SEMANA FRANGO: Setor teve equilíbrio entre oferta e demanda em março

   Porto Alegre, 31 de março de 2023 – O mercado brasileiro de frango encerra o mês de março com leve avanço nas cotações dos principais cortes negociados no atacado e distribuição. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia, “o frango vivo, por sua vez, ficou estável durante o mês. O mercado está carregado de boa expectativa para a primeira quinzena de abril, por conta da tendência de posição mais favorável ao rumo da cadeia, pois pode ajudar os preços.”

   De acordo com Maia, há um certo equilibrio entre oferta e demanda. “O mercado acha que pode acontecer uma reação, apesar de fazer muito tempo que os preços estão estacionados”, disse.

   Em relação a demanda para os cortes, o analista pontua que “também tendem a evoluir bem, com a entrada dos salários na economia”. As exportações brasileiras devem manter bom nível.

   “Assim como para o suíno, o custo de nutrição está diminuindo devido a recente queda dos preços do milho e farelo. Isso é favorável para o setor”, finaliza Maia.

Exportações

   As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 744,589 milhões em março (18 dias úteis), com média diária de US$ 41,366 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 397,163 mil toneladas, com média diária de 22,064 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.874,80.

   Em relação a março de 2022, houve alta de 29,9% no valor médio diário, ganho de 26,2% na quantidade média diária e avanço de 2,9% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

Preços internos

   De acordo com levantamento de SAFRAS & Mercado, no atacado de São Paulo os preços dos cortes congelados de frango tiveram alta ao longo do mês. O preço do quilo do peito teve alta de R$ 6,80 para R$ 7,20, o quilo da coxa de R$ 6,50 para R$ 6,60 e o quilo da asa se manteve em R$ 10,60. Na distribuição, o preço do quilo do peito teve avanço de R$ 7,00 para R$ 7,40, o quilo da coxa de R$ 6,70 para R$ 6,80 e o quilo da asa continuou em R$ 10,80.

   Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário mensal também foi de aumento nas cotações. No atacado, o preço do quilo do peito subiu de R$ 6,90 para R$ 7,30, o quilo da coxa de R$ 6,60 para R$ 6,70 e quilo da asa permaneceu em R$ 10,70. Na distribuição, o preço do quilo do peito avançou de R$ 7,10 para R$ 7,50, o quilo da coxa de R$ 6,80 para R$ 6,90 e o quilo da asa teve estabilidade de R$ 10,90.

   O levantamento mensal realizado por SAFRAS & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo se manteve em R$ 5,00 e em São Paulo em R$ 4,90.

   Na integração catarinense a cotação do frango continuou em R$ 4,10, na integração do oeste do Paraná em R$ 5,00 e na integração do Rio Grande do Sul em R$ 4,80.

   No Mato Grosso do Sul, o preço do quilo vivo do frango teve estabilidade de R$ 5,05, em Goiás de R$ 5,00 e no Distrito Federal de R$ 5,00. Em Pernambuco, o quilo vivo se manteve em R$ 5,50, no Ceará em R$ 5,50 e, no Pará, em R$ 5,60.

Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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