MONITOR MILHO: Mercado deve manter preços firmes no Brasil

Porto Alegre, 20 de fevereiro de 2018 – O mercado brasileiro de milho
deve manter preços firmes nesta terça-feira, em meio à dificuldade dos
consumidores na aquisição do cereal. Além do fato dos produtores estarem
focados na colheita da soja, o clima chuvoso também prejudica o ingresso de
novas ofertas de milho verão no mercado, prejudicando o ritmo de negócios. No
cenário internacional a Bolsa de Chicago retoma os negócios em alta após o
feriado nos Estados Unidos.

CHICAGO

* Os contratos com entrega em março/18 chegaram ao intervalo cotados a
US$ 3,69 por bushel, alta de 1,50 centavo em relação ao fechamento anterior.

* O mercado busca suporte no clima seco registrado em áreas produtoras de
milho da Argentina, o que prejudica o desenvolvimento das lavouras.

* Na sexta-feira (16), os contratos de milho com entrega em março fecharam a
US$ 3,67 1/2, baixa de 0,25 centavo de dólar, ou -0,06%, em relação ao
fechamento anterior.

CÂMBIO

* O dólar comercial opera com alta de 0,52%, cotado a R$ 3,253.

* O dólar comercial abriu em alta frente ao real influenciado pelo
comportamento no exterior, onde a moeda aprecia frente às principais divisas. O
leilão de títulos do governo norte-americano contribui para a pressão
altista na divisa estrangeira.

* Aqui, o mercado digere o anúncio do governo federal de que a tramitação da
reforma da Previdência no Congresso está suspensa, já que há insegurança
jurídica para discutir a matéria com a intervenção federal na segurança
pública no Rio de Janeiro, que deve ser aprovada hoje pelo Senado.

INDICADORES FINANCEIROS

* As bolsas da Ásia fecharam em baixa. Xangai, não operou por feriado.
Tóquio, -1,01%.

* As bolsas na Europa operam mistas. Paris, +0,16%. Frankfurt, +0,11%. Londres,
-0,23%.

* O petróleo opera em alta. Abril do WTI em NY: US$ 61,68 barril (+0,21%).

* O dólar opera em alta. Euro, +0,66%, iene, +0,67%; libra-esterlina, +0,19%.

MERCADO INTERNO

* O mercado brasileiro de milho registrou preços firmes nesta segunda-feira,
com ritmo muito lento nos negócios. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado,
Fernando Henrique Iglesias, os produtores e cooperativas ainda apostam na
retenção como estratégia recorrente, focando na colheita e no escoamento da
soja. “Importante ressaltar que os trabalhos de colheita são prejudicados
pelas chuvas que atingem o Centro-Norte do país. Consumidores seguem ativos
buscando a melhor composição possível para seus estoques”.

* Nos portos de Paranaguá e Santos, os preços ficaram em R$ 32,00/33,00 a
saca de 60 quilos. No Paraná, a cotação ficou em R$ 29,00/30,00 a saca em
Cascavel. Em São Paulo, o preço esteve em R$ 32,00 a saca na Mogiana. Em
Campinas CIF, preço de R$ 36,00.

* No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 32,00/33,00 em Erechim. Em Minas
Gerais, preço em R$ 30,00/31,00 em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$
26,00/27,00, em Rio Verde. Em Mato Grosso, preço ficou entre R$ 17,00/20,00 a
saca em Rondonópolis.

Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS