MERCADO: Milho mantém preços firmes no Sul e Sudeste

Porto Alegre, 10 de maio de 2017 – O mercado brasileiro de milho teve uma
quarta-feira de manutenção de preços firmes no Sul e Sudeste. Segundo o
analista de SAFRAS & Mercado, Paulo Molinari, há uma maior acomodação no
mercado no Centro-Oeste do país.

Nos portos de Santos e Paranaguá, a referência ficou em R$ 29,50 a saca
para o disponível. No Paraná, a cotação ficou em R$ 25,00/27,00 a saca em
Cascavel. Em São Paulo, o preço esteve em R$ 26,00 a saca na Mogiana. Em
Campinas CIF, preço de R$ 29,00 a saca.

No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 27,00/28,00 em Erechim. Em Minas
Gerais, preço em R$ 25,00/26,00 em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$
20,00/21,00 em Rio Verde. Em Mato Grosso, preço ficou em R$ 16,50/19,00 a saca.

Chicago

A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o milho fechou as operações
hoje com preços mais altos. O mercado repercutiu os números divulgados hoje
no relatório de oferta e demanda de maio do Departamento de Agricultura dos
Estados Unidos (USDA).

O USDA previu que safra 2017/18 americana deve atingir 14,065 bilhões de
bushels, aquém do volume esperado pelo mercado, de 14,204 bilhões de bushels..
A produtividade média foi estimada em 170,7 bushels por acre. A área a ser
plantada foi estimada em 90 milhões de acres e a área a ser colhida em 82,4
milhões de acres. Os estoques finais de passagem foram estimados em 2,110
bilhões de bushels. As exportações foram indicadas em 1,875 bilhão de
bushels e o uso de milho para a produção de etanol foi previsto em 5,5
bilhões de bushels.

Para a safra 2016/17 dos Estados Unidos, o USDA estimou os estoques finais
de passagem em 2,295 bilhões de bushels. O USDA previu que safra 2016/17
americana deve atingir 15,148 bilhões de bushels, mesmo volume previsto em
abril. A produtividade média foi mantida em 174,6 bushels por acre. A área a
ser colhida segue estimada em 86,7 milhões de acres. As exportações foram
estimadas em 2,225 bilhões de bushels e o uso de milho para a produção de
etanol foi apontado em 5,450 bilhões de bushels.

A safra global 2017/18 foi estimada em 1.033,66 milhão de toneladas. Os
estoques finais da safra mundial 2016/17 foram projetados em 195,27 milhões de
toneladas, abaixo das 208,8 milhões de toneladas previstas pelo mercado. A
safra americana foi estimada em 357,27 milhões de toneladas. A estimativa de
safra brasileira foi apontada em 95 milhões de toneladas. A China deverá
produzir 215 milhões de toneladas. A Ucrânia teve sua projeção de safra
indicada em 28 milhões de toneladas. A produção da Argentina foi prevista em
40 milhões de toneladas. A África do Sul teve a safra apontada em 12,5
milhões de toneladas

Para a safra 2016/17, os estoques finais da safra mundial foram projetados
em 223,9 milhões de toneladas, acima das 223,7 milhões de toneladas indicadas
pelo mercado e das 222,98 milhões de toneladas indicadas em abril. A safra
global 2016/17 foi elevada de 1.053,76 milhão de toneladas para 1.065,11
milhão de toneladas. A estimativa de safra brasileira foi elevada de 93,5
milhões de toneladas para 96 milhões de toneladas, enquanto o mercado
trabalhava com uma perspectiva de 94,3 milhões de toneladas. A produção da
Argentina foi aumentada de 38,5 milhões de toneladas para 40 milhões de
toneladas, enquanto o mercado esperava volume de 38,5 milhões de toneladas.

Os contratos de milho com entrega em julho de 2017 fecharam cotados a US$
3,73 3/4, com alta de 7,25 centavos de dólar, ou +1,97%, em relação ao
fechamento anterior. A posição setembro de 2017 finalizou cotada a US$ 3,81
3/4 por bushel, ganho de 7,25 centavos, ou +1,93%.

Câmbio

O dólar comercial fechou a sessão em queda de 0,50%, cotado a R$ 3,1670
para compra e a R$ 3,1690 para venda. Durante o dia, a moeda norte-americana
oscilou entre a mínima de R$ 3,1540 e a máxima de R$ 3,1750.

Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência SAFRAS