SEMANA SUINOS: Preços tem alta predominante, com maior fluidez na reposição

   Porto Alegre, 9 de fevereiro de 2024 – A semana registrou preços de estáveis a mais altos tanto no quilo vivo quanto nos principais cortes de carne suína do atacado. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia, a reposição entre atacado e varejo no país vem apresentando maior fluidez se comparado a janeiro, com expectativas positivas em relação ao consumo, devido a capitalização das famílias na quinzena e pelos preços atrativos.

   De acordo com ele, isso faz com que os frigoríficos avancem na compra do suíno vivo, ajustando estoques. “Isso em meio a um quadro de oferta de animais um pouco mais equilibrada, favorecendo os preços”, pontua.

   “Contudo, passado a primeira quinzena, os espaços para altas tendem a ser mais difíceis, com arrefecimento da carne na ponta final e estoques posicionados. Uma das grandes preocupações da indústria neste momento é o preço da tonelada exportada, que não consegue encontrar espaço para recuperações, nos menores patamares em quase dois anos”, conclui.

Preços

   Levantamento de SAFRAS & Mercado apontou que a média de preços do quilo do suíno vivo no país tiveram alta de 6,37% na semana, terminando em R$ 6,03. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado e a média da carcaça subiram, respectivamente, 10,58% e 4,19%, atingindo os patamares de R$ 9,86 e R$ 10,66.

   A análise semanal de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo subiu de R$ 116,00 para R$ 128,00. Na integração do Rio Grande do Sul, o quilo vivo teve aumento de R$ 5,15 para R$ 5,20 e no interior do estado de R$ 5,95 para R$ 6,15.

   Em Santa Catarina, o preço do quilo na integração seguiu em R$ 5,10 e no interior catarinense teve alta de R$ 5,75 para R$ 6,10. No Paraná, o preço do quilo vivo também registrou alta de R$ 5,80 para R$ 6,20 no mercado livre e, na integração, ficou estável em R$ 5,30.

   No Mato Grosso do Sul, a cotação em Campo Grande teve elevação de R$ 5,55 para R$ 6,00. Na integração, os preços ficaram estáveis em R$ 5,15 e, em Goiânia, os preços subiram de R$ 6,10 para R$ 6,50. No interior de Minas Gerais, os preços tiveram valorização de R$ 6,30 para R$ 6,80 e, no mercado independente, de R$ 6,40 para R$ 7,00. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis passou de R$ 5,50 para R$ 5,90 e, na integração do estado, seguiu em R$ 5,05.

Exportações

   As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 182,840 milhões em janeiro (22 dias úteis), com média diária de US$ 8,310 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 83,796 mil toneladas, com média diária de 3,808 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.182,00.

   Em relação a janeiro de 2023, houve baixa de 7,6% no valor médio diário, ganho de 4,8% na quantidade média diária e queda de 11,8% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.