Soja repete movimentação arrastada no Brasil

Porto Alegre, 10 de setembro de 2020 – A quinta-feira não reservou surpresas no mercado brasileiro de soja: os preços seguiram regionalizados, em meio a uma movimentação arrastada. Chicago realizou após 12 sessões de alta,o dólar subiu em dia volátil e os prêmios seguiram estabilizados.

    Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos baixou de R$ 140,00 para R$ 139,00. Na região das Missões, a cotação caiu de R$ 139,00 para R$ 138,00. No porto de Rio Grande, o preço recuou de R$ 137,50 para R$ 137,00.

    Em Cascavel, no Paraná, o preço passou de R$ 130,00 para R$ 132,00 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca subiu de R$ 134,50 para R$ 135,00.

    Em Rondonópolis (MT), a saca permaneceu em R$ 134,00. Em Dourados (MS), a cotação estabilizou em R$ 133,00. Em Rio Verde (GO), a saca permaneceu em R$ 130,00.

     Conab

   A produção brasileira de soja deverá totalizar 124,844 milhões de toneladas na temporada 2019/20, com aumento de 4,3% na comparação com a temporada anterior, quando foram colhidas 119,718 milhões de toneladas. A projeção faz parte do décimo segundo e último levantamento de acompanhamento da safra brasileira de grãos, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

    Na comparação com a estimativa anterior, houve alta de 3,2%. A Conab indicava em agosto safra de 120,939 milhões de toneladas. A Conab trabalha com uma área de 36,949 milhões de hectares, com elevação de 3% sobre o ano anterior, quando foram cultivados 35,874 milhões de hectares. A produtividade teve sua previsão elevada de 3.337 quilos para 3.379 quilos por hectare.

     Chicago

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quarta-feira com preços em baixa. Após 12 sessões seguidas de baixa e na véspera do relatório de setembro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o mercado realizou lucros.

   As perdas, no entanto, foram limitadas pela demanda firme pela soja americana. Hoje, os exportadores privados americanos anunciaram mais uma venda para a China, envolvendo 195 mil toneladas para a temporada 2020/21.

    Sobre o relatório de amanhã, o Departamento deverá reduzir a sua estimativa para a safra de soja dos Estados Unidos em 2020/21.

    Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em safra de 4,286 bilhões de bushels. Em agosto, o número era de 4,425 bilhões. Na temporada passada, a safra ficou em 3,552 bilhões de bushels.   

  Para os estoques de passagem, a aposta é de 461 milhões de bushels para 2020/21. Em agosto, o número ficou em 610 milhões. Para 2019/20, o USDA deverá reduzir sua previsão de 615 milhões para 605 milhões de bushels.

    A previsão para os estoques finais globais em 2020/21 é de 93,2 milhões de toneladas, contra 95,4 milhões projetados no mês passado. Para 2019/20, o USDA deverá reduzir a estimativa de 95,9 milhões para 95,9 milhões de toneladas.

   Os contratos da soja em grão com entrega em novembro fecharam com baixa de 1,25 centavo ou 0,12% em relação ao fechamento anterior, a US$ 9,77 1/2 por bushel. A posição janeiro teve cotação de US$ 9,81 1/2 por bushel, com perda de 1,75 centavo ou 0,17%.

    Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com baixa de US$ 0,60 ou 0,18% a US$ 317,50 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 33,20 centavos de dólar, baixa de 0,01 centavo ou 0,03%.

     Câmbio

    O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 0,33%, sendo negociado a R$ 5,3200 para venda e a R$ 5,3180 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,2710 e a máxima de R$ 5,3260.

     Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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