MILHO: Abastecimento é preocupação no Brasil no próximo semestre – SAFRAS

    Porto Alegre, 30 de dezembro de 2020 – Acompanhe abaixo os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de milho na próxima semana. As dicas são do analista da SAFRAS Consultoria, Paulo Molinari.

– Quadro externo do milho alavancado por alguns fatores que eram previamente esperados, mas que vão se confirmando e sustentando preços

– Greve na Argentina encerrou-se no dia 30/12. Porém, o governo comunicou que está suspendendo as novas vendas de milho na exportação da safra velha, ou seja, até março

– O clima segue bastante irregular na safra de verão da América do Sul com a Argentina não tendo conseguido ainda fechar o plantio

– A Rússia bloqueou as exportações de trigo causando um impacto forte no mercado internacional de trigo. Além disso, o clima está seco no inverno russo

– Os preços na China superam os US$ 400/tonelada, o que sugere que poderá retomar importações a qualquer momento e de origem EUA, a única disponível

– Com estes fatores, o mercado norte-americano precifica a alta e a grande chance da China retomar importações

– No mercado interno, duas semanas lentas na comercialização, mas com algumas características claras

– No RS e SC aonde já poderia aumentar as ofertas de safra nova para janeiro e fevereiro, as indicações simplesmente não apareceram

– A pressão de venda pelo produtor nas demais regiões do país parece que foi confirmada apenas em dezembro. Agora, esta intenção de venda parece diminuir bastante para janeiro

– Os consumidores conseguiram aproveitar este movimento em novembro e dezembro e se posicionar para o curto prazo. Mas o retorno de compras em janeiro pode ser uma alavanca para preços

– A preocupação com o abastecimento do milho está para todo o primeiro semestre de 2021

– A partir do momento em que o movimento da colheita da soja aumentar, a situação de fluxo de milho será ainda mais difícil. Fretes, logística, produtor centrado na soja.

– A safrinha 21 deverá ser bem plantada, mas o forte da colheita somente ocorrerá em julho em diante, então temos um longo caminho para o abastecimento nos próximos seis meses.

     Gabriel Nascimento (gabriel.antunes@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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