Porto Alegre, 30 de agosto de 2017 – O mercado brasileiro de trigo chega
ao meio da semana mantendo o foco das atenções dos agentes do mercado no
clima.

As lavouras do Paraná já apresentaram recuperação parcial quanto às
geadas e secas que atingiram o estado. Porém, até o momento, segue indicada
uma recuperação lenta e abaixo da esperada para o desenvolvimento no período.

No Rio Grande do Sul, as regiões que ainda aguardavam por maiores volumes
de precipitações, na expectativa de uma melhor recuperação das lavouras, já
vêm apresentando resultados negativos aos produtores, tendo como quase certo a
queda de produtividade em algumas dessas lavouras.

“Dentro deste cenário, de possível produção abaixo da esperada para
esta temporada. O mercado interno poderá novamente ser abastecido em grande
parte com produto importado, favorecido por um câmbio em baixa bem como
pelos preços de referência no mercado internacional, que também seguem
pressionados com expectativa de crescimento dos estoques finais mundiais,
novamente elevando o recorde histórico. Desta forma, a tendência é de que as
cotações para o produto produzido no Brasil não tenham maiores espaços para
elevação”, aponta o analista de SAFRAS & Mercado, Jonathan Pinheiro.

Chicago

A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o trigo registrou preços
predominantemente mais baixos. O cenário negativo de ampla oferta global do
grão voltou a predominar, seguindo os vizinhos, soja e milho.

Os contratos com entrega em setembro eram cotados a US$ 4,03 1/2 por
bushel, ganho de 0,75 centavo de dólar, ou +0,18%, em relação ao fechamento
anterior. Os contratos com entrega em dezembro eram negociados a US$ 4,29
3/4, estável em relação ao fechamento anterior.

Câmbio

O dólar comercial fechou a sessão com baixa de 0,06%, cotado a R$ 3,1600
para compra e a R$ 3,1620 para venda. Durante o dia, a moeda norte-americana
oscilou entre a mínima de R$ 3,1580 e a máxima de R$ 3,1760.

Agenda de quinta-feira

– Japão: a leitura preliminar do índice de produção industrial de julho
será publicada pelo Ministério da Economia, Comércio e Indústria.

– Alemanha: a taxa de desemprego de agosto será publicada às 5h pela Agência
Federal de Emprego do país.

– Eurozona: a leitura preliminar do índice de preços ao consumidor de agosto
será publicada às 6h pela agência de estatísticas Eurostat.

– Eurozona: a taxa de desemprego de julho será publicada às 6h pela agência
de estatísticas Eurostat.

– Exportação semanal de grãos dos EUA – USDA, 9h30min.

– Desenvolvimento das lavouras da Argentina – Bolsa de Cereais de Buenos
Aires, às 15hs.

– Dados das lavouras no Rio Grande do Sul – Emater, na parte da tarde.

Gabriel Nascimento (gabriel.antunes@safras.com.br) / Agência SAFRAS