SEMANA SUINOS: Primeira quinzena de abril tem alta pontual nos preços

Porto Alegre, 14 de abril de 2023 – A primeira quinzena de abril teve uma alta pontual nos preços tanto no quilo vivo quanto nos principais cortes de carne suína do atacado. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia, os negócios envolvendo o vivo continuaram acirrados na semana. “Os frigoríficos estão adotando postura comedida e reticentes quanto a preços, avaliando que os cortes no atacado não conseguem encontrar espaço para grande recuperação.

   De acordo com o analista, os suinocultores apontam que a demanda por animais vem apresentando ligeira melhora. “Os agentes de mercado seguem carregando expectativas positivas para a demanda na ponta final e reposição nos próximos dias, contudo, vale pontuar que o processo de descapitalização das famílias tende a impactar negativamente até o fechamento do mês”, ressaltou.

   Maia explica que os preços do milho continuam pressionados no país, com uma postura retraída dos consumidores e aumento dos volumes ofertados pelos produtores, o que beneficia o setor de carne suína. “Apesar da queda do custo da nutrição animal, as margens dos suinocultores permanecem deterioradas, deste modo, o ajuste produtivo se mostra necessário para que ponto de equilíbrio seja encontrado.”

Preços

   Levantamento de SAFRAS & Mercado apontou que a média de preços do quilo do suíno vivo no país avançou 1,19% na semana, passando de R$ 6,04 para R$ 6,11. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado subiu de R$ 10,64 para R$ 10,71, alta de 0,27%, e a média da carcaça aumentou de R$ 9,61 para R$ 9,62.

  A análise semanal de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo teve alta de R$ 122,00 para R$ 128,00. Na integração do Rio Grande do Sul, o quilo vivo continuou em R$ 5,70. No interior do estado, caiu de R$ 6,50 para R$ 6,40.

  Em Santa Catarina, o preço do quilo na integração teve estabilidade de R$ 5,70. No interior catarinense, a cotação aumentou de R$ 6,30 para R$ 6,35. No Paraná, o quilo vivo se valorizou de R$ 6,30 para R$ 6,35 no mercado livre, enquanto na integração o quilo vivo continuou em R$ 5,30.

   No Mato Grosso do Sul, a cotação em Campo Grande cresceu de R$ 5,60 para R$ 5,70 e na integração permaneceu em R$ 5,60. Em Goiânia, o preço progrediu de R$ 6,20 para R$ 6,30. No interior de Minas Gerais, o quilo do suíno teve incremento de R$ 6,50 para R$ 6,70. No mercado independente o preço teve valorização de R$ 6,70 para R$ 6,80. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis teve alta de R$ 5,55 para R$ 5,70. Já na integração do estado, o quilo vivo continuou em R$ 5,60.

Exportações

   As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 69,872 milhões em abril (4 dias úteis), com média diária de US$ 17,468 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 27,917 mil toneladas, com média diária de 6,979 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.502,80.

   Em relação a abril de 2022, houve alta de 83,4% no valor médio diário, ganho de 62,6% na quantidade média diária e avanço de 12,8% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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