MERCADO: Milho fecha semana com preços firmes no Brasil

Porto Alegre, 4 de maio de 2018 – O mercado brasileiro de milho fechou a
semana com preços firmes. O quadro geral ainda remete para um comportamento
mais tímido dos produtores e cooperativas. Segundo o analista de SAFRAS &
Mercado, Paulo Molinari, a decisão de venda segue influenciada pelas questões
climáticas e em relação à desvalorização do real na última semana. “O
Banco Central agiu para conter o processo de desvalorização, entretanto outras
moedas também se desvalorizam frente ao dólar, indício que o processo de
desvalorização pode ser retomado nos próximos dias”, comenta.

Nos portos de Paranaguá e Santos, os preços ficaram em R$ 40,00/40,50 a
saca de 60 quilos para entrega na safrinha. No Paraná, a cotação ficou em R$
38,00/40,00 a saca. Em São Paulo, o preço esteve em R$ 40,00 a saca na
Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 43,00.

No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 41,00/42,00 em Erechim. Em Minas
Gerais, preço em R$ 35,00 em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$
31,00/32,00 em Rio Verde. Em Mato Grosso, preço ficou entre R$ 24,00/28,00 a
saca em Rondonópolis.

Chicago

A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o milho fechou com preços
mais baixos. Os agentes acompanharam a queda dos mercados vizinhos – soja e
trigo – optaram por realizar lucros. Mas o balanço da semana é positivo, com
a posição julho subindo 1,96% na semana.

A sustentação dos preços no período é reflexo do atraso no plantio dos
Estados Unidos e das preocupações com o clima seco no Brasil, que deverá
comprometer a produção da segunda safra, apertando a oferta mundial do cereal.

Os contratos de milho com entrega em julho fecharam a US$ 4,06 1/4, baixa
de 1,75 centavo, ou 0,42%, em relação ao fechamento anterior. A posição
setembro de 2018 fechou a US$ 4,13 3/4 por bushel, baixa de 1,75 centavo ou
0,42%.

Câmbio

O dólar comercial fechou a negociação com baixa de 0,19%, cotado a R$
3,5220 para a compra e a R$ 3,5240 para a venda. Durante o dia, a moeda
norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 3,5150 e a máxima de R$ 3,5490.

Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência SAFRAS