MERCADO TRIGO: Dia lento e com reportes pontuais no Brasil

   Porto Alegre, 8 de dezembro de 2021 – Dia apenas com reportes pontuais de negócios no mercado doméstico de trigo. Com o final de ano se aproximando e com bons volumes comprados, inclusive para retirada a partir do início do próximo ano, os compradores nacionais seguem pouco presentes. Além disso, existe a expectativa de que com o ingresso da safra de grãos de verão, ainda no primeiro bimestre de 2022, obrigue alguns produtores a ingressarem no mercado para desocupar espaço em seus armazéns.

    Esse aumento de oferta pode oferecer momentos interessantes para aquisições. Para fechar, a isenção do pedágio no Paraná tende a reduzir o custo de frete, especialmente no período que antecede o ingresso de grandes volumes de soja e milho. Base de compra no mercado paranaense a R$ 1.650/tonelada. Vendedores demonstrando interesse entre R$ 1.700 e R$ 1.750 a tonelada. No Rio Grande do Sul o interesse do comprador internacional persiste. Os moinhos gaúchos permanecem adotando uma postura defensiva. Indicação de comprador no FOB interior entre R$ 1.500 e R$ 1.520 a tonelada. Vendedores indicando R$ 1.600/t.

     Chicago

    A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o trigo encerrou com preços em baixa. A melhora nas condições climáticas nos Estados Unidos exerceu pressão sobre os contratos na véspera do relatório do USDA.

   O relatório de dezembro de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será apresentado na quinta-feira (9), deve elevar os estoques finais de trigo do país na temporada 2021/22.

    Conforme traders e analistas consultados por agências internacionais, os estoques finais devem ficar em 591 milhões de bushels, ante 583 milhões estimados em novembro.

    No âmbito global, os estoques finais devem ficar em 276,2 milhões de toneladas em 2021/22, ante 275,8 milhões no relatório anterior.

    Os contratos com entrega em março encerraram cotados a US$ 7,94 1/2 por bushel, baixa de 14,00 centavos de dólar, ou 1,73%, em relação ao fechamento anterior. Os contratos com entrega em maio de 2021 eram negociados a US$ 7,99 1/4, com baixa de 14,00 centavos de dólar ou 1,72%.

     Câmbio

   O dólar comercial fechou em R$ 5,5350, com queda de 1,49%. O avanço significativo da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios, em um acordo selado entre Câmara e Senado, além da diminuição da preocupação global com a variante Ômicron, derrubaram a moeda norte-americana.

     Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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