SEMANA SOJA

Porto Alegre, 8 de novembro de 2024 A vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos deve ter impactos complexos no mercado de commodities agrícolas, especialmente devido a sua abordagem protecionista, o foco na política “America First” e a preferência por acordos bilaterais. A soja é um dos produtos que mais deve sofrer pela mudança no comando da maior economia do mundo.
“Se seu segundo mandato repetir as diretrizes anteriores, algumas dinâmicas específicas podem ser previstas”, avalia o analista e consultor de Safras & Mercado, Élcio Bento.

A “guerra comercial” com a China na gestão passada é um exemplo dos conflitos comerciais que podem ressurgir. Trump favoreceu renegociações de acordos multilaterais, como o NAFTA, e promoveu políticas que impactaram diretamente os mercados agrícolas, como a retirada do TPP (Trans-Pacific Partnership). “Durante a guerra comercial, por exemplo, a China reduziu suas compras de soja dos EUA e aumentou as importações do Brasil”, lembra o consultor. “Se tensões semelhantes voltarem a ocorrer, o Brasil e outros grandes exportadores de soja podem novamente beneficiar-se ao atender à demanda chinesa”, frisa.

Trump utilizou tarifas sobre produtos agrícolas para pressionar a China e defender a produção nacional, o que criou oscilações de preços globais. “Ao elevar tarifas e impor sanções, produtos como a soja e o milho americanos sofreram com quedas de preços”, pondera Bento.

“Além disso, os subsídios que Trump concedeu para mitigar perdas dos agricultores ajudaram a sustentar a competitividade dos produtos americanos, embora tenham gerado distorções temporárias nos mercados globais”, destaca. “O Brasil poderá se favorecer, sendo a principal alternativa de abastecimento para a potência asiática”, prevê.

Historicamente, governos republicanos tendem a favorecer um dólar mais fraco, o que aumenta a competitividade dos produtos americanos. “Favorece as exportações de commodities agrícolas dos EUA ao reduzir o preço em comparação a outras moedas, o que pode pressionar concorrentes como o Brasil e a Argentina”, justifica o analista.

A abordagem mais dura de Trump em relação ao Irã na última gestão, incluindo sanções e um posicionamento estratégico com Israel, pode indicar uma intensificação nas tensões com o retorno dele ao poder. “Caso sanções ao Irã aumentem, o mercado de petróleo e derivados poderia ser afetado, impactando custos logísticos para o setor agrícola”, explica o consultor. Trump também sugeriu uma disposição em resolver rapidamente o conflito Rússia-Ucrânia, possivelmente por meio de concessões que poderiam afetar a estabilidade geopolítica e o mercado global de grãos.

A postura combativa de Trump em negociações comerciais e as tensões com economias como a China e o Irã podem criar um clima de incertezas, influenciando o planejamento e a confiança dos investidores no setor de commodities. “Esta instabilidade pode resultar em volatilidade nos preços das commodities agrícolas, principalmente daquelas mais expostas ao comércio global, como soja e milho”, prevê Bento.

“Em suma, a nova gestão Trump, com características similares às de seu primeiro mandato, pode trazer volatilidade e reorganizações comerciais, impactando tanto os produtores americanos quanto os mercados internacionais”, finaliza.

Rodrigo Ramos (rodrigo@safras.com.br) / Safras News

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SEMANA SUINOS: Apesar de repasses mais difíceis, preços seguem subindo em setembro

Porto Alegre, 27 de setembro de 2024 – O mês de setembro foi positivo para a suinocultura brasileira, com altas tanto no preço do suíno vivo quanto nos principais cortes no atacado. Segundo o analista e consultor da Safras & Mercado, Allan Maia, apesar da alta, os repasses ficaram mais difíceis durante o mês.

   Maia pontua que a reposição entre atacado evoluiu bem na primeira quinzena e na segunda quinzena perdeu um pouco de força. “De qualquer modo, seguem as sinalizações de oferta equilibrada, o que traz otimismo para outubro”, disse.

   Além disso, a carne bovina, proteína concorrente, vem apresentando consistente movimento de alta, o que favorece o nível de atratividade da carne suína. O analista explica que a oferta de animais se mostrou ajustada frente a demanda dos frigoríficos em todo o mês.

   “Os frigoríficos adotaram certa cautela nas negociações do vivo, avaliando o quadro atacado, o que dificultou altas para o vivo independente. Por fim, a exportação brasileira de carne suína vem apresentando bom desempenho, considerando o gradual aumento do preço da tonelada”, conclui.

Preços

   Levantamento de Safras & Mercado apontou que o mercado de suíno vivo no Brasil registrou avanço nos preços entre 31 de agosto e 25 de setembro nas principais praças do país. A média depreços do Centro-Sul subiu 2,77%, passando de R$ 7,55 para R$ 7,76 por quilo.

    A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado, contudo, caiu 0,05%, passando de R$13,36 para R$ 13,35. A carcaça teve valorização de 0,19%, passando de R$ 12,83 para R$ 12,86.

   Em São Paulo, os preços CIF para frigoríficos saltaram de R$ 167,00 para R$ 168,00 por arroba, uma alta de 0,60%. No Rio Grande do Sul, os preços da integração subiram 5,98%, de R$ 5,85 para R$ 6,20 por quilo, enquanto no interior a alta foi de 1,24%, chegando a R$ 8,15 por quilo.

Santa Catarina apresentou comportamento semelhante, com a integração registrando aumento de 5,93%,para R$ 6,23 por quilo, e no interior subindo 1,22%, alcançando R$ 8,30 por quilo.

   A análise mensal de preços de Safras & Mercado também apontou para aumento em outros estados. No Paraná, os preços da integração tiveram avanço de 9,26%, atingindo R$ 5,90 por quilo. Em Mato Grosso do Sul, os preços na integração subiram 5,98%, para R$ 6,20 por quilo. Em Minas Gerais, o mercado independente registrou um aumento de 2,22%, com o preço subindo de R$ 9,00 para R$ 9,20 por quilo. Na integração do Mato Grosso, por fim, as cotações tiveram alta de 6,84%, alcançando o patamar de R$ 6,25 por quilo.

Exportações

   As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 176,138 milhões em setembro (15 dias úteis), com média diária de US$ 11,742 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 71,282 mil toneladas, com média diária de 4,752 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.471,0.

   Em relação a setembro de 2023, houve alta de 2,8% no valor médio diário, recuo de 3,4% na quantidade média diária e alta de 6,4% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Safras News

SEMANA BOI: Demanda aquecida e oferta limitada contribuem para forte alta dos preços em setembro

   Porto Alegre, 27 de setembro de 2024 – O mercado de boi gordo foi pautado por um forte movimento de alta nos preços da arroba no mês de setembro. De acordo com o analista Allan Maia, mesmo desembolsando valores mais pelos na compra de gado, a oferta de animais se mostrou mais limitada ao longo do mês por parte dos pecuaristas, o que impossibilitou um grande avanço nas escalas de abate.

   As escalas de abate neste final de setembro giram em torno de 7 dias úteis em todo o país. Em estados como São Paulo, as escalas de abate estão fechadas ao redor de 5 dias úteis.

   Maia afirma que a questão climática foi um ponto de atenção ao longo de todo o mês de setembro. A falta de chuvas em grande parte do país afetou a qualidade das pastagens. Assim, para atender a demanda de final de ano, em meio ao quadro de exportação recorde de carne bovina, haverá quase que uma total dependência da oferta de animais terminados nos confinamentos.

   O analista sinaliza que as exportações em bom nível contribuem para manter o quadro de disponibilidade de oferta doméstica equilibrado.

   Os preços da arroba do boi gordo na modalidade a prazo nas principais praças de comercialização do País estavam assim no dia 26 de setembro:

* São Paulo (Capital) – R$ 270,00 a arroba, alta de 10,2% frente aos R$ 245,00 registrados no final de agosto.

* Goiás (Goiânia) – R$ 260,00 a arroba, avanço de 10,64% perante os R$ 235,00 praticados no fechamento de agosto.

* Minas Gerais (Uberaba) – R$ 260,00 a arroba, aumento de 10,64% frente aos R$ 235,00 registrados no encerramento de agosto.

* Mato Grosso do Sul (Dourados) – R$ 270,00 a arroba, valorização de 8,00% frente aos R$ 250,00praticados no final do mês passado.

* Mato Grosso (Cuiabá) – R$ 235,00 a arroba, 6,82% acima dos R$ 220,00 registrados no encerramento de agosto.

* Rondônia (Vilhena) – R$ 245,00 a arroba, aumento de 19,51% em relação aos R$ 205,00 praticados no final de agosto.

Atacado

   Maia comenta que o mercado atacadista manteve preços bastante firmes ao longo do mês de setembro. Os cortes do dianteiro do boi registraram um aumento de 12,22% ao longo de setembro, passando de R$ 13,50 para R$ 15,50 o quilo. Já o quarto traseiro do boi subiu 10,56% ao longo do mês, passando de R$ 18,00 para R$ 19,90.

Exportações

   As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 884,925 milhões em setembro (15 dias úteis), com média diária de US$ 44,246 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 185,486 mil toneladas, com média diária de 12,365 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.478,30.

   Em relação a setembro de 2023, houve alta de 25,2% no valor médio diário da exportação, ganho de 26,8% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 1,3% no preço médio.

Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Safras News

SEMANA BOI: Escalas de abates mais curtas garantem boa alta nos preços da arroba pelo Brasil

   Porto Alegre, 16 de agosto de 2024 – O mercado de boi gordo foi pautado pela continuidade do movimento de alta nos preços da arroba por todo o Brasil ao longo da semana. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Iglesias, as escalas de abates dos frigoríficos seguem apertadas, o que pode contribuir para novos aumentos nos preços, embora de forma mais comedida.

   Vale lembrar que o mercado deve receber uma boa quantidade de animais confinados nos próximos meses, o que pode inviabilizar altas mais contundentes dos preços da arroba do boi gordo, trazendo maior conforto nas escalas de abates de frigoríficos de maior porte.

   Os preços da arroba do boi gordo na modalidade a prazo nas principais praças de comercialização do País estavam assim no dia 15 de agosto:

* São Paulo (Capital) – R$ 235,00 a arroba, alta de 0,86% frente aos R$ 233,00 registrados na semana passada.

* Goiás (Goiânia) – R$ 230,00 a arroba, estável frente ao fechamento da semana anterior.

* Minas Gerais (Uberaba) – R$ 225,00 a arroba, avanço de 0,90% frente aos R$ 223,00 da última semana.

* Mato Grosso do Sul (Dourados) – R$ 240,00 a arroba, valorização de 1,69% frente aos R$ 236,00 da semana passada.

* Mato Grosso (Cuiabá) – R$ 215,00 a arroba, 1,42% acima dos R$ 212,00 registrados na semana anterior.

* Rondônia (Vilhena) – R$ 191,00 a arroba, aumento de 1,60% em relação aos R$ 188,00 praticados na semana passada.

Atacado

   Iglesias comenta que o mercado atacadista manteve preços firmes, muito embora a perspectiva seja para menores movimentos de alta nos próximos dias, uma vez que a segunda metade do mês é pautada por um menor apelo ao consumo.

   Os cortes do dianteiro do boi fecharam a semana cotados a R$ 13,15 o quilo, com um avanço de 1,15% frente aos R$ 13,00 praticados no final da semana passada. Já o quarto traseiro do boi seguiu cotado a R$ 17,20 por quilo.

Exportações

   As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 315,915milhões em agosto (7 dias úteis), com média diária de US$ 45,084 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 71,371 mil toneladas, com média diária de 10,196 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.421,80.

   Em relação a agosto de 2023, há alta de 24,1% no valor médio diário da exportação, ganho de 26,6% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 2% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

   Uma boa notícia, conforme Iglesias, são os relatos de negociações internacionais apontando para uma elevação dos preços pagos pelas proteínas de origem animal do Brasil, confirmando uma tendência antecipada por Safras & Mercado no início do ano.

Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Safras News

SEMANA SUINOS: Com frigoríficos ativos e quadro de oferta ajustado, preços seguem subindo

Porto Alegre, 16 de agosto de 2024 – A semana registrou preços firmes tanto no quilo vivo quanto nos principais cortes de carne suína do atacado. Segundo o analista de Safras & Mercado, Allan Maia, o ambiente de negócios envolvendo o vivo segue com boa fluidez, com frigoríficos ativos nas compras e isso em meio a um quadro de oferta ajustada, o que mantém o viés positivo para a evolução das cotações.

   “A reposição entre atacado e varejo evoluiu dentro da normalidade, mas a tendência é de desaceleração até o fechamento do mês, considerando que o consumo deve ser afetado pelo processo de descapitalização das famílias”, destacou o analista.

   Maia pontuou que os cortes do frango e bovinos (substitutos/concorrentes) estão sustentados no momento, sendo fator positivo para o nível de atratividade de carne suína. “A disponibilidade doméstica de carne suína segue enxuta, com forte exportação contribuindo para esse quadro. Deste modo, os agentes carregam expectativas positivas para a curva de preços e margens”, ressaltou.

   Por fim, o analista explicou que os insumos da nutrição animal, como o milho e farelo de soja, estão andando com preços acomodados no interior do país na semana, trazendo também otimismo entre os suinocultores, que vislumbram por ampliação de margens.

Preços

   Levantamento de Safras & Mercado apontou que a média de preços do quilo do suíno vivo no país teve alta de 3,40% na semana, terminando em R$ 7,20. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado subiu de R$ 12,54 para R$ 12,97 (+3,48) e a média da carcaça teve avanço de 3,60%, atingindo R$ 12,06.

   A análise semanal de preços de Safras & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo subiu de R$ 152,00 para R$ 162,00. Na integração do Rio Grande do Sul, o quilo vivo seguiu em R$ 5,70 e no interior do estado subiu de R$ 7,30 para R$ 7,60.

   Em Santa Catarina, o preço do quilo na integração continuou em R$ 5,75 e no interior catarinense o preço foi de R$ 7,40 para R$ 7,65. No Paraná, o preço do quilo vivo registrou avanço de R$ 7,50 para R$ 7,70 no mercado livre e, na integração, ficou estável em R$ 5,35.

   No Mato Grosso do Sul, a cotação em Campo Grande subiu de R$ 6,90 para R$ 7,20 e, na integração, os preços ficaram em R$ 5,70. Em Goiânia, os preços cresceram de R$ 7,80 para R$ 8,30. No interior de Minas Gerais, os preços subiram de R$ 8,00 para R$ 8,50, no mercado independente, o avanço foi de R$ 8,20 para R$ 8,70. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis teve alta de R$ 6,95 para R$ 7,20 e, na integração do estado, seguiu em R$ 5,65.

Exportações

   As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 76,504 milhões em agosto (7dias úteis), com média diária de US$ 10,929 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 31,943 mil toneladas, com média diária de 4,563 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.395,00.

   Em relação a agosto de 2023, houve alta de 5,7% no valor médio diário, ganho de 5,0% na quantidade média diária e avanço de 0,7% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Safras News

SEMANA FRANGO: Expectativa de reposição lenta no curto prazo segue travando evolução dos preços

   Porto Alegre, 16 de agosto de 2024 – O mercado brasileiro de frango registrou preços estáveis para o vivo e para o atacado durante a semana. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, os agentes seguem sinalizando que a oferta está equilibrada. Contudo, há a expectativa de reposição um pouco mais lenta ao longo da cadeia no curto prazo.

   De acordo com Iglesias, os avicultores carregam expectativas positivas para as próximas semanas, considerando que os problemas relacionados ao caso de Newcastle estão sendo superados e, com isso, a exportação deve apresentar boa fluidez, também por conta do custo de produção, que evolui sem sobressaltos.

   Em relação ao mercado atacadista, o analista destaca que a semana prosseguiu apresentando preços firmes. “A reposição entre atacado e varejo tende a desacelerar, mesmo que de maneira comedida, até o fechamento do mês, acompanhando o consumo na ponta final e considerando o processo de descapitalização das famílias. Por outro lado, vale pontuar que os cortes do frango seguem bastante competitivos em termo de preços frente as concorrentes diretas (cortes bovinos e suínos), o que pode ajudar. A exportação vem apresentando ótimo ritmo, fator que ajuda no ajuste da disponibilidade doméstica”, concluiu.

Preços internos

   Segundo levantamento de Safras & Mercado, no atacado de São Paulo os preços dos cortes congelados de frango não tiveram mudanças ao longo da semana. O preço do quilo do peito teve estabilidade de R$ 9,30, o quilo da coxa de R$ 6,50 e o quilo da asa de R$ 9,25. Na distribuição, o preço do quilo do peito seguiu em R$ 9,50, o quilo da coxa em R$ 6,70 e o quilo da asa em R$ 9,50.

   Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário da semana também não apresentou alterações nas cotações durante a semana. No atacado, o preço do quilo do peito permaneceu em R$ 9,40, o quilo da coxa em R$ 6,60 e o quilo da asa em R$ 9,90. Na distribuição, o preço do quilo do peito continuou em R$ 9,60, o quilo da coxa em R$ 6,80 e o quilo da asa em R$ 9,60.

   O levantamento mensal realizado por Safras & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo seguiu em R$ 5,20 e, em São Paulo, em R$ 5,30.

   Na integração catarinense a cotação do frango permaneceu em R$ 4,25. Na integração do oeste do Paraná, a cotação seguiu em R$ 4,00 e, na integração do Rio Grande do Sul, em R$ 4,00.

   No Mato Grosso do Sul, o preço do quilo vivo do frango seguiu em R$ 5,00, em Goiás em R$ 5,05e, no Distrito Federal, em R$ 5,05. Em Pernambuco, o quilo vivo ficou em R$ 4,70, no Ceará em R$ 4,50 e, no Pará, em R$ 4,85.

Exportações

   As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 258,766 milhões em agosto (7 dias úteis), com média diária de US$ 36,966 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 145,164 mil toneladas, com média diária de 20,737 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.782,60.

  Em relação a agosto de 2023, houve ganho de 12,9% no valor médio diário, avanço de 18,6% na quantidade média diária e recuo de 4,8% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Safras News

SEMANA BOI: Preços seguem sustentados no Brasil; boa demanda na exportação é destaque

   Porto Alegre, 5 de julho de 2024 – O mercado de boi gordo registrou uma semana de preços sustentados, de estáveis a mais altos, nas principais praças de comercialização do Brasil. De acordo com o analista de Safras & Mercado, Fernando Iglesias, em alguns estados, como São Paulo, a semana foi marcada por alguns negócios acima da referência média, onde as escalas de abates permanecem encurtadas.

   Iglesias sinaliza que as condições para alta nos preços da arroba ainda são favoráveis, considerando o atual quadro de oferta, somado ao forte ritmo de embarques, com volumes impressionantes de carne bovina exportada ao longo de junho. A movimentação cambial torna a dinâmica de exportação ainda mais interessante, o que sugere pelo retorno do ágio para animais que cumprem os requisitos de exportação, sinaliza.

   Os preços da arroba do boi gordo na modalidade a prazo nas principais praças de comercialização do País estavam assim no dia 4 de julho:

* São Paulo (Capital) – R$ 228,00 a arroba, estável frente à semana passada.

* Goiás (Goiânia) – R$ 215,00 a arroba, inalterado frente ao fechamento da última semana.

* Minas Gerais (Uberaba) – R$ 215,00 a arroba, alta de 2,38% frente aos R$ 210,00 praticados na semana passada.

* Mato Grosso do Sul (Dourados) – R$ 215,00 a arroba, inalterado frente ao encerramento da semana anterior.

* Mato Grosso (Cuiabá) – R$ 211,00 a arroba, aumento de 0,48% frente aos R$ 210,00 praticados no encerramento da última semana.

* Rondônia (Vilhena)  R$ 183,00 a arroba, estável frente à última semana.

Atacado

   Iglesias destaca que o mercado atacadista apresentou preços firmes ao longo da semana e o ambiente de negócios ainda sugere movimentos de alta no curto prazo, considerando os efeitos da entrada dos salários na economia, motivando a reposição entre atacado e varejo. Ele acrescenta que a carne bovina mantém excelente competitividade na comparação com as proteínas concorrentes, em particular se comparada a carne de frango.

   O quarto traseiro do boi se manteve em R$ 17,00 por quilo. O quarto dianteiro do boi avançou de R$ 12,50 para R$ 13,00 por quilo.

Exportações

   As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 860,110 milhões em junho (20 dias úteis), com média diária de US$ 43,005 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 192,571 mil toneladas, com média diária de 9,628 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.466,50.

   Em relação a junho de 2023, houve baixa de 11,7% no valor médio diário da exportação, perda de 0,1% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 11,6% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Safras News

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SEMANA SUINOS: Negociações evoluem com boa fluidez, em meio a oferta de animais ajustada

   Porto Alegre, 5 de julho de 2024 – A semana registrou preços firmes tanto no quilo vivo quanto nos principais cortes de carne suína do atacado. Segundo o analista de Safras & Mercado, Allan Maia, as negociações envolvendo o vivo apresentaram boa fluidez, com frigoríficos ativos em meio a oferta de animais ajustada.

   De acordo com o analista, há expectativas positivas tanto para o consumo na ponta final como para a reposição entre atacado e varejo. “O cenário é favorável para as margens, considerando os preços firmes e a evolução do custo, sem sobressaltos. Outro ponto positivo no momento é a exportação, apresentando bons números, favorecendo o ajuste da disponibilidade doméstica”, concluiu.

Preços

   Levantamento de Safras & Mercado apontou que a média de preços do quilo do suíno vivo no país teve alta de 2,33% na semana, terminando em R$ 6,50. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado subiu de R$ 11,42 para R$ 11,79 (+3,19) e a média da carcaça teve avanço de 4,26%, atingindo R$ 10,85.

   A análise semanal de preços de Safras & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo subiu de R$ 136,00 para R$ 141,00. Na integração do Rio Grande do Sul, o quilo vivo aumentou de R$ 5,40 para R$ 5,50 e no interior do estado passou de R$ 6,60 para R$ 6,90.

   Em Santa Catarina, o preço do quilo na integração cresceu de R$ 5,40 para R$ 5,55 e no interior catarinense o preço foi de R$ 6,55 para R$ 6,85. No Paraná, o preço do quilo vivo registrou acréscimo de R$ 6,65 para R$ 6,80 no mercado livre e, na integração, ficou estável em R$ 5,35.

   No Mato Grosso do Sul, a cotação em Campo Grande teve alta de R$ 6,40 para R$ 6,50 e, na integração, os preços subiram de R$ 5,35 para R$ 5,45. Em Goiânia, os preços cresceram de R$ 6,90 para R$ 7,00. No interior de Minas Gerais, os preços tiveram elevação de R$ 7,30 para R$ 7,50 e, no mercado independente, o avanço foi de R$ 7,50 para R$ 7,60. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis foi de R$ 6,40 para R$ 6,50 e, na integração do estado, as cotações tiveram alta de R$ 5,30 para R$ 5,40.

Exportações

   As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 221,602 milhões em junho (20 dias úteis), com média diária de US$ 11,080 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 93,879 mil toneladas, com média diária de 4,694 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.360,50.

   Em relação a junho de 2023, houve queda de 10,6% no valor médio diário, baixa de 3,2% na quantidade média diária e retração de 7,6% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Safras News

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SEMANA FRANGO: Expectativa é positiva para curto prazo, enquanto oferta equilibrada mantém preços acomodados

   Porto Alegre, 5 de julho de 2024 – O mercado brasileiro de frango registrou preços acomodados para o vivo e para o atacado durante a semana. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, há sinalização de que a oferta está equilibrada, o que abre expectativas positivas para o curto prazo, considerando possível avanço da reposição ao longo da cadeia.

   “O alojamento segue como ponto de atenção, sendo variável importante para formação de preços futuros. O custo de produção evolui sem sobressaltos, mas vale atenção a evolução dólar”, disse o analista.

   De acordo com Iglesias, em relação ao mercado atacadista, a reposição entre atacado e varejo tende a avançar no decorrer da quinzena, considerando que a consumo na ponta final deve ser favorecido pela entrada de salários na economia. Por fim, o analista destaca que a forte volatilidade cambial segue como ponto de atenção.

Preços internos

   Segundo levantamento de Safras & Mercado, no atacado de São Paulo os preços dos cortes congelados de frango não tiveram mudanças ao longo da semana. O preço do quilo do peito teve estabilidade R$ 9,65, o quilo da coxa de R$ 6,75 e o quilo da asa em R$ 10,20. Na distribuição, o preço do quilo do peito seguiu em R$ 9,75, o quilo da coxa em R$ 6,85 e o quilo da asa em R$ 10,30.

   Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário da semana também apresentou alterações nas cotações durante a semana. No atacado, o preço do quilo do peito continuou em R$ 9,75, o quilo da coxa em R$ 6,85 e o quilo da asa em R$ 10,30. Na distribuição, o preço do quilo do peito permaneceu em R$ 9,85, o quilo da coxa em R$ 6,95 e o quilo da asa em R$ 10,40.

   O levantamento mensal realizado por Safras & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo seguiu em R$ 4,85, e em São Paulo, em R$ 5,00.

   Na integração catarinense a cotação do frango permaneceu em R$ 4,25. Na integração do oeste do Paraná, a cotação seguiu em R$ 4,00 e, na integração do Rio Grande do Sul, em R$ 4,00.

   No Mato Grosso do Sul, o preço do quilo vivo do frango seguiu em R$ 4,70, em Goiás em R$ 4,75 e, no Distrito Federal, em R$ 4,80. Em Pernambuco, o quilo vivo permaneceu em R$ 5,60, no Ceará em R$ 5,70 e, no Pará, em R$ 5,80.

Exportações

   As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 729,258 milhões em junho (20 dias úteis), com média diária de US$ 36,462 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 408,543 mil toneladas, com média diária de 20,427 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.785,00.

   Em relação a junho de 2023, houve baixa de 12,3% no valor médio diário, queda de 2,5% na quantidade média diária e recuo de 10,1% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Safras News

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SEMANA FRANGO: Sem tom definido, preços do vivo variam por região; cotações sobem no atacado

   Porto Alegre, 28 de junho de 2024 – O mercado brasileiro de frango registrou preços mistos durante o mês de junho, tanto para o vivo quanto no atacado. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Iglesias, alguns estados contam com oferta mais equilibrada do vivo, como em Minas Gerais e São Paulo, possibilitando o avanço dos preços.

   Por outro lado, de acordo com Iglesias, algumas integradoras disponibilizaram excedentes no mercado, e isso desequilibrou a região Sul. “Nordeste também esteve com excedente de oferta do vivo, com queda acentuada nos preços”, pontuou.

   Em relação ao atacado, Iglesias destaca que os cortes subiram no mercado paulista, com sinalização de oferta ajustada e demanda aquecida. “Os agentes de exportação carregam expectativas positivas para exportação, considerando o forte avanço do dólar frente ao real no decorrer do mês, o que torna a carne de frango brasileira ainda mais atrativa no mercado internacional”, conclui o analista.

Preços internos

   Segundo levantamento de Safras & Mercado, no atacado de São Paulo os preços dos cortes congelados de frango tiveram mudanças ao longo do mês. O preço do quilo do peito subiu de R$ 9,55 para R$ 9,65, o quilo da coxa de R$ 6,60 para R$ 6,75 e o quilo da asa de R$ 10,00 para R$ 10,20. Na distribuição, o preço do quilo do peito teve aumento de R$ 9,65 para R$ 9,75, o quilo da coxa de R$ 6,70 para R$ 6,85 e o quilo da asa de R$ 10,20 para R$ 10,30.

   Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário da semana também apresentou alterações nas cotações durante o mês. No atacado, o preço do quilo do peito teve alta de R$ 9,65 para R$ 9,75, o quilo da coxa de R$ 6,70 para R$ 6,85 e o quilo da asa de R$ 10,10 para R$ 10,30. Na distribuição, o preço do quilo do peito teve incremento de R$ 9,75 para R$ 9,85, o quilo da coxa de R$ 6,80 para R$ 6,95 e o quilo da asa de R$ 10,30 para R$ 10,40.

   O levantamento mensal realizado por Safras & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo subiu de R$ 4,85 para R$ 5,00 e, em São Paulo, de R$ 4,80 para R$ 5,00.

   Na integração catarinense a cotação do frango foi de R$ 4,40 para R$ 4,25. Na integração do oeste do Paraná, a cotação caiu de R$ 4,55 para R$ 4,00 e, na integração do Rio Grande do Sul, de R$ 4,70 para R$ 4,00.

   No Mato Grosso do Sul, o preço do quilo vivo do frango teve incremento de R$ 4,70 para R$ 4,75. Em Goiás a cotação teve aumento de R$ 4,75 para R$ 4,85 e, no Distrito Federal, de R$ 4,80 para R$ 4,90.

   Em Pernambuco, o quilo vivo teve desvalorização de R$ 5,60 para R$ 4,50, no Ceará de R$ 5,79 para R$ 4,40 e, no Pará, de R$ 5,80 para R$ 5,00.

Exportações

   As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 553,153 milhões em junho (15 dias úteis), com média diária de US$ 36,876 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 313,419 mil toneladas, com média diária de 20,894 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.764,90.

   Em relação a junho de 2023, houve baixa de 6,9% no valor médio diário, avanço de 4,7% na quantidade média diária e recuo de 11,1% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Safras News

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SEMANA SUINOS: Com oferta de animais ajustada, preços tem boa valorização

Porto Alegre, 28 de junho de 2024 – O mês de junho registrou boa valorização tanto do quilo vivo quanto dos principais cortes de carne suína no atacado, se comparados ao mês anterior. De acordo com o analista de Safras & Mercado, Allan Maia, o mercado se mostrou equilibrado ao longo de junho.

   De acordo com o analista, a oferta de animais foi se ajustando ao longo do mês, tanto que mesmo com retração da reposição ao longo da cadeia nos últimos dias, os preços do vivo continuaram firmes.

   “O custo de produção evoluiu com certa acomodação, sendo também favorável para as margens da atividade. O milho está em viés de queda, com expectativas em torno da safrinha”, explicou Maia.

   Por fim, Maia ressalta que a exportação está evoluindo bem, favorável para o ajuste da disponibilidade. “Assim como para o frango, há otimismo em torno dos embarques, considerando a forte valorização do dólar”, concluiu.

Preços

   Levantamento de Safras & Mercado apontou que a média de preços do quilo do suíno vivo no país avançou 7,07% no mês, passando de R$ 5,94 para R$ 6,36. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado subiu 10,28%, passando de R$ 10,36 para R$ 11,42. A carcaça teve valorização de 8,40%, passando de R$ 9,60 para R$ 10,41.

   A análise semanal de preços de Safras & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo teve alta de R$ 125,00 para R$ 136,00. Na integração do Rio Grande do Sul os preços permaneceram em R$ 5,40 e, no interior do estado, a alta foi de R$ 6,20 para R$ 6,60.

   Em Santa Catarina, o preço do quilo na integração ficou em R$ 5,40. No interior catarinense, o preço subiu de R$ 6,00 para R$ 6,55, no Paraná de R$ 6,05 para R$ 6,65 no mercado livre e na integração seguiu em R$ 5,35.

   No Mato Grosso do Sul, a cotação em Campo Grande avançou de R$ 5,90 para R$ 6,40 e na integração seguiu em R$ 5,35. Em Goiânia, o preço subiu de R$ 6,20 para R$ 6,90. No interior de Minas Gerais os preços tiveram aumento de R$ 6,60 para R$ 7,30 e, no mercado independente, os preços valorizaram de R$ 6,70 para R$ 7,50. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis teve incremento de R$ 5,90 para R$ 6,40 e, na integração do estado, os preços permaneceram em R$ 5,30.

Exportações

   As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 164,838 milhões em junho (15 dias úteis), com média diária de US$ 10,989 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 70,215 mil toneladas, com média diária de 4,681 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.347,60.

  Em relação a junho de 2023, houve queda de 6,9% no valor médio diário, alta de 1,3% na quantidade média diária e retração de 8,2% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Safras News

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SEMANA MILHO: Oferta surge com força e derruba cotações no Brasil em junho

   Porto Alegre, 28 de junho de 2024 – O mercado brasileiro de milho registrou queda nas cotações ao longo de junho. Segundo a Safras Consultoria, houve um aumento expressivo nas fixações de venda por parte dos produtores, que passaram o ofertar volumes do cereal da safra passada na tentativa de abrir espaços nos armazéns para recebimento da safrinha recentemente colhida.

   Já os consumidores atuaram com pouca força nas negociações em boa parte do mês, sinalizando tranquilidade em relação a estoques e esperando uma ampliação da disponibilidade de milho a preços mais baixos com o avanço da colheita.

   A paridade de exportação andou de lado ao longo de junho, mesmo com a forte valorização do dólar frente ao real, uma vez que o milho na Bolsa de Mercadorias de Chicago acabou pressionado com a boa expectativa de safra na temporada 2024/25, com um clima favorável ao desenvolvimento das lavouras.

   De acordo com a Safras Consultoria, nas próximas semanas as atenções do mercado deverão estar centradas no clima para o desenvolvimento das lavouras de milho nos Estados Unidos, bem como no andamento das exportações daquele país. No Brasil, os investidores seguirão atentos ao câmbio, uma vez que este poderá contribuir para uma maior competitividade do cereal do país no cenário exportador, caso o real siga perdendo força frente ao dólar.

Preços internos

   O valor médio da saca de milho no Brasil foi cotado a R$ 55,67 no dia 27 de junho, baixa de 3,08% frente aos R$ 57,33 registrados no fechamento de maio. Em comparação ao valor praticado no início de 2024, de R$ 70,06, a saca acumula uma desvalorização de 20,69% no decorrer do primeiro semestre.

   No mercado disponível ao produtor, o preço do milho em Cascavel, Paraná, foi cotado a R$ 55,00, queda de 8,33% frente aos R$ 60,00 praticados no fechamento de maio e de 14,06% perante os R$ 64,00 registrados no início de 2024.

   Em Campinas/CIF, a cotação baixou 9,23% ao longo de junho, de R$ 65,00 para R$ 59,00. Frente aos R$ 78,00 praticados no começo do 2024, a queda acumulada no primeiro semestre é de 24,36%. Na região da Mogiana paulista, o cereal foi cotado a R$ 55,00, retração de 8,33% frente aos R$ 60,00 no fechamento de maio e de 26,67% perante os R$ 75,00 registrados no começo do ano.

   Em Rondonópolis, Mato Grosso, a cotação da saca se manteve inalterada ao longo de junho frente aos R$ 42,00 praticados no fechamento de maio, mas acumulou baixa de 23,64% na comparação com os R$ 55,00 praticados no início de 2024.

   Em Erechim, Rio Grande do Sul, o preço seguiu em R$ 65,50 na venda ao longo de junho, sem mudanças ante o fechamento de maio, mas apontando queda de 9,03% frente aos R$ 72,00 praticados no início do ano.

   Em Uberlândia, Minas Gerais, o preço na venda seguiu em R$ 53,00 a saca ao longo de junho, inalterado frente ao fechamento de maio, embora 30,26% inferior na comparação com os R$ 76,00 registrados no começo de 2024.

   Em Rio Verde, Goiás, a cotação retrocedeu 8% desde o final de junho, passando de R$ 50,00 para R$ 46,00 na venda. Ao longo do primeiro semestre, a saca acumulou queda de 29,23% frente aos R$ 65,00 praticados no início de 2024.

Exportações

   As exportações de milho do Brasil apresentaram receita de US$ 128,382 milhões em junho (15 dias úteis), com média diária de US$ 8,558 milhões. A quantidade total de milho exportada pelo país ficou em 636,946 mil toneladas, com média de 42,463 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 201,60.

   Em relação a junho de 2023, houve baixa de 33,6% no valor médio diário da exportação, queda de 13,8% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 23% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Safras News

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SEMANA BOI: Valor da arroba reage um pouco em junho, mas ampla oferta impacta preço no primeiro semestre

Porto Alegre, 28 de junho de 2024 – O mercado de boi gordo sinalizou recuperação para os preços da arroba em alguns estados ao longo do mês de junho, em meio à escalada do dólar frente ao real. Mas o cenário ao longo do primeiro semestre se mostrou negativo para as cotações, segundo a avaliação do analista de Safras & Mercado, Fernando Iglesias.

   Iglesias destaca que o grande volume de animais abatidos nos seis primeiros meses do ano, com o descarte de fêmeas, levou a um forte declínio nos preços da arroba. O mercado começou 2024 com a arroba cotada em R$ 250,00, mas foi declinando até atingir patamares de R$ 215,00, em maio. Em junho o mercado até buscou uma acomodação, mas não a ponto de propiciar elevações expressivas nas cotações, explica.

   Há uma expectativa de que o mercado de boi gordo possa vir a ter um melhor cenário no segundo semestre, com o fator cambial sendo um fator positivo para a exportação de commodities. Ainda assim, a arroba não deve apresentar movimentos de alta muito contundentes até o final do ano, prospecta.

   Os preços da arroba do boi gordo na modalidade a prazo nas principais praças de comercialização do País estavam assim no dia 28 de junho:

* São Paulo (Capital) – R$ 225,00 a arroba, alta de 2,27% frente ao fechamento de maio, de R$ 220,00.

* Goiás (Goiânia) – R$ 210,00 a arroba, avanço de 6,60% perante ao encerramento do mês passado, de R$ 197,00.

* Minas Gerais (Uberaba) – R$ 210,00 a arroba, retração de 2,33% frente ao fechamento de maio, de R$ 215,00.

* Mato Grosso do Sul (Dourados) – R$ 215,00 a arroba, inalterado frente ao encerramento do mês passado.

* Mato Grosso (Cuiabá) – R$ 210,00 a arroba, aumento de 0,48% frente aos R$ 209,00 praticados no encerramento de maio.

* Rondônia (Vilhena)  R$ 183,00 a arroba, retração de 1,08% frente aos R$ 185,00 praticados no final do mês passado.

Atacado

   Iglesias destaca que o mercado atacadista não apresentou mudanças de preço ao longo do mês de junho, por conta da elevada disponibilidade de estoques. Havia uma expectativa de recuperação dos preços, que acabou não se confirmando na última semana do mês.

   O quarto traseiro do boi se manteve em R$ 17,00 por quilo. O quarto dianteiro do boi permaneceu cotado em R$ 12,50 por quilo.

Exportações

   As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 653,865 milhões em junho (15 dias úteis), com média diária de US$ 43,591 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 146,293 mil toneladas, com média diária de 9,752 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.469,50.

   Em relação a junho de 2023, houve baixa de 6% no valor médio diário da exportação, ganho de 6,3% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 11,6% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Safras News

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SEMANA BOI: Escalas confortáveis de abate limitam altas pelo Brasil

   Porto Alegre, 21 de junho de 2024 – O mercado físico de boi gordo registrou uma semana de cotações estáveis a mais altas nas principais praças de comercialização do Brasil.

   Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Iglesias, o mercado físico registrou um ou outro negócio acima da referência média, com a atual movimentação do câmbio gerando otimismo entre os pecuaristas, uma vez que a moeda brasileira voltou a flertar na linha dos R$ 5,50/dólar.

   Foram observadas altas no preço da arroba, especialmente em São Paulo. Contudo, a posição ainda confortável das escalas de abate nas demais praças, ainda foi um importante limitador para altas mais agressivas nos preços do boi gordo durante a semana.

   Os preços da arroba do boi gordo na modalidade a prazo nas principais praças de comercialização do País estavam assim no dia 20 de junho:

* São Paulo (Capital) – R$ 220,00 a arroba, alta de 2,33% frente à semana passada, de R$ 215,00.

* Goiás (Goiânia) – R$ 200,00 a arroba, avanço de 1,52% perante a semana anterior, de R$ 197,00.

* Minas Gerais (Uberaba) – R$ 208,00 a arroba, estável frente ao fechamento da última semana.

* Mato Grosso do Sul (Dourados) – R$ 210,00 a arroba, inalterado frente à última semana.

* Mato Grosso (Cuiabá) – R$ 210,00 a arroba, aumento de 0,48% frente aos R$ 209,00 da semana passada.

* Rondônia (Vilhena)  R$ 185,00 a arroba, sem mudanças frente à semana passada.

Atacado

   O mercado atacadista segue com inexpressiva movimentação de negócios e com preços acomodados em grande parte do mês, em um ambiente pautado pela grande quantidade de produto em estoque. Para Iglesias, é importante mencionar que a virada de mês será importante, oferecendo oportunidades para recuperação dos preços da carne no atacado.

   O quarto traseiro do boi se manteve em R$ 17,00 por quilo. O quarto dianteiro do boi permaneceu cotado em R$ 12,50 por quilo.

Exportações

   As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 433,219 milhões em junho (10 dias úteis), com média diária de US$ 43,321 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 97,254 mil toneladas, com média diária de 9,725 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.454,50.

   Em relação a junho de 2023, houve baixa de 6,6% no valor médio diário da exportação, ganho de 6% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 11,9% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Safras News

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SEMANA FRANGO: Com quadro de oferta adequado, reajustes nos preços podem ocorrer no curto prazo

Porto Alegre, 21 de junho de 2024 – O mercado brasileiro de frango registrou preços acomodados para o vivo e levemente mais altos no atacado durante a semana. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, as negociações seguiram evoluindo dentro da normalidade, com sinalizações que oferta está adequado, fator que pode favorecer reajustes no curto prazo.

   De acordo com o analista, o cenário atual é favorável para as margens da atividade, considerando que além de preços firmes do vivo, o custo da nutrição está acomodado. “O milho está em viés de queda no país, com agentes do mercado aguardando aumento da oferta, com avanço da colheita da safrinha”, afirmou.

   Quanto a Influenza aviária, Iglesias destacou que não houve novidades. São 166 focos da doença registrados no Brasil até o momento, sendo 163 em animais selvagens e apenas 3 focos da doença em aves de fundo de quintal.

   No mercado atacadista, a semana prosseguiu apresentando preços firmes, com sinalização de boa reposição entre atacado e varejo. “Contudo, o consumo na ponta final tende a perder um pouco de força até o fechamento do mês devido ao processo de descapitalização das famílias”, ressaltou. “O dólar forte frente ao real também está sendo positivo para exportação, tornando a carne de frango brasileira bastante competitiva no mercado internacional”, concluiu.

Preços internos

   Segundo levantamento de Safras & Mercado, no atacado de São Paulo os preços dos cortes congelados de frango tiveram mudanças ao longo da semana. O preço do quilo do peito teve alta de R$ 9,60 para R$ 9,65, o quilo da coxa de R$ 6,70 para R$ 6,75 e o quilo da asa seguiu em R$ 10,20. Na distribuição, o preço do quilo do peito aumentou de R$ 9,70 para R$ 9,75, o quilo da coxa de R$ 6,80 para R$ 6,85 e o quilo da asa continuou em R$ 10,30.

   Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário da semana também apresentou alterações nas cotações durante a semana. No atacado, o preço do quilo do peito subiu de R$ 9,70 para R$ 9,75, o quilo da coxa de R$ 6,80 para R$ 6,85 e o quilo da asa permaneceu em R$ 10,30. Na distribuição, o preço do quilo do peito teve elevação de R$ 9,80 para R$ 9,85, o quilo da coxa de R$ 6,90 para R$ 6,95 e o quilo da asa ficou em R$ 10,40.

   O levantamento mensal realizado por Safras & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo seguiu em R$ 4,85, e em São Paulo, subiu de R$ 4,80 para R$ 5,00.

   Na integração catarinense a cotação do frango caiu de R$ 4,40 para R$ 4,25. Na integração do oeste do Paraná, a cotação teve baixa de R$ 4,55 para R$ 4,00 e, na integração do Rio Grande do Sul, os preços foram de R$ 4,70 para R$ 4,00.

   No Mato Grosso do Sul, o preço do quilo vivo do frango seguiu em R$ 4,70, em Goiás em R$ 4,75 e, no Distrito Federal, em R$ 4,80. Em Pernambuco, o quilo vivo permaneceu em R$ 5,60, no Ceará em R$ 5,70 e, no Pará, em R$ 5,80.

Exportações

   As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 374,239 milhões em junho (10 dias úteis), com média diária de US$ 37,423 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 210,538 mil toneladas, com média diária de 21,053 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.777,50.

   Em relação a junho de 2023, houve baixa de 5,5% no valor médio diário, avanço de 5,5% na quantidade média diária e recuo de 10,5% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Safras News

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SEMANA SUINOS: Preços seguem firmes, refletindo oferta equilibrada

Porto Alegre, 21 de junho de 2024 – A semana registrou preços firmes tanto no quilo vivo quanto nos principais cortes de carne suína do atacado. Segundo o analista de Safras & Mercado, Allan Maia, as negociações envolvendo o vivo evoluíram dentro da normalidade, em um ambiente com oferta equilibrada, garantindo preços firmes.

   Maia ressaltou, contudo, que os frigoríficos começaram a mostrar alguma cautela, com expectativa em torno de desaceleração do consumo na ponta final e na reposição entre atacado e varejo. “Os suinocultores apontam que a oferta de animais deve seguir justa nos próximos dias e esperam pela continuidade na manutenção de preços”, pontuou.

   Por fim, o analista destacou que o dólar forte frente ao real, trabalhando próximo a casa dos R$ 5,44, traz otimismo no quesito exportação, tornando a carne suína brasileira bastante competitiva no mercado internacional.

Preços

   Levantamento de Safras & Mercado apontou que a média de preços do quilo do suíno vivo no país teve alta de 0,71% na semana, terminando em R$ 6,32. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado subiu de R$ 11,13 para R$ 11,42 (+2,63) e a média da carcaça teve avanço de 1,71%, atingindo R$ 10,40.

   A análise semanal de preços de Safras & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo subiu de R$ 134,00 para R$ 136,00. Na integração do Rio Grande do Sul, o quilo vivo continuou em R$ 5,40 e no interior do estado passou de R$ 6,50 para R$ 6,55.

   Em Santa Catarina, o preço do quilo na integração seguiu em R$ 5,40 e no interior catarinense o preço foi de R$ 6,40 para R$ 6,50. No Paraná, o preço do quilo vivo registrou acréscimo de R$ 6,45 para R$ 6,50 no mercado livre e, na integração, ficou estável em R$ 5,35.

   No Mato Grosso do Sul, a cotação em Campo Grande teve alta de R$ 6,35 para R$ 6,40 e, na integração, os preços seguiram em R$ 5,35. Em Goiânia, os preços continuaram em R$ 6,90. No interior de Minas Gerais, os preços permaneceram em R$ 7,30 e, no mercado independente, o avanço foi de R$ 7,40 para R$ 7,50. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis foi de R$ 6,35 para R$ 6,40 e, na integração do estado, as cotações tiveram estabilidade de R$ 5,30.

Exportações

   As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 111,916 milhões em junho (10 dias úteis), com média diária de US$ 11,191 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 47,708 mil toneladas, com média diária de 4,770 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.345,80.

   Em relação a junho de 2023, houve queda de 5,2% no valor médio diário, alta de 3,3% na quantidade média diária e retração de 8,2% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Safras News

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SEMANA BOI: Fator cambial afasta pecuaristas dos negócios e mercado sinaliza acomodação

   Porto Alegre, 14 de junho de 2024 – O mercado físico de boi gordo registrou uma semana de cotações mais acomodadas, de estáveis a mais baixas, nas principais praças de comercialização do Brasil. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Iglesias, a movimentação cambial ao longo da semana, com a valorização do dólar frente ao real, afastou os pecuaristas dos negócios, acreditando que os animais poderão trabalhar com um maior potencial de alta nos preços no curto prazo.

   Iglesias detalha que o fato de as exportações de carne bovina estarem superando totalmente as expectativas em 2024, com grande volume de produto embarcado, ajuda a evitar que o preço da arroba do boi venha a ter quedas ainda maiores, em um ano pautado pela significativa quantidade de animais ofertados no mercado.

   Os preços da arroba do boi gordo na modalidade a prazo nas principais praças de comercialização do País estavam assim no dia 13 de junho:

* São Paulo (Capital) – R$ 215,00 a arroba, estável frente à semana passada.

* Goiás (Goiânia) – R$ 197,00 a arroba, estável perante a semana anterior.

* Minas Gerais (Uberaba) – R$ 208,00 a arroba, queda de 0,95% frente aos R$ 210,00 do fechamento da última semana.

* Mato Grosso do Sul (Dourados) – R$ 210,00 a arroba, retração de 2,33% frente aos R$ 215,00 da semana passada.

* Mato Grosso (Cuiabá) – R$ 209,00 a arroba, sem mudanças frente à última semana.

* Rondônia (Vilhena)  R$ 185,00 a arroba, sem mudanças frente à semana passada.

Atacado

   Iglesias destaca que o mercado atacadista se deparou com preços acomodados no decorrer da semana e o ambiente de negócios ainda sugere por pouco espaço para reajustes no curto prazo. A primeira quinzena do mês foi pautada pela estagnação nos preços, muito embora a carne bovina tenha ganho competitividade no comparativo com a carne de frango, cujos preços avançaram no mercado doméstico.

   O quarto traseiro do boi se manteve em R$ 17,00 por quilo. O quarto dianteiro do boi permaneceu cotado em R$ 12,50 por quilo.

Exportações

   As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 258,467 milhões em junho (5 dias úteis), com média diária de US$ 51,693 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 57,944 mil toneladas, com média diária de 11,588 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.460,60.

   Em relação a junho de 2023, houve alta de 11,5% no valor médio diário da exportação, ganho de 26,3% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 11,7% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Safras News

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SEMANA SUINOS: Nível de oferta permanece equilibrado, sustentando preços

   Porto Alegre, 14 de junho de 2024 – A semana registrou preços mais altos tanto no quilo vivo quanto nos principais cortes de carne suína do atacado. Segundo o analista de Safras & Mercado, Allan Maia, os negócios envolvendo o vivo acontecem de maneira fluída em grande parte do país, como é o caso de São Paulo, em meio a um nível de oferta equilibrado.

   De acordo com o analista, há a sinalização que a reposição entre atacado e varejo está avançando bem e, com isso, os frigoríficos mostram uma postura mais ativa na compra do suíno. “O consumo na ponta final deve avançar bem nos próximos dias, mas pode perder um pouco de força a partir do dia 20, considerando o processo de descapitalização das famílias”, afirma.

   “Um ponto que merece atenção é a situação da carne bovina no país, que vem patinando devido a oferta elevada, fator que pode impactar a atratividade da carne suína, assim como a decisão de escolha da população”, pontua Maia.

   Em relação ao dólar, o fortalecimento da moeda está no radar dos agentes, chegando a ultrapassar a marca dos R$ 5,40 no dia. “O dólar mais forte é favorável para a exportação, tornando a carne suína brasileira mais competitivo no mercado global”, conclui o analista.

Preços

   Levantamento de Safras & Mercado apontou que a média de preços do quilo do suíno vivo no país teve alta de 3,96% na semana, terminando em R$ 6,04. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado subiu de R$ 10,50 para R$ 11,13 (+5,99) e a média da carcaça teve avanço de 4,14%, atingindo R$ 10,23.

   A análise semanal de preços de Safras & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo subiu de R$ 130,00 para R$ 134,00. Na integração do Rio Grande do Sul, o quilo vivo continuou em R$ 5,40 e no interior do estado passou de R$ 6,25 para R$ 6,50.

   Em Santa Catarina, o preço do quilo na integração seguiu em R$ 5,40 e no interior catarinense o preço foi de R$ 6,10 para R$ 6,40. No Paraná, o preço do quilo vivo registrou acréscimo de R$ 6,25 para R$ 6,45 no mercado livre e, na integração, ficou estável em R$ 5,35.

   No Mato Grosso do Sul, a cotação em Campo Grande teve alta de R$ 5,95 para R$ 6,35 e, na integração, os preços seguiram em R$ 5,35. Em Goiânia, os preços tiveram valorização de R$ 6,40 para R$ 6,90. No interior de Minas Gerais, os preços subiram de R$ 6,70 para R$ 7,30 e, no mercado independente, o avanço foi de R$ 6,90 para R$ 7,40. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis foi de R$ 5,90 para R$ 6,35 e, na integração do estado, as cotações tiveram estabilidade de R$ 5,30.

Exportações

   As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 53,648 milhões em junho (5 dias úteis), com média diária de US$ 10,729 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 23,166 mil toneladas, com média diária de 4,633 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.315,80.

   Em relação a junho de 2023, houve queda de 9,1% no valor médio diário, alta de 0,3% na quantidade média diária e retração de 9,7% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Safras News

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SEMANA FRANGO: Com boa evolução na reposição entre atacado e varejo, preços seguem acomodados

   Porto Alegre, 14 de junho de 2024 – O mercado brasileiro de frango registrou preços acomodados para o vivo e levemente mais altos no atacado durante a semana. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, a reposição entre atacado e varejo está evoluindo bem na quinzena, diante da expectativa de consumo aquecido na ponta final, considerando a capitalização das famílias.

   De acordo com Iglesias, um ponto que merece atenção é a situação da carne bovina no país, que vem patinando devido a oferta elevada, fator que pode impactar a atratividade da carne frango, assim como a decisão de escolha da população.

   “O dólar mais forte, que chegou a trabalhar na casa dos R$ 5,40 no dia, é fator que torna a carne de frango brasileira mais atrativa no mercado internacional. O alto fluxo de exportações é fundamental para o ajuste da disponibilidade doméstica”, afirmou o analista.

   Em relação ao mercado do frango vivo, a semana prosseguiu apresentando preços acomodados. Os negócios seguem ocorrendo com boa fluidez, com avanço da reposição ao longo da cadeia, mas sem abertura para reajustes.

   Iglesias pontuou que o setor deve prestar atenção no nível do alojamento de pintainho, fundamental para a formação de preços. “O custo de produção também é ponto que o mercado deve se atentar, considerando a forte valorização do dólar ocorrido nos últimos dias”, ressaltou.

Preços internos

   Segundo levantamento de Safras & Mercado, no atacado de São Paulo os preços dos cortes congelados de frango tiveram mudanças ao longo da semana. O preço do quilo do peito teve alta de R$ 9,55 para R$ 9,60, o quilo da coxa de R$ 6,60 para R$ 6,70 e o quilo da asa de R$ 10,00 para R$ 10,20. Na distribuição, o preço do quilo do peito aumentou de R$ 9,65 para R$ 9,70, o quilo da coxa de R$ 6,70 para R$ 6,80 e o quilo da asa de R$ 10,20 para R$ 10,30.

   Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário da semana também apresentou alterações nas cotações durante a semana. No atacado, o preço do quilo do peito subiu de R$ 9,65 para R$ 9,70, o quilo da coxa de R$ 6,70 para R$ 6,80 e o quilo da asa de R$ 10,10 para R$ 10,30. Na distribuição, o preço do quilo do peito teve elevação de R$ 9,75 para R$ 9,80, o quilo da coxa de R$ 6,80 para R$ 6,90 e o quilo da asa de R$ 10,30 para R$ 10,40.

   O levantamento mensal realizado por Safras & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo seguiu em R$ 4,85, e em São Paulo, em R$ 4,80.

   Na integração catarinense a cotação do frango ficou em R$ 4,40. Na integração do oeste do Paraná, a cotação seguiu em R$ 4,55 e, na integração do Rio Grande do Sul, os preços continuaram em R$ 4,70.

   No Mato Grosso do Sul, o preço do quilo vivo do frango ficou em R$ 4,70, em Goiás em R$ 4,75 e, no Distrito Federal, em R$ 4,80. Em Pernambuco, o quilo vivo permaneceu em R$ 5,60, no Ceará em R$ 5,70 e, no Pará, em R$ 5,80.

Exportações

   As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 205,192 milhões em junho (5 dias úteis), com média diária de US$ 41,038 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 118,873 mil toneladas, com média diária de 23,774 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.7261,10.

   Em relação a junho de 2023, houve alta de 3,6% no valor médio diário, avanço de 19,2% na quantidade média diária e recuo de 13,1% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Safras News

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CÂMBIO: Payroll acima do esperado turbina dólar

  São Paulo, 7 de junho de 2024 – O dólar opera em sólida alta, com direção definida. A moeda segue refletindo o payroll, divulgado nesta manhã.

  O relatório de emprego mostrou que foram criadas 272 mil vagas em maio ante projeções de 185 mil, enquanto o salário médio por hora saltou 4,1%, acima das projeções de +3,9%. O desemprego, contudo, ficou levemente abaixo do esperado (4,0% ante expectativas de 3,9%).

  O sócio da Pronto! Invest Vanei Nagem, entende que o patamar do dólar, a curto prazo, deve ficar entre R$ 5,25 e R$ 5,30, além de ver que as chances de dois cortes nos juros estadunidenses, em 2024, cada vez menores.

  Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura Investimentos, disse que há divergências dentro do relatório de emprego dos Estados Unidos e a probabilidade de cortar juros só em dezembro.

   “Há três meses o payroll dá argumentos para os dois lados, criação de empregos favorece a visão que mercado de trabalho está aquecido e que o Fed não vai conseguir cortar [os juros] como o mercado espera, por outro lado a gente olha a taxa de desemprego está em alta, mas o mercado reduziu a probabilidade de mais cortes em 2024. Os salários voltaram a subir e gente tem uma discussão pro Fed hoje que é o quanto o mercado de trabalho contamina o salário e a inflação. Nos últimos meses os salários estavam tranquilos e dessa vez não aconteceu. O que importa mais é o salário. Com este payroll, o Fed só deve cortar no final do ano”. Para o analista da Potenza Capital Bruno Komura, “o número veio bem forte, e mostra o mercado de trabalho aquecido, apesar do desemprego. Isso jogou um balde de água fria”.

  Komura, porém, entende que um corte dos juros nos Estados Unidos, em 2024, ainda segue no radar do mercado.

  Por volta das 15h58 (horário de Brasília), o dólar operava em alta de 1,02% cotado a R$ 5,3038 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em julho de 2024 avançava 0,83%, cotado a R$ 5,314,00.