Porto Alegre, 4 de maio de 2018 – Acompanhe abaixo os fatos que deverão
merecer a atenção do mercado de milho na próxima semana, com destaque para
o clima nos Estados Unidos, além da espera pelo relatório de oferta e demanda
do Departamento de Agricultura do país. As dicas são do analista da SAFRAS
Consultoria, Fernando Henrique Iglesias.
– O mercado norte-americano segue centrado nas questões climáticas,
ressaltando que o trabalho de campo segue mais lento se comparado a anos
anteriores
– Estes movimentos tendem a perdurar até meados de agosto, considerando que
o verão norte-americano marca o período de floração e de polinização do
milho
– Com este cenário delimitado é natural que o relatório apontando o avanço
do plantio divulgado toda segunda-feira pelo USDA seja altamente relevante para
a formação de tendência de curto e de médio prazo
– Por sua vez, o mercado também aguarda o relatório de Oferta e Demanda
divulgado pelo USDA no próximo dia 10, este será um importante norte para o
mercado no curto e no médio prazo.
– O quadro geral ainda remete há um comportamento mais tímido dos produtores
e cooperativas, a decisão de venda segue influenciada pelas questões
climáticas e em relação a desvalorização do real na última semana
– O Banco Central agiu para conter o processo de desvalorização, entretanto
outras moedas também se desvalorizam frente ao dólar, indício que o processo
de desvalorização pode ser retomado nos próximos dias
– No mercado doméstico os principais consumidores voltam a conviver com
estoques encurtados, sinal que as estratégias adotadas na compra de insumos
tendem a mudar no curto prazo
– Com isso os preços internos voltaram a apresentar alta em algumas regiões do
país. Em São Paulo o referencial Campinas foi posicionado entre R$ 43/44 CIF
– No porto os preços apresentaram consistente alta para a safrinha, chegando a
alcançar o patamar de R$ 40,50 em Santos, para os meses de agosto e setembro
Rodrigo Ramos (rodrigo@safras.com.br) / Agência SAFRAS