São Paulo, 17 de abril de 2024 – O presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, afirmou em entrevista ao IMF sobre a resiliência da economia em tempos difíceis que o Brasil foi um dos poucos países a realizar reformas durante a pandemia. E o Brasil fez reformas de seguridade social, do trabalho, para mover a burocracia e estamos falando de uma reforma fiscal. O Brasil é um país que fez muito a sua lição de casa.

Segundo ele, é necessário continuar fazendo reformas apesar da capacidade de melhorar a parte da cadeia de abastecimento da economia.

Para entendemos o que aconteceu é preciso voltar um pouco no tempo. O país fez um grande esforço para seguir em direção aos planos de enfrentar a COVID-19, o que, segundo Campos Neto, significou um grande gasto e esforço monetário por parte do Banco Central.

O que saiu disso foi um processo inflacionário que alguns achavam que era transitório mas provou não ser tão transitório, disse. Movemos de uma lentidão para um período de incertezas. Temos uma dívida muito maior, e as políticas fiscais são mais custosas. Iremos a uma fase em que as pessoas falam mais sobre inflação e isso tem um impacto sobre o mercado emergente. A pergunta é como você se prepara para isso?, completou Campos Neto.

O presidente também ressaltou a capacidade agrícola e limpa do país. Você vê um fluxo que está produzindo comida de forma mais limpa. Esperamos que refazendo as cadeias de abastecimento nós teríamos uma posição de vantagem porque o Brasil tem uma enorme capacidade de produzir energia limpa, um enorme mercado de trabalho e forças internas enormes. Temos muito mais potencial do que temos tido até agora, colocou.