Milho abre semana com cotações fracas no Brasil

   Porto Alegre, 13 de julho de 2020 – O mercado brasileiro de milho registrou preços fracos nesta segunda-feira, de estáveis a mais baixos. Como destaca o consultor de SAFRAS & Mercado, Paulo Molinari, a segunda-feira foi de difícil precificação no mercado de milho. As cotações seguem fracas nos portos. Apesar da alta do dólar, a Bolsa de Chicago voltou a despencar para o milho, pressionando as cotações.

    Porém, o interior ainda não absorveu estas perdas dos portos na mesma intensidade. Não ocorre até aqui maior pressão com a entrada da safrinha. Segue lenta a colheita no Paraná, Mato Grosso do Sul, Goiás e São Paulo. Os compradores tentaram puxar as cotações para baixo, mas o produtor está resistente, o que limitou baixas.

    No Porto de Santos, o preço ficou entre R$ 48,50 e R$ 51,00 a saca. No Porto de Paranaguá (PR), preço entre R$ 48,50 e R$ 51,00 a saca.

   No Paraná, a cotação ficou em R$ 46,00/47,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 48,00/50,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 50,00/52,00 a saca.

    No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 50,00/51,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 47,50/49,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 39,50 – R$ 41,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 36,00/38,00 a saca em Rondonópolis.

CHICAGO

   A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o milho fechou a sessão de hoje com preços acentuadamente mais baixos. O mercado foi pressionado pelo aumento das tensões entre Estados Unidos e China. Segundo informações de agências internacionais, o presidente norte-americano, Donald Trump, disse estar duvidoso sobre o avanço para a fase 2 do acordo comercial com os chineses devido à insatisfação com as medidas tomadas pelos asiáticos nos primeiros dias de surto de coronavírus, ainda que novas compras do cereal por parte da China tenham sido anunciadas na última sexta-feira.

   Outro fator que ajuda a pressionar as cotações são as chuvas registradas no cinturão produtor norte-americano, o que afasta a possibilidade de queda no  potencial produtivo das lavouras.

   As inspeções de exportação norte-americana de milho chegaram a 902.623 toneladas na semana encerrada no dia 9 de julho, conforme relatório semanal divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Analistas esperavam o número em 875 mil toneladas.

   Os contratos de milho com entrega em setembro fecharam a US$ 3,28 3/4, com baixa de 8,50 centavos, ou 2,52%, em relação ao fechamento anterior. A posição dezembro fechou a sessão a US$ 3,36 1/2 por bushel, recuo de 8,25 centavos de dólar, ou 2,39%, em relação ao fechamento anterior.

Câmbio

    O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 1,25%, sendo negociado a R$ 5,3900 para venda e a R$ 5,3880 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,3900 e a máxima de R$ 5,3930.

     Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) – Agência SAFRAS