Porto Alegre, 19 de agosto de 2020 – Os preços da soja oscilaram entre estáveis e mais altos no mercado brasileiro, nesta quarta-feira. A movimentação segue escassa. A falta de produto sustenta as cotações, que só não sobem mais porque os compradores não têm como pagar mais que os níveis atuais.

    Chicago teve um dia volátil, fechando perto da estabilidade. O dólar disparou, superando a casa de R$ 5,53.

   Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos permaneceu em R$ 130,00. Na região das Missões, a cotação seguiu em R$ 129,50. No porto de Rio Grande, o preço estabilizou em R$ 130,00.

   Em Cascavel, no Paraná, o preço subiu de R$ 127,00 para R$ 127,50 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca ficou em R$ 133,00.

    Em Rondonópolis (MT), a saca seguiu em R$ 125,00. Em Dourados (MS), a cotação avançou de R$ 127,00 para R$ 130,00. Em Rio Verde (GO), a saca subiu de R$ 123,00 para R$ 125,00.

     Chicago

    Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quarta-feira com preços em leve alta. A sinalização de demanda chinesa pela oleaginosa americana foi ratificada por uma nova venda por parte dos exportadores privados.

    Hoje, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) anunciou uma operação envolvendo 192 mil toneladas de soja em grão americana para o mercado chinês.

   Mas os ganhos foram limitados pelas dúvidas em relação às negociações comerciais entre as duas principais economias do mundo. Após o presidente Trump ter adiado uma reunião marcada para o dia 15, a Casa Branca disse que não há previsão para um novo encontro.

    O mercado segue acompanhando de perto os resultados preliminares da crop tour realizada pela Pro Farmer. Até o momento, as indicações de rendimento superam o ano anterior e a média das últimas três temporadas. Mas a maior preocupação é com os números de Iowa, onde uma forte tempestade trouxe prejuízos. O relatório final da Pro Farmer será divulgado na sexta.

   Os contratos da soja em grão com entrega em setembro fecharam com alta de 0,50 centavo ou 0,05% em relação ao fechamento anterior, a US$ 9,12  por bushel. A posição novembro teve cotação de US$ 9,14 por bushel, com ganho de 0,25 centavo ou 0,02%.

    Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com baixa de US$ 0,50 ou 0,16% a US$ 302,50 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 31,97 centavos de dólar, alta de 0,07 centavo ou 0,21%.

     Câmbio

    O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 1,16%, sendo negociado a R$ 5,5350 para venda e a R$ 5,5330 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,4360 e a máxima de R$ 5,5400.

     Agenda

– Alemanha: O índice de preços ao produtor de julho será publicado às 3h pelo Destatis.

– Eurozona: O Banco Central Europeu (BCE) publica às 8h30 ata da reunião de política monetária realizada nos dias 15 e 16 de julho.

– Atualização da estimativa da safra de cana-de-açúcar do Brasil 2020 – Conab, 9hs.

– Exportações semanais de grãos dos EUA – USDA, 9h30min.

– Dados de desenvolvimento das lavouras argentinas – Bolsa de Cereais de Buenos Aires, 15hs.

– Dados das lavouras no Rio Grande do Sul – Emater, na parte da tarde.

– Relatório mensal sobre as lavouras argentinas – Ministério da Agricultura, na parte da tarde.

     Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS