CÂMBIO: Dólar cai 1% no menor valor em quase um mês; na semana, recua 2,24%

   Porto Alegre, 06 de dezembro de 2019 – O dólar comercial fechou em queda de 1,02% no mercado à vista, cotado a R$ 4,1460 para venda, no menor de valor de fechamento desde 8 de novembro, quando encerrou a R$ 4,1420, refletindo o otimismo local ao longo da semana após indicadores mostrarem recuperação gradual da economia. Na sessão, correção e fluxo local levaram a divisa a renovar mínimas sucessivas na segunda parte dos negócios. Na semana, o dólar recuou 2,24% e pela segunda vez no ano, a moeda caiu nas cinco sessões.

   “A moeda engatou uma trajetória de forte queda reagindo ao bom humor dos investidores locais e estrangeiros. O contentamento do investidor frente à pontual calmaria na disputa comercial entre Estados Unidos e China contribuiu para investidores assumirem risco”, comenta o analista da Correparti, Ricardo Gomes Filho.

  O destaque da sessão foi o relatório de emprego dos Estados Unidos, o payroll, com a criação de 266 mil vagas em novembro, ante expectativa de 183,5 mil postos de trabalho, enquanto a taxa de desemprego recuou a 3,5%.

  Para o economista da Tendências Consultoria, Sílvio Campos, o resultado do payroll reforça a percepção de pausa no processo de corte dos juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) após três quedas consecutivas. “Na próxima semana, será importante observar a atualização das projeções econômicas do Fed, com destaque para a expectativa para o patamar dos juros no fim de 2020”, destaca.

   Na próxima semana, tem as decisões de política monetária do Fed e do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) no qual deverá cortar a taxa básica de juros (Selic) em 0,50 ponto percentual (pp) indo ao piso histórico de 4,50% ao ano. O analista da corretora Mirae Asset, Pedro Galdi, destaca, porém, que o principal destaque na próxima semana será o “fluxo de notícias” sobre o acordo comercial entre Estados Unidos e China.

   “Vale destacar que no dia 15 está previsto o início da cobrança de novas tarifas sobre produtos da China. Isso faz com que se espere que a assinatura do acordo aconteça antes da data”, comenta. Já a agenda de indicadores trará importantes números da balança comercial da China na abertura dos negócios na segunda-feira, além de vendas no varejo no País, e inflação nos Estados Unidos e na China.

     As informações partem da Agência CMA.