MERCADO: Milho segue focado na quebra da safrinha e alta do dólar

Porto Alegre, 18 de maio de 2018 – O mercado interno de milho teve um dia
de modesta movimentação. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando
Henrique Iglesias, o foco dos agentes segue na quebra da safrinha e no avanço
do dólar. A última estimativa da SAFRAS & Mercado apontou para uma quebra de
aproximadamente 27% na safrinha.

Enquanto isso, o real não vislumbra perspectiva de reação no curto prazo,
no decorrer do dia o câmbio chegou a alcançar R$ 3,7770/US$ 1,00 exigindo
atuação do Banco Central. “Essas situações em específico moldam a
decisão de comercializar de produtores e cooperativas, que optam pela
retenção em momentos de incerteza”, disse Iglesias.

No porto de Santos, o preço ficou entre em R$ 42,00/44,00 a saca de 60
quilos para entrega na safrinha. No porto de Paranaguá, preço de R$ 41,50 a R$
43,50 No Paraná, a cotação ficou em R$ 39,00/41,00 a saca em Cascavel. Em
São Paulo, o preço esteve em R$ 42,00/43,00 a saca na Mogiana. Em Campinas
CIF, preço de R$ 44,00/45,00.

No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 43,00/45,00 em Erechim. Em Minas
Gerais, preço em R$ 37,00/38,00 em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$
35,00/36,00 em Rio Verde. Em Mato Grosso, preço ficou entre R$ 29,00/30,00 a
saca em Rondonópolis.

Chicago

A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o milho fechou com preços
acentuadamente mais altos. O mercado foi impulsionado pela notícia de que a
China encerrou uma investigação antidumping e contra os subsídios sobre o
sorgo importado dos Estados Unidos e retirou sobretaxas ao produto, na medida
em que os dois países negociam para chegar a um acordo para aliviar as tensões
comerciais. Tal decisão pode acabar favorecendo uma maior demanda para o
cereal norte-americano.

Os investidores também repercutiram as preocupações com o clima adverso
para a safrinha de milho do Brasil. A produção de milho safrinha no Brasil
deverá alcançar 48,767 milhões de toneladas em 2018, com uma quebra de
27,61% em relação às 67,368 milhões de toneladas colhidas na temporada
anterior. A projeção faz parte da estimativa divulgada hoje por SAFRAS &
Mercado e considera as perdas na produção decorrentes da estiagem que atingiu
importantes regiões produtoras do país.

Os contratos de milho com entrega em julho fecharam a US$ 4,02 1/2, baixa de
7,25 centavos de dólar, ou +1,83%, em relação ao fechamento anterior. A
posição setembro de 2018 fechou a US$ 4,11 por bushel, ganho de 7,50 centavos
ou +1,85%.

CÂMBIO

O dólar comercial fechou a negociação com alta de 1,05%, cotado a R$
3,7370 para a compra e a R$ 3,7390 para a venda. Durante o dia, a moeda
norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 3,7110 e a máxima de R$ 3,7770.

Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS