MILHO: Chicago fecha mista à espera do relatório USDA de amanhã

Porto Alegre, 8 de junho de 2017 – A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT)
para o milho registrou preços mistos. Após reabrir e operar ao longo de boa
parte do dia com bons ganhos, o mercado passou a ser pressionado pelas
especulações em torno do relatório de oferta e demanda dos Estados Unidos, a
ser divulgado amanhã, às 13hs. A expectativa de ampla oferta global atuou como
fator negativo, enquanto o corte da safra nos EUA favoreceu os preços.

Para os estoques mundiais, a previsão para 2016/17 deve ser elevada de
223,9 milhões para 224 milhões de toneladas. Para 2017/18, o número deverá
passar de 195,3 milhões para 195,4 milhões de toneladas.

A aposta é de que o USDA indique um número de produção do Brasil de
96,5 milhões de toneladas. Em maio, o número ficou em 96 milhões de
toneladas. Para a Argentina, a previsão é de aumento. O mercado aposta em
elevação de 40 milhões para 40,3 milhões de toneladas.

Analistas e traders consultados pelas agências internacionais indicam
previsão de safra de 14,022 bilhões de bushels nos Estados Unidos, equivalente
a 356,2 milhões de toneladas. Em maio, a indicação era de 14,065 bilhões de
bushels ou 357,73 milhões de toneladas. Em 2016/17, os americanos colheram
15,148 bilhões ou 384,76 milhões.

O mercado projeta estoques 2016/17 de 2,284 bilhões de bushels, o
equivalente a 58,013 milhões de toneladas. Em maio, o USDA indicou estoques
em 2,295 bilhões de bushels ou 58,3 milhões de toneladas. Para 2017/18, o
Departamento deverá indicar estoques em 2,073 bilhões de bushels ou 52,65
milhões de toneladas. No mês anterior, o número ficou em 2,110 bilhões de
bushels ou 53,6 milhões de toneladas.

No início do dia, o mercado foi impulsionado por um movimento de compras
por parte de fundos. Pesou, também, a previsão de tempo quente e seco para os
próximos dias em regiões produtoras norte-americanas, que pode estressar as
lavouras recém cultivadas.

Os contratos de milho com entrega em julho de 2017 eram cotados a US$ 3,85
3/4, com alta de 1,00 centavo de dólar, ou +0,25%, em relação ao fechamento
anterior. A posição setembro de 2017 era cotada a US$ 3,93 1/2, por bushel,
ganho de 1,25 centavo, ou +0,31%.

Gabriel Nascimento (gabriel.antunes@safras.com.br) / Agência SAFRAS