SOJA: Produtor foca no plantio e trava negócios no Brasil

    Porto Alegre, 22 de setembro de 2020 – O mercado brasileiro de soja teve uma terça de preços praticamente inalterados e de escassos negócios. Sem oferta, quase não houve movimentação. Com o retorno das chuvas, a prioridade do produtor é iniciar o preparo do solo para o plantio da nova safra.

   Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos ficou em R$ 150,00. Na região das Missões, a cotação permaneceu em R$ 149,00. No porto de Rio Grande, o preço estabilizou em R$ 144,00.

    Em Cascavel, no Paraná, o preço seguiu em R$ 144,00 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca ficou em R$ 150,00.

   Em Rondonópolis (MT), a saca permaneceu em R$ 153,00. Em Dourados (MS), a cotação avançou de R$ 149,00 para R$ 150,00. Em Rio Verde (GO), a saca passou de R$ 150,00 para R$ 151,00.

     Line-up

    O line-up, a programação de embarques nos portos brasileiros, indica volume de 3,931 milhões de toneladas de soja em grão para setembro, conforme levantamento realizado por SAFRAS & Mercado. Até o momento, já foram 3,068 milhões de toneladas. Em agosto, foram embarcadas 5,666 milhões de toneladas. Para outubro, programação aponta 1,7 milhão de toneladas.

   De janeiro a setembro, o line-up aponta o embarque de 79,272 milhões de toneladas. Em igual período do ano passado, foram embarcadas 60,768 milhões de toneladas. A Secretaria do Comércio Exterior (Secex) indica 78,032 milhões de toneladas no período.

     Chicago

    Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a terça-feira com preços em leve baixa. O mercado teve um dia de muita volatilidade. Ao final da sessão, o movimento de realização de lucros com base em fatores técnicos se sobressaiu e pressionou as cotações.

   O clima favorável ao início da colheita e ao desenvolvimento das lavouras nos Estados Unidos serviu de pretexto para a correção de rumo, que só não foi mais acentuada devido à firme demanda pela oleaginosa americana.

   Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a colheita até o dia 20 estava em 6%. O mercado previsa índice de 5%. O percentual de lavouras em boas a excelentes condições seguiu em 63 pontos, enquanto o mercado apostava em queda para 62%.

    Pela manhã, o USDA anunciou novas vendas por parte dos exportadores privados. Dessa vez foram 266 mil toneladas para a China e 264 mil toneladas para destinos não revelados. Ambas operações com entrega na temporada 2020/21.

   Os contratos da soja em grão com entrega em novembro fecharam com baixa de 2,75 centavos ou 0,26% em relação ao fechamento anterior, a US$ 10,19 3/4 por bushel. A posição janeiro teve cotação de US$ 10,24 1/2 por bushel, com perda de 3,00 centavos ou 0,29%.

   Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com alta de US$ 2,90 ou 0,85% a US$ 341,00 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 33,60 centavos de dólar, baixa de 0,60 centavo ou 1,75%.

     Câmbio

    O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 1,29%, sendo negociado a R$ 5,4690 para venda e a R$ 5,4670 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,3840 e a máxima de R$ 5,4970.

     Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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