SOJA: Digerindo safra menor no Brasil, Chicago chega ao intervalo com ganhos moderados

Porto Alegre, 8 de fevereiro de 2024 – A sessão eletrônica da Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o complexo soja chega ao intervalo com preços mais altos para grão e óleo, e cotações mais baixas para farelo. Em mais uma sessão volátil, o mercado encontra suporte no corte da safra brasileira. De qualquer forma, a fraca demanda pelo produto norte-americano, com exportações semanais abaixo do esperado, limita o ímpeto comprador.

A produção brasileira de soja deverá totalizar 149,4 milhões de toneladas na temporada 2023/24,com recuo de 3,4% na comparação com a temporada anterior, quando foram colhidas 154,6 milhões de toneladas. A projeção faz parte do 5º levantamento de acompanhamento da safra brasileira de grãos, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). No relatório anterior, a previsão era de safra de 155,3 milhões de toneladas. Houve um corte de 3,8% entre um mês e outro.

As exportações líquidas norte-americanas de soja, referentes à temporada 2023/24, com início em 1º de setembro, ficaram em 340.800 toneladas na semana encerrada em 1 de fevereiro. A China liderou as importações, com 307.800 toneladas.

Para a temporada 2024/25, foram mais 9,2 mil toneladas. Analistas esperavam exportações entre 400mil e 1,025 milhão de toneladas, somando-se as duas temporadas. As informações foram divulgadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

Os investidores aguardam agora o relatório de oferta e demanda de fevereiro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado às 14 horas (horário de Brasília).

O USDA deverá elevar a sua estimativa para estoques finais e safra de soja em 2023/24 nos Estados Unidos. Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em estoques americanos de 282 milhões de bushels em 2023/24. Em janeiro, a previsão ficou em 280 milhões de bushels.

Em relação ao quadro de oferta e demanda mundial da soja, o mercado aposta em estoques finais 2023/24 de 112,9 milhões de toneladas, contra 114,6 milhões de toneladas estimadas em janeiro.

Para a safra do Brasil, a aposta é de que o número recue de 157 para 153 milhões de toneladas.

Para a Argentina, o mercado aposta em número de 50,8 milhões, acima dos 50 milhões indicados em janeiro.

Os contratos com vencimento em março de 2024 tinham preço de US$ 11,93 1/4 por bushel, ganho de 4,25 centavos de dólar por bushel ou 0,35%. A posição maio de 2024 era cotada a US$ 12,92 por bushel, valorização de 4,50 centavos de dólar por bushel ou 0,37%.

No farelo, março de 2024 tinha preço de US$ 351,10 por tonelada, retração de US$ 0,20 ou 0,05%. Já a posição março de 2024 do óleo era cotada a 47,17 centavos de dólar por libra-peso, avanço de 0,41 centavo de dólar por libra-peso ou 0,87%.

Rodrigo Ramos (rodrigo@safras.com.br) / Agência SAFRAS