MERCADO: Lavouras de trigo no RS e no PR devem ter redução de produtividade

Porto Alegre, 18 de setembro de 2017 – O mercado brasileiro de trigo
inicia a terceira semana de setembro avaliando as condições das lavouras nas
principais regiões produtoras do país. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado,
Jonathan Pinheiro, no Rio Grande do Sul, após algumas precipitações, mesmo
que de baixo volume, foi possível ver recuperação sutil em algumas lavouras.
“Entretanto, para outras, já foi constatado que não haverá tempo hábil
para a recuperação da cultura, que terá reduções de produtividade em
algumas áreas. A colheita ainda não foi iniciada”.

Já no Paraná, a colheita ultrapassa os 33% e se aproxima da metade nesta
semana. “Vale ressaltar, no entanto, que as lavouras seguem apresentando queda
de qualidade, já que a seca segue atingindo o estado, sem precipitações no
curto prazo”, Pinheiro acredita que a tendência é de que o estado também
apresente reduções de produtividade, além da perda de qualidade do produto
colhido.

No cenário internacional, o mercado segue avaliando o último relatório
do USDA que, devido a um reajuste dos estoques iniciais, apresentou redução
dos estoques finais globais, abrindo espaço para recuperações das cotações
nas bolsas internacionais.

Chicago

A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o trigo registrou preços
mais baixos. O mercado corrigiu parte dos ganhos registrados na sexta-feira. Os
números de inspeções de exportação dos Estados Unidos, divulgados nessa
semana, não animaram o mercado e contribuíram para a queda.

As inspeções de exportação norte-americana de trigo chegaram a 464.375
toneladas na semana encerrada no dia 14 de setembro, conforme relatório
semanal divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

Na semana anterior, as inspeções de exportação de trigo haviam atingido
508.855 toneladas. Em igual período do ano passado, o total inspecionado fora
de 574.205 toneladas. No acumulado do ano-safra, iniciado em 1o de junho, as
inspeções somam 8.723.280 toneladas, contra 8.577.542 toneladas no acumulado
do ano-safra anterior.

Os contratos com entrega em dezembro eram cotados a US$ 4,43 1/2 por
bushel, recuo de 5,50 centavos de dólar, ou -1,22%, em relação ao fechamento
anterior. Os contratos com entrega em março de 2018 eram negociados a
US$ 4,63 3/4, com baixa de 4,25 centavos de dólar, ou -0,9%, em relação ao
fechamento anterior.

Câmbio

O dólar comercial fechou as negociações com alta de 0,64%, cotado a R$
3,1340 para compra e a R$ 3,1360 para venda. Durante o dia, a moeda
norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 3,1100 e a máxima de R$ 3,1370.

Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS