MERCADO: Milho registra preços firmes no Brasil nesta quinta-feira

Porto Alegre, 28 de março de 2019 – O mercado brasileiro de milho
registrou preços firmes nesta quinta-feira, de estáveis a mais altos. A
movimentação cambial e a projeção de clima seco no Paraná nas próximas
duas semanas resultaram em uma mudança comportamental entre os produtores,
que optaram por retrair a intenção de venda no oeste do estado. Os
consumidores ainda apontam para um posicionamento confortável em seus
estoques, indica o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias.

A movimentação cambial segue como grande ponto de virada para o mercado
nesta semana. Com a paridade superando a linha dos R$ 3,90/US$ 1,00, os
preços nos portos se tornaram mais interessantes, alterando o comportamento
dos produtores, que optaram por reduzir a fixação em vários estados.

No Porto de Paranaguá, o preço ficou em R$ 37,00/39,50 a saca. Em Santos,
o preço girou em torno de R$ 38,00/40,00 a saca.

No Paraná, a cotação ficou em R$ 33,00/34,00 a saca em Cascavel. Em São
Paulo, preço de R$ 38,00/39,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$
40,00/41,00 a saca.

No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 38,00/40,00 a saca em Erechim. Em
Minas Gerais, preço em R$ 35,50/36,50 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço
esteve em R$ 33,50/34,50 a saca em Rio Verde, no disponível. Em Mato Grosso,
preço ficou a R$ 30,00/31,00 a saca em Rondonópolis, para o disponível.

Chicago

A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o milho fechou com preços
mais altos. Em sessão marcada por grande volatilidade, o mercado oscilou entre
os territórios positivo – sustentado por preocupações com alagamentos em
lavouras do Meio-Oeste dos Estados Unidos, com chuvas que podem atrapalhar o
plantio do grão – e negativo – com sinais de melhora nas safras da América
do Sul.

As vendas líquidas norte-americanas de milho para a temporada comercial
2018/19, que tem início no dia 1o de setembro, ficaram em 904,500 toneladas na
semana encerrada em 21 de março. Representa um avanço de 6% frente à
semana anterior e fica 5% acima da média das últimas quatro semanas. O maior
importador foi a China, com 300.000 toneladas.

Para a temporada 2019/20, foram mais 85.400 toneladas. Os analistas
esperavam exportações entre 600 mil a 1 milhão de toneladas. As informações
são do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

Outros fatores que afetaram a variação do dia foram o relatório de área
plantada nos Estados Unidos desta sexta-feira (29), que pode indicar um aumento
de área no país e a espera de definições do encontro entre Estados Unidos e
China limitam a valorização.

Os contratos de milho com entrega em maio de 2019 fecharam a US$ 3,74, alta
de 0,25 centavo de dólar, ou 0,06%, em relação ao fechamento anterior. A
posição julho de 2019 fechou a US$ 3,83 3/4 por bushel, ganho de 0,25 centavo
de dólar, ou 0,06%, em relação ao fechamento da sessão anterior.

Câmbio

O dólar comercial encerrou a sessão em baixa de 0,98%, negociado a R$
3,9140 para a compra e a R$ 3,9160 para a venda. Durante o dia, a moeda
norte-americana oscilou entre a máxima de R$ 4,0180 e a mínima de R$ 3,9050.