Soja tem dia travado, com preços regionalizados

   Porto Alegre, 30 de julho de 2020 – O mercado brasileiro de soja teve um dia praticamente parado em termos de negócios nesta quinta. A definição de um rumo para os preços segue difícil, em meio à retração da oferta. As cotações são apenas uma sinalização nominal. Negócios apenas localizados e envolvendo pequenos volumes, com uma operação de 3 mil toneladas registrada em Dourados.

    A performance dos principais referenciais para a formação dos preços também não ajudou. Chicago teve um dia volátil, encerrando em leve alta, assim como o dólar. Os prêmios voltaram a subir.

   Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos subiu de R$ 117,00 para R$ 117,50. Na região das Missões, a cotação avançou de R$ 116,50 para R$ 117,00. No porto de Rio Grande, o preço passou de R$ 119,50 para R$ 119,00.

   Em Cascavel, no Paraná, o preço estabilizou em R$ 112,00 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca permaneceu em R$ 118,00.

    Em Rondonópolis (MT), a saca seguiu em R$ 111,00. Em Dourados (MS), a cotação ficou em R$ 113,00. Em Rio Verde (GO), a saca permaneceu em R$ 109,00.

     Chicago

    Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira com preços mais altos. Em dia volátil, o mercado reagiu na parte da tarde, refletindo o resultado das exportações semanais americanas.

    Durante a maior parte do dia, o mercado foi pressionado pela crescente tensão geopolítica entre Estados Unidos e China e pelo desempenho negativo do lado financeiro.

   As exportações líquidas norte-americanas de soja, referentes à temporada 2019/20, com início em 1 de setembro, ficaram em 257.800 toneladas na semana encerrada em 23 de julho. Representa uma retração de 29% frente à semana anterior e um recuo de 45% ante à média das últimas quatro semanas. A Alemanha liderou as importações, com 152.400 toneladas.

   Para a temporada 2020/21, foram 3.344.200 toneladas. Os analistas esperavam exportações entre 1,1 milhão a 2,5 milhões de toneladas, somando-se as duas temporadas. As informações foram divulgadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

   Os contratos da soja em grão com entrega em setembro fecharam com alta de 2,25 centavos ou 0,25% em relação ao fechamento anterior, a US$ 8,86 3/4 por bushel. A posição novembro teve cotação de US$ 8,88 1/4 por bushel, com ganho de 3,00 centavos ou 0,33%.

   Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com alta de US$ 2,20 ou 0,74% a US$ 298,00 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 30,16 centavos de dólar, alta de 0,10 centavo ou 0,33% na comparação com o fechamento anterior.

     Câmbio

    O dólar comercial encerrou a sessão em queda de 0,27%, sendo negociado a R$ 5,1590 para venda e a R$ 5,1570 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,1460 e a máxima de R$ 5,2180.

     Agenda

– Japão: A taxa de desemprego de junho será publicada na noite anterior pelo Ministério de Assuntos Internos e Comunicação.

– Japão: A leitura preliminar da produção industrial de junho será publicada na noite anterior pelo Ministério da Economia, Comércio e Indústria.

– Eurozona: A leitura preliminar do índice de preços ao consumidor de julho será publicada às 6h pela Eurostat.

– Eurozona: A leitura preliminar do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre de 2020 será publicada às 6h pela Eurostat.

– O IBGE divulga às 9h os dados sobre o índice de preços ao produtor referentes a junho.

– Dados do desenvolvimento das lavouras da Argentina – Ministério da Agricultura, no início do dia.

– Dados de desenvolvimento das lavouras do Mato Grosso – IMEA, na parte da tarde.

     Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRASC