços mais baixos. O mercado operou em queda durante todo o dia, pressionado pela ampla oferta nos Estados Unidos e no mundo, projetada pelo relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), na terça-feira. Além disso, o cereal acompanhou o desempenho negativo da soja, e, conforme agências internacionais, foi pressionado pela melhora nas condições das lavouras da Europa.

   Na sessão, os contratos de milho com entrega em dezembro fecharam a US$ 4,76 1/4 por bushel, recuo de 4,25 centavos de dólar, ou 0,88%, em relação ao fechamento anterior. A posição março de 2024 fechou a sessão a US$ 4,90 1/2 por bushel, baixa de 4,00 centavos de dólar, ou 0,8%. Na semana, a posição dezembro acumulou queda de 1,55%.

Gabriel Nascimento (gabriel.antunes@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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SEMANA MILHO: USDA eleva produção mundial e preços recuam

Porto Alegre, 15 de setembro de 2023 – O mercado de milho registrou uma semana de preços em baixa na Bolsa de Mercadorias de Chicago, após a divulgação do relatório de oferta e demanda de setembro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que elevou a produção mundial e estadunidense do cereal. No cenário doméstico, os consumidores seguem tentando acessar preços mais baixos, sinalizando uma posição confortável em relação aos estoques. Os produtores, por outro lado, avaliam fatores como a variação cambial, paridade de exportação e logística, retraídos na fixação de oferta.

   A safra global 2023/24 foi projetada em 1.214,29 milhão de toneladas, ante as 1.213,50 milhão de toneladas indicadas em agosto. O USDA estimou estoques finais da safra mundial 2023/24 em 313,99 milhões de toneladas, abaixo das 311,05 milhões de toneladas indicadas no mês passado e das 310,3 milhões de toneladas previstas pelo mercado.

   Os Estados Unidos deverão colher 15,134 bilhões de bushels na temporada 2023/24, acima dos 15,111 bilhões indicados em agosto. O mercado trabalhava com uma estimativa de produção de 14,994 bilhões de bushels. A produtividade média em 2023/24 deve atingir 173,8 bushels por acres, abaixo dos 175,1 bushels por acres apontados no mês passado e abaixo dos 173,3 bushels por acre esperados pelo mercado. A área a ser plantada deve ficar em 94,9 milhões de acres, acima dos 94,1 milhões de acres indicados no relatório anterior. A área a ser colhida foi prevista em 87,1 milhões de acres, acima da previsão de 86,3 milhões de acres frente ao mês passado.

   Os estoques finais de passagem da safra 2023/24 foram estimados em 2,221 bilhões de bushels, acima dos 2,202 bilhões de bushels previstos no mês passado e dos 2,127 bilhões de bushels esperados pelo mercado. As exportações em 2023/24 foram indicadas em 2,050 bilhões de bushels, similar ao previsto em agosto. O uso de milho para a produção de etanol foi indicado em 5,300 bilhões de bushels, similar ao indicado no mês passado.

Exportações

   As exportações de milho do Brasil apresentam receita de US$ 469,950 milhões em setembro (5 dias úteis), com média diária de US$ 93,990 milhões. A quantidade total de milho exportada pelo país está em 1,966 milhão de toneladas, com média de 393,176 mil toneladas. O preço médio da tonelada está em US$ 239,10.

   Em relação a setembro de 2022, há alta de 9,1% no valor médio diário da exportação, aumento de 28,6% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 15,1% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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MERCADO MILHO: Dia de atenções para relatório do USDA

   Porto Alegre, 12 de setembro de 2023 – O mercado brasileiro de milho teve uma terça-feira de ritmo lento na comercialização. As atenções estiveram voltadas para o relatório de oferta e demanda de setembro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Não houve grandes alterações nos preços, e o ritmo das exportações segue firme.

   No Porto de Santos, o preço ficou entre R$ 63,00/65,00 a saca (CIF). Já no Porto de Paranaguá, cotação entre R$ 59,50/63,00 a saca.

  No Paraná, a cotação ficou em R$ 49,00/52,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 50,00/53,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 55,00/58,00 a saca.

   No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 60,00/62,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 52,00/55,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 45,00/R$ 48,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 42,00/45,00 a saca em Rondonópolis.

CHICAGO

   A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o milho fechou a sessão de hoje com baixa nos preços. O mercado foi pressionado pelo relatório de oferta e demanda de setembro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que indicou uma elevação na produção e nos estoques finais mundiais e estadunidenses para a safra 2023/24. A força do dólar frente a outras moedas correntes completou o cenário negativo.

   A safra global 2023/24 foi projetada em 1.214,29 milhão de toneladas, ante as 1.213,50 milhão de toneladas indicadas em agosto. O USDA estimou estoques finais da safra mundial 2023/24 em 313,99 milhões de toneladas, abaixo das 311,05 milhões de toneladas indicadas no mês passado e das 310,3 milhões de toneladas previstas pelo mercado.

   Os Estados Unidos deverão colher 15,134 bilhões de bushels na temporada 2023/24, acima dos 15,111 bilhões indicados em agosto. O mercado trabalhava com uma estimativa de produção de 14,994 bilhões de bushels. A produtividade média em 2023/24 deve atingir 173,8 bushels por acres, abaixo dos 175,1 bushels por acres apontados no mês passado e abaixo dos 173,3 bushels por acre esperados pelo mercado. A área a ser plantada deve ficar em 94,9 milhões de acres, acima dos 94,1 milhões de acres indicados no relatório anterior. A área a ser colhida foi prevista em 87,1 milhões de acres, acima da previsão de 86,3 milhões de acres frente ao mês passado.

   Os estoques finais de passagem da safra 2023/24 foram estimados em 2,221 bilhões de bushels, acima dos 2,202 bilhões de bushels previstos no mês passado e dos 2,127 bilhões de bushels esperados pelo mercado. As exportações em 2023/24 foram indicadas em 2,050 bilhões de bushels, similar ao previsto em agosto. O uso de milho para a produção de etanol foi indicado em 5,300 bilhões de bushels, similar ao indicado no mês passado.

   Na sessão, os contratos com entrega em dezembro de 2023 operaram com recuo de 9,25 centavos, ou 1,9%, cotados a US$ 4,76 1/2 por bushel. Os contratos com entrega em março de 2024 operaram com baixa de 9,25 centavos, ou 1,84%, cotados a US$ 5,00 por bushel.

DÓLAR

   O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 0,47%, sendo negociado a R$ 4,9540 para venda e a R$ 4,9520 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 4,9353 e a máxima de R$ 4,9678.

Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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MILHO: Clima nos EUA e oferta na América do Sul pressionam queda em Chicago

   Porto Alegre, 8 de setembro de 2023 – A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o milho fechou a sessão de hoje com preços mais baixos. O mercado foi pressionado pela perspectiva de ampla oferta na América do Sul e a previsão de clima favorável para a próxima semana no Meio-Oeste dos Estados Unidos. De acordo com a Reuters, a meteorologia indica condições mais frias e algumas chuvas na próxima semana.

   No começo do dia, o cereal chegou a registrar alta diante do desempenho positivo do petróleo em Nova Iorque e da fraqueza do dólar frente a outras moedas correntes. Além disso, os investidores digerem os dados do relatório semanal de exportações dos Estados Unidos, que ficaram dentro das expectativas.

   Por fim, o foco se encontra nas previsões mensais de colheita do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), agendadas para terça-feira, para avaliar o impacto das condições climáticas quentes e secas no Meio-Oeste do país.

   As vendas líquidas norte-americanas de milho para a temporada comercial 2023/24, que tem início no dia 1o de setembro, ficaram em 949.700 toneladas na semana encerrada em 31 de agosto. O México liderou as compras, com 426.700 toneladas. Analistas esperavam exportações entre 300 mil e 1,4 milhão de toneladas. As informações são do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

   A Bolsa de Cereais de Buenos Aires previu uma colheita argentina de 55 milhões de toneladas, a segunda maior já registrada e acima dos 34 milhões de toneladas do ano anterior.

   Na sessão, os contratos de milho com entrega em setembro fecharam a US$ 4,83 3/4 por bushel, recuo de 2,50 centavos de dólar, ou 0,51%, em relação ao fechamento anterior. A posição dezembro de 2023 fechou a sessão a US$ 4,98 por bushel, baixa de 2,00 centavos de dólar, ou 0,4%.

Gabriel Nascimento (gabriel.antunes@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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SEMANA MILHO: Preços voltam a subir no Brasil, acompanhando paridade de exportação

Porto Alegre, 8 de setembro de 2023 – O mercado brasileiro de milho voltou a trabalhar com preços mais altos ao longo da semana. Segundo a SAFRAS Consultoria, os últimos dias foram marcados por preços sustentados, com os produtores voltando a reter as fixações de oferta para venda em meio ao movimento de desvalorização do real frente ao dólar, o que contribuiu para uma melhora da paridade de exportação nos portos.

   No lado da ponta compradora, alegando contar ainda com bons volumes de estoques para atender a demanda de curto prazo, os consumidores se mantiveram distantes dos negócios, o que deixou as negociações envolvendo o cereal bastante travadas na semana. O spread dos valores da saca entre a compra e a venda subiu. Já o ritmo de exportação seguiu bastante efetivo nos últimos dias, mesmo com o feriado de Independência, nesta quinta-feira.

   Conforme a SAFRAS Consultoria, as atenções do mercado se voltam ao relatório de oferta e demanda de milho de setembro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, que será divulgado na próxima semana, bem como ao andamento do plantio de milho na safra verão, que já começou nos estados do sul do brasil.

Preços internos

   O valor médio da saca de milho no Brasil foi cotado a R$ 53,71 na quarta-feira (6), alta de 1,23% frente aos R$ 53,06 registrados na última semana. No mercado disponível ao produtor, o preço do milho em Cascavel, Paraná, foi cotado a R$ 53,00, avanço de 3,92% frente aos R$ 51,00 praticados na semana passada. Em Campinas/CIF, a cotação ficou em R$ 58,00, aumento de 3,57% frente aos R$ 56,00 praticados na semana passada. Na região da Mogiana paulista, o cereal foi cotado a R$ 51,00, ganho de 4,08% frente aos R$ 49,00 praticados na última semana.

   Em Rondonópolis, Mato Grosso, a cotação da saca seguiu em R$ 43,00. Já em Erechim, Rio Grande do Sul, o preço continuou em R$ 62,00 na venda. Em Uberlândia, Minas Gerais, o preço na venda subiu 3,92%, de R$ 51,00 para R$ 53,00 a saca. E em Rio Verde, Goiás, o preço na venda permaneceu em R$ 45,00.

Exportações

   O line-up, a programação de embarques nos portos brasileiros, indicou que poderão ser exportadas 10,232 milhões de toneladas de milho em setembro, conforme levantamento de SAFRAS & Mercado. Desse total, 1,145 milhão de toneladas de milho já foram embarcadas.

   Para outubro estão programados embarques de 996 mil toneladas de milho. Entre fevereiro/23 e janeiro/24, o line-up sinaliza embarques acumulados de 30,734 milhões de toneladas do cereal.

Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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MILHO: Seguindo petróleo e clima dos EUA, Chicago fecha em alta; semana acumula perdas

Porto Alegre, 1 de setembro de 2023 – A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o milho fechou a sessão de hoje com alta nos preços. O mercado buscou suporte nas condições climáticas quentes e secas nos Estados Unidos e no desempenho positivo do petróleo em Nova Iorque. A significativa força do dólar frente a outras moedas, por outro lado, limitou uma maior alta na sessão.

   Os investidores também buscaram um melhor posicionamento de carteiras frente ao final de semana prolongado nos Estados Unidos. Na segunda-feira, a Bolsa de Chicago não opera, em função do feriado do Dia do Trabalho. Na semana, a posição dezembro/23 registrou perdas de 1,33%.

   De acordo com informações de agências internacionais, foram emitidos alertas de bandeira vermelha, um indicador de tempo extremamente seco, em condados do leste do Colorado e oeste do Kansas, conforme indicado pelos mapas do Serviço Meteorológico dos Estados Unidos. A umidade relativa do ar está prevista para cair para até 11% durante o fim de semana.

   Na sessão, os contratos com entrega em dezembro de 2023 operaram com avanço de 3,25 centavos, ou 0,67%, cotados a US$ 4,81 1/2 por bushel. Os contratos com entrega em março de 2024 operaram com alta de 2,50 centavos, ou 0,50%, cotados a US$ 4,96 1/2 por bushel.

Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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SEMANA MILHO: Avanço de oferta pressiona cotações no Brasil em agosto

   Porto Alegre, 1 de setembro de 2023 – O mercado brasileiro de milho perdeu força ao longo de agosto, amargando queda no preço, em meio ao avanço da oferta no Brasil. O cenário mais favorável de clima ao desenvolvimento do cereal norte-americano também ajudou a derrubar as cotações.

   Segundo a SAFRAS Consultoria, o mês foi marcado por uma comercialização arrastada, com os consumidores adquirindo lotes pontuais do cereal para atender as necessidades mais urgentes de demanda, na expectativa para um declínio maior nos preços. Já os produtores, embora ainda relutantes nas fixações de oferta para venda, acabaram cedendo um pouco nos preços com o avanço da colheita da safrinha.

   Já a comercialização de milho voltada ao cenário externo esteve bastante aquecida ao longo de agosto, em meio ao câmbio apontando para uma desvalorização do real frente ao dólar.

   A SAFRAS Consultoria indica que o cenário de milho para setembro deve ser marcado por um viés baixista na Bolsa de Mercadorias de Chicago, em meio ao início e avanço da colheita da safra norte-americana, o que poderá impactar o ritmo de exportação do cereal brasileiro, bem como o quadro de preços internos.

Preços internos

   O valor médio da saca de milho no Brasil foi cotado a R$ 53,06 no fechamento de agosto, baixa de 2,92% frente aos R$ 54,65 registrados no final de julho. No mercado disponível ao produtor, o preço do milho em Cascavel, Paraná, foi de R$ 51,00, recuo de 5,56% frente aos R$ 54,00 praticados no final de julho. Em Campinas/CIF, a cotação ficou em R$ 56,00, queda de 8,2% frente aos R$ 61,00 praticados no encerramento de julho. Na região da Mogiana paulista, o cereal foi cotado a R$ 49,00, baixa de 18,33% frente aos R$ 60,00 praticados no fechamento de julho.

   Em Rondonópolis, Mato Grosso, a cotação da saca diminuiu 4,44% ao longo do mês, de R$ 45,00 para R$ 43,00. Já em Erechim, Rio Grande do Sul, o preço no balanço mensal teve queda de 3,13%, passando de R$ 64,00 para R$ 62,00 na venda.

   Em Uberlândia, Minas Gerais, o preço na venda subiu 2,00%, de R$ 50,00 para R$ 51,00 a saca. E em Rio Verde, Goiás, o preço na venda baixou 4,26% ao longo de agosto, de R$ 47,00 para R$ 45,00.

Exportações

   O line-up, a programação de embarques nos portos brasileiros, indicava um volume embarcado de 8,444 milhões de toneladas ao longo de agosto no decorrer desta semana.

   Para setembro estão programados embarques de 8,741 milhões de toneladas de milho. Entre fevereiro/23 e janeiro/24, o line-up sinaliza embarques acumulados de 29,405 milhões de toneladas do cereal.

Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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MERCADO MILHO: Cotações estáveis e ritmo moroso nos negócios na segunda-feira

   Porto Alegre, 28 de agosto de 2023 – O mercado brasileiro de milho teve uma segunda-feira de ritmo moroso na comercialização e preços estáveis. Segundo a SAFRAS Consultoria, a postura dos consumidores segue inalterada, retraída, com os agentes apostando em preços mais fracos no curto prazo, avaliando colheitas em curso e questões relacionadas à armazenagem dos produtores. Além disso mostram tranquilidade em relação a abastecimento. Os produtores estiveram um pouco mais retraídos na fixação de ofertas, avaliando o movimento dos futuros do milho (CBOT e B3), do câmbio e a paridade de exportação.

   No Porto de Santos, o preço ficou entre R$ 61,00/64,00 a saca (CIF). Já no Porto de Paranaguá, cotação entre R$ 59,50/61,00 a saca.

   No Paraná, a cotação ficou em R$ 48,00/52,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 47,00/49,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 53,00/56,00 a saca.

   No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 60,00/62,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 49,00/51,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 43,00/R$ 45,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 40,00/43,00 a saca em Rondonópolis.

CHICAGO

   A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o milho fechou a sessão de hoje com boa alta preços. O mercado recebeu suporte dos sinais de demanda aquecida para o cereal norte-americano. A expectativa de uma safra menor no país frente aos números projetados inicialmente pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), por conta dos problemas climáticos, conforme a ProFarmer, também contribuiu para os ganhos.

   As inspeções de exportação norte-americana de milho chegaram a 597.144 toneladas na semana encerrada no dia 24 de agosto, conforme relatório semanal divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O mercado esperava 375 mil toneladas.

   Na semana anterior, haviam atingido 510.559 toneladas. Em igual período do ano passado, o total inspecionado foi de 699.829 toneladas. No acumulado do ano-safra, iniciado em 1o de setembro, as inspeções somam 36.778.785 toneladas, contra 54.602.158 toneladas no acumulado do ano-safra anterior.

  Mais cedo, os exportadores privados norte-americanos reportaram ao Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) a venda de 123.000 toneladas de milho ao México, a serem entregues na temporada 2023/24.

   Na sessão, os contratos com entrega em dezembro de 2023 operaram com avanço de 8,25 centavos, ou 1,69%, cotados a US$ 4,96 1/4 por bushel. Os contratos com entrega em março de 2024 operaram com alta de 8,25 centavos, ou 1,64%, cotados a US$ 5,11 por bushel.

DÓLAR

   O dólar comercial encerrou a sessão estável, sendo negociado a R$ 4,8748 para venda e a R$ 4,8728 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 4,8650 e a máxima de R$ 4,9111.

Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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MILHO: Chicago fecha em baixa, com preocupações em torno de economia dos EUA; semana registra perdas

Porto Alegre, 25 de agosto de 2023 – A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o milho fechou a sessão de hoje com baixa predominante nos preços. O mercado chegou a registrar ganhos no início do dia, mas acabou tendo a maioria das suas posições pressionadas por preocupações em torno da economia norte-americana. Em discurso realizado hoje, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, afirmou que o órgão poderá promover mais apertos monetários se necessário, em meio a uma inflação que, segundo ele, continua “muito alta”. A força do dólar frente a outras moedas correntes e o desempenho negativo do vizinho trigo também ajudaram a consolidar as perdas na sessão.

   Posições mais distantes, contudo, buscaram suporte nos novos números da Crop Tour, realizado pela Pro Farmer, que indicaram rendimentos abaixo da média nas regiões de Minnesota e Iowa, nos Estados Unidos. As atenções também seguiram voltadas para a expectativa de um clima quente e seco no país estadunidense. Na semana, a posição dezembro/23 registrou queda de 1,01%.

   As lavouras de milho em Iowa, no oeste dos Estados Unidos, estão com desenvolvimento levemente pior neste ano, na comparação com a média dos últimos três anos e frente ao ano passado, segundo avaliação dos participantes da “Crop Tour”. Segundo a Pro Farmer, a produtividade média do milho deve ficar em 182,80 bushels por acre em Iowa, ante 184,13 bushels por acre dos últimos três anos e de 183,81 acres obtidos no ano passado.

   As lavouras de milho em Minnesota, no oeste dos Estados Unidos, também estão se desenvolvendo pior neste ano, na comparação com a média dos últimos três anos e em relação ao ano passado. Segundo a Pro Farmer, a produtividade média do milho foi estimada em 181,34 bushels por acre em Minnesota, abaixo da média do ano passado, de 190,39 bushels por acre, e da média dos últimos três anos, de 187,63 bushels por acre.

   Na sessão, os contratos com entrega em dezembro de 2023 operaram com recuo de 0,25 centavo, ou 0,05%, cotados a US$ 4,88 por bushel. Os contratos com entrega em março de 2024 operaram com baixa de 0,25 centavo, ou 0,04%, cotados a US$ 5,02 3/4 por bushel.

Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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