Porto Alegre, 18 de setembro de 2020 – Acompanhe abaixo os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de milho na próxima semana. As dicas são do analista da SAFRAS Consultoria, Paulo Molinari.
– Colheita da safra norte-americana tem início
– Clima do final de agosto e setembro, mais seco em Iowa e Illinois não tem influencia sobre as lavouras de milho já em fase final de maturação
– Serão 378 milhões de que chegam ao mercado local nos próximos 45 dias
– Algum efeito para os preços pode ser esperado na medida em que a colheita avance
– Contudo, há fatores externos como as altas na Ucrânia, Brasil e Argentina, o que pode carregar a demanda global para o milho norte-americano, ajudando a CBOT
– Há uma forte discussão sobre o fluxo de compras da China atual e futuro. Quadros de oferta e demanda dispersos, inconsistentes e sem trazer um horizonte concreto
– O que há de fato, é que os preços na China continuam subindo mesmo em um período de colheita e isto é relevante
– No Brasil, a safrinha finalizou a sua colheita, praticamente
– As pressões que tinham que ocorrer com o final da colheita e vendas mais fortes de balcão já ocorreram. É possível ainda que tenhamos algum surto vendedor até janeiro pelo fato do produtor somente ter milho nos armazéns
– Desta forma, o mercado interno poderá viver de pequenas ondas calibradas pela decisão de venda pelo produtor em determinados momentos nos próximos 4 meses o foco agora é o plantio. As chuvas foram boas no RS na semana. Mas praticamente não existiram nas demais regiões do país. Há alguma previsão para o final do mês.
– Porém, o La Niña começa a confirmar a sua presença com possível atraso de chuvas e consequentemente do plantio do verão
– E este perfil traz uma sequência de acontecimentos para o milho, desde o atraso da safra de verão como de um potencial atraso da safrinha 21
– As exportações seguem sustentadas em 6,3 milhões de toneladas em embarques em setembro e já dispõe de 1,5 milhão de toneladas para outubro
– As folgas de oferta no mercado interno vão sendo viabilizadas apenas nos momentos de pressão de venda pelo produtor e de forma pontual
– Há um longo caminho de abastecimento para o milho até julho de 2021.
Gabriel Nascimento (gabriel.antunes@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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