MERCADO:Milho seguiu com preços bem sustentados nesta terça-feira no Brasil

O mercado brasileiro de milho manteve preços firmes nesta terça-feira, em dia fraco de negócios. Continua o problema para os compradores buscarem o seu abastecimento. O quadro segue bastante adverso em diversos estados. Além disso, a estiagem prolongada resultada em problemas nas lavouras, provocando quebras em muitas regiões, trazendo maior apreensão em relação à oferta.
Em Santos, o preço ficou na base de compra em R$ 35,50 para setembro, contra R$ 35,00 do dia anterior. Enquanto isso, em Paranaguá o preço médio esteve em R$ 34,50, contra R$ 34,00 de ontem. No Paraná, a cotação ficou em R$ 53,50 a saca em Cascavel, estável. Em São Paulo, o preço esteve em R$ 49,50 a saca na Mogiana, inalterado. Em Campinas CIF, a cotação ficou em R$ 52,00 a saca.
No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 56,00 a saca em Erechim, contra R$ 55,00 de ontem. Em Minas Gerais, preço em Uberlândia ficou em R$ 46,00 a saca, contra R$ 45,50 de ontem. Em Goiás, preço esteve em R$ 44,00/48,00 a saca. Em Mato Grosso, o preço ficou em R$ 38,00/43,00.

Chicago
A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o milho fechou as operações de hoje com preços acentuadamente mais altos. O mercado buscou suporte no relatório de oferta e demanda de maio do departamento de Agricultura dos Estados Unidos.
Para a temporada 2015/16, o USDA reduziu os estoques finais de 1,862 bilhão de bushels para 1,803 bilhão de bushels, enquanto o mercado esperava estoques de 1,825 bilhão de bushels. O USDA elevou a perspectiva de exportação de 1,65 bilhão de bushels para 1,725 bilhão de bushels em 2015/16, enquanto a utilização de milho para produção de etanol foi mantida em 5,250 bilhões de bushels.
Para a safra 2016/17, o USDA estimou a safra americana em 14,430 bilhões de bushels, acima dos 14,158 bilhões de bushels previstos pelo mercado. Os estoques finais de passagem foram estimados em 2,153 bilhões de bushels, abaixo dos 2,228 bilhões de bushels esperados pelo mercado. A produtividade média foi estimada em 168 bushels por acre, as exportações em 1,9 bilhão de bushels e o uso de milho para a produção de etanol de 5,3 bilhões de bushels.
A safra mundial 2015/16, foi prevista em 968,86 milhões de toneladas, contra 972,13 milhões do relatório de abril. Os estoques finais tiveram sua projeção reduzida de 208,91 milhões para 207,87 milhões de toneladas, enquanto o mercado projetava um estoque de 206,2 milhões de toneladas.
A brasileira foi reduzida de 84 milhões de toneladas para 81 milhões de toneladas, acima das 80,2 milhões de toneladas esperadas pelo mercado. A produção da Argentina foi reduzida de 28 milhões de toneladas para 27 milhões de toneladas, aquém das 27,4 milhões de toneladas previstas pelo mercado.
Para 2016/17, a safra global 2016/17 foi estimada em 1,011 bilhão de bushels. Os estoques finais foram projetados em 207,04 milhões de toneladas,abaixo das 210,4 milhões de toneladas esperadas pelo mercado.
Os contratos de milho com entrega em julho fecharam cotados a US$ 3,81, alta de 12,00 centavos de dólar em relação ao fechamento anterior. A posição setembro de 2016 finalizou cotada a US$ 3,82 3/4 por bushel, alta também de 11,75 centavos de dólar.

Câmbio
O dólar fechou em queda de 1,61%, cotado a R$ 3,4670, com fatores externos e internos pesando sobre a moeda. No externo, a menor aversão ao risco e no interno, a reversão do efeito Maranhão, que ontem agitou o mercado anulando o processo de impeachment. Hoje, o mercado voltou a normalidade com a retomada do processo.

Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência SAFRAS