Porto Alegre, 11 de dezembro de 2017 – O mercado brasileiro de milho
iniciou a semana apresentando poucas novidades. A lentidão ainda predomina em
grande parte do país. É importante ressaltar que os consumidores de maior
porte seguem com seus estoques confortavelmente posicionados, aponta o
analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias. Determinados
consumidores ainda encontram dificuldades e buscam acelerar as compras,
considerando a logística complicada a partir do dia 20. As negociações
realizadas se concentram na safrinha 2018.

No porto de Paranaguá, a cotação ficou em R$ 29,00/31,50 a saca de 60
quilos. No Porto de Santos, preço de R$ 30,00/32,00 a saca de 60 quilos. No
Paraná, a cotação ficou em R$ 27,50/28,50 a saca em Cascavel. Em São Paulo,
o preço esteve em R$ 29,50/30,50 a saca na Mogiana. Em Campinas CIF, preço
de R$ 32,00/33,00.

No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 31,00/32,00 em Erechim. Em Minas
Gerais, preço em R$ 31,00/32,00 em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$
25,00/26,00, em Rio Verde. Em Mato Grosso, preço ficou em R$ 17,00/21,00 a
saca em Rondonópolis.

Chicago

A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o milho fechou com preços
mais baixas. Os agentes buscaram um melhor posicionamento frente ao relatório
de dezembro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). A
previsão de chuvas para a segunda quinzena do mês na Argentina, aliviando o
estresse hídrico, ajudou a pressionar o mercado.

O Departamento deverá cortar a projeção de estoques finais de passagem
da safra dos Estados Unidos 2017/18 frente aos números indicados no mês
passado.

A previsão de analistas e traders consultados por agências internacionais
é que os estoques de passagem da safra 2017/18 dos Estados Unidos sejam
apontados em 2,477 bilhões de bushels, abaixo dos 2,487 bilhões de bushels
estimados no relatório de novembro. Na temporada anterior os estoques atingiram
2,295 bilhões de bushels.

Para a temporada 2017/18 a expectativa é de que os estoques globais sejam
indicados em 202,7 milhões de toneladas, abaixo das 203,9 milhões de toneladas
indicadas em novembro.

Para a safra mundial 2016/17, analistas e traders estimam que os estoques
sejam apontados em 226,4 milhões de toneladas, aquém das 226,6 milhões de
toneladas apontadas no relatório do mês passado.

Os contratos de milho com entrega em março eram cotados a US$ 3,49, baixa
de 3,75 centavos de dólar, ou 1,06% em relação ao fechamento anterior. A
posição maio de 2018 era cotada a US$ 3,57 1/4 por bushel, perda de 3,75
centavos, ou 1,03%, em relação ao fechamento anterior.

Câmbio

O dólar comercial fechou a negociação em alta de 0,06%, cotado a R$
3,2960 para compra e a R$ 3,2980 para venda. Durante o dia, a moeda
norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 3,2740 e a máxima de R$ 3,3040.

Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência SAFRAS